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Bíblia Sagrada comentada por livros por José Carlos Ribeiro Comentário nos livros de Joel, Amós, Obadias, Jonas & Miquéias: livros 29, 30,31,32,33 e 34

 Bíblia Sagrada comentada por livros por José Carlos Ribeiro
   Comentário nos livros de Joel, Amós, Obadias, Jonas & Miquéias: livros 29, 30,31,32,33 e 34 
         O nome Joel significa, literalmente, “Jeová é Deus”. Este é um nome muito comum em Israel, e Joel, o profeta, é especificado como o filho de Petuel. Nada é conhecido a respeito dele ou da circunstância de sua vida. Provavelmente que ele tenha vivido em Judá e profetizado em Jerusalém.
Não há como datar o livro com absoluta certeza, e os estudiosos variam em suas opiniões. Há referências tanto em Amós como em Isaías, que também estão em Joel (comparar Amós 1.2 com Joel. 3.16 e Isa. 13.6 com Jl 1.15) É opinião de muitos conservadores que Amós e Isaias tenham tomado emprestado de Joel, fazendo-o um dos mais antigos dos profetas menores. Além do mais, a adoração a Deus, a qual o sumo sacerdote Joiada restaurou durante o reinado de Joás (2.Rs 11; 2Crôn. 23.16), é suposta por Joel. Portanto muitos sustentam que Joel profetizou durante os primeiros trinta anos do reinado de Joás (835-796 a.C), quando Joiada era o conselheiro do rei. Isso colocaria o ministério de Joel por volta de 835-805 a.C.
           Joel profetizou numa época de grande devastação de toda a terra de Judá. Uma enorme praga de locustas havia despido a zona rural de toda a vegetação, destruiu até as pastagens tanto das ovelhas como do gado, até mesmo tirou a casca das árvores de figo. Em apenas algumas horas, o que tinha sido uma terra bonita, verdejante, havia se tornado um lugar de desolação e destruição. Descrição contemporânea do poder destrutivo dos enxames de locustas confirma a descrição de Joel acerca da praga.
A praga das locustas acerca do que Joel escreveu era maior que qualquer um jamais havia visto.
Toda a safra foi perdida, e as sementes da safra para o plantio seguinte também foram destruídas. A fome e a seca se apoderaram de toda a terra. Tanto o povo como os animais estavam morrendo. Ela foi tão profunda e desastrosa, que Joel viu uma explicação: era o julgamento de Deus. 
O Livro de Joel está naturalmente dividido em duas seções. A primeira (1.1-2.27) trata do presente julgamento de Deus, um chamado ao arrependimento e a promessa de restauração.
 A segunda seção (2.28-3.21) explica que essa praga, horrível como ela pode ser, não é nada comparada ao julgamento de Deus que está a caminho. Este era um tempo em que não somente Judá, mas também todas as nações do mundo serão chamadas diante de Deus. Todavia, nós não podemos deixar de notar a mais notável seção desta curta profecia. Através do E.S., Joel olha centenas de anos à frente, para um tempo em que Deus irá derramar o seu Espírito “sobre toda a carne” (2.28). Isso será um prelúdio da devastação e julgamento do Dia do Senhor. Será um tempo em que todos os crentes sentirão a habitação do E.S. e irão formar uma comunidade profética na terra. Será um tempo em que a profecia virá de jovens e velhos, de igual modo; quando tanto homens como mulheres irão profetizar. A salvação não será apenas a inigualável bênção sobre Judá. Será um tempo em que “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (2.32)  O Espírito Santo em Ação Joel é notável em suas referências ao E.S. Foi obviamente o Espírito Santo que inspirou o profeta a ver a mão do Senhor em tudo o que está acontecendo e ser capaz de saltar em direção ao terrível Dia do Senhor. Mas a passagem mais espantosa em Joel é 2.28-32. Ali, o profeta vê um tempo futuro, “depois”, quando o Espírito de Deus for derramado “sobre toda a carne”.
            Jovens e velhos, de igual modo, tanto homens como mulheres, irão experimentar esse derramamento.  (I). A mão do Senhor no presente 1.1-2.27.  A destruição pelas locustas 1.2-2.11
O arrependimento de Judá 2.12-17. A restauração do Senhor 2.18-27 >II). O dia do Senhor no futuro 2.28-3.21. A graça do Senhor 2.28-32.  O Julgamento do Senhor. 3.1-17. A Bênção do Senhor. 3.18-21.   Veja outro comentário no livro de Joel: A mensagem anunciada pelo profeta Joel destinava-se tanto aos lideres (anciões) quanto ao povo de Jerusalém (moradores da terra). Ambos necessitavam ouvir o prenúncio do Senhor (...) Muitos entendem que a locusta descrita no verso 4 é proveniente de uma ação demoníaca, porém, o dia previsto pelo oráculo demonstra que é Deus o agente que trará assolação sobre o povo de Israel e Judá ( Joel 2:25 ). 
1 Palavra do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel. O nome Joel significa ‘Jeová é Deus’. A palavra de Deus foi dada a Joel para que ele anunciasse ao povo em Jerusalém.
Os estudiosos datam o livro de Joel antes de ocorrer o cativeiro babilônico, pois muitos inimigos de Judá não são citados. Apontam a data de aproximadamente 830 a.C., durante a juventude do rei Joás, porém o livro não cita o nome de nenhum rei (2Cr 22 a 24).                                                          2  Ouvi isto, vós anciãos, e escutai, todos os moradores da terra: Porventura isto aconteceu em vossos dias, ou nos dias de vossos pais? A mensagem anunciada pelo profeta Joel destinava-se tanto aos lideres (anciões) quanto ao povo de Jerusalém (moradores da terra). Ambos necessitavam ouvir o prenúncio do Senhor.  O profeta faz duas perguntas aos moradores de Jerusalém: “Porventura isto aconteceu em vossos dias, ou nos dias de vossos pais?”.  Que nos dias do profeta houve uma invasão de locustas em Jerusalém como nunca visto, ou;  Que, através de uma revelação divina, o profeta viu uma invasão de locustas em Jerusalém. Havia ocorrido algo semelhante ao descrito pelo profeta naqueles dias? No passado ocorreu algo semelhante ao descrito pelo profeta? Eles presenciaram uma invasão de gafanhotos, ou o profeta viu uma visão e desejava que eles propagassem a mensagem de Deus?                                                                                                                                3  Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos a seus filhos, e os filhos destes à outra geração.  Os ouvintes do profeta precisavam narrar aos seus descendentes que: Houve uma infestação de gafanhotos em Jerusalém nunca visto antes? Ou; A mensagem que seria anunciada pelo profeta?                                                                                                                                                4  O que ficou da lagarta, o gafanhoto o comeu, e o que ficou do gafanhoto, a locusta o comeu, e o que ficou da locusta, o pulgão o comeu. O profeta apresenta aos seus ouvintes um quadro calamitoso: locustas vorazes que destruíam tudo que encontravam. O que sobrou ao primeiro ataque de gafanhotos, foi atacado por uma segunda leva, e assim sucessivamente.  A visão do profeta é de destruição, porém, a que se refere? As lavouras e campos de Judá? É de plantações que Deus tem cuidado? A última pergunta assemelha-se a do apóstolo Paulo: “É de bois que Deus tem cuidado?” ( 1Co 9:9 ). A resposta para a visão do profeta vem da exposição do apostolo:  “Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante”
 ( 1Co 9:10 ). Ora, o enfoque da visão de Joel não era a perca de uma safra agrícola, e nem mesmo uma mera invasão de insetos, por mais devastadora que fosse. A região da palestina foi atacada por gafanhotos em 1915 e 1928. O povo de Jerusalém, apesar do alerta do profeta acerca de uma invasão iminente, não buscaram proteção em Deus, pois são descritos como embriagados, ou seja, não estavam alerta. 
“5  Despertai-vos, bêbados, e chorai; gemei, todos os que bebeis vinho, por causa do mosto, porque tirado é da vossa boca.  Mesmo diante de um prenuncio tenebroso, o povo de Jerusalém continuava dormindo.”
                   A condição do povo se igualava aos dos bêbados, que não reagem ao sinal de perigo. Deveriam acordar e chorar. O choro deveria transformar-se em gemido. Quem deveria ser despertado? Os habitantes de Jerusalém, pois todos estavam embriagados. Por qual motivo necessitavam prantear? Porque a bebida que utilizavam haveria de ser tirada. O que eles prezavam tanto, o vinho, haveria de ser arrebatado de suas bocas. Forçosamente seriam colocados em abstinência. O que representa a figura dos gafanhotos?
O que representa o vinho e o mosto? Porque os habitantes de Jerusalém eram bêbados? Os versículos seguintes apresentam a interpretação da visão, pois Deus lhe revelou através dos gafanhotos como seria a invasão dos exércitos inimigos. 6  Porque subiu contra a minha terra uma nação poderosa e sem número; os seus dentes são dentes de leão, e têm queixadas de um leão velho. Como a profecia é de alerta, por causa de uma guerra iminente, segue-se que a profecia se deu antes da invasão dos inimigos. Por causa do tempo verbal da narração que aponta para o passado (subiu), alguns estudiosos entendem que o profeta descreve uma situação de derrota após uma batalha. Ora, que o quadro apresentado pelo profeta é o de uma derrota em batalha não há o que se discutir, porém, como o teor da profecia é de alerta e o capítulo 2, por sua vez, aponta para acontecimentos vindouros, é certo que o profeta descreveu uma realidade futura no capítulo 1. Mostrar um futuro profético como sendo uma realidade atual e efetiva tem o fito de despertar o povo para uma realidade que ainda está por vir.
 O profeta viu uma nação belicamente poderosa e numerosa avançar contra Jerusalém (minha terra).  A seguir ele apresenta uma característica peculiar à nação que subiu contra o seu povo:   “Os seus dentes são dentes de leão, e têm queixadas de um leão velho”. Ele não faz um comparativo entre a nação e ‘os dentes de leão’, antes diz que os dentes da nação são dentes de leão. Com que objetivo o profeta descreveu a nação invasora, se a invasão já havia acontecido?  Ora, se os dentes da nação são dentes de leão, segue-se que a nação é um leão, pois os dentes pertencem a um leão. E o queixo do leão é como os queixais de uma leoa. Ou seja, a figura do leão simboliza a nação que viria sobre Jerusalém. Os estudiosos não situam o livro de Joel no tempo porque o profeta não fez nenhuma referência direta aos assírios e aos babilônicos. Por não haver uma referência direta, apontam como provável que, ou a invasão ocorreu antes do poder da Assíria, ou depois da derrota dos Babilônicos. Como é de conhecimento geral, o leão é símbolo da Babilônia, e a figura descrita pelo profeta no verso 6, parte ‘b’, é indício de que a profecia de Joel refere-se à invasão de Jerusalém pelos babilônicos. 7  Fez da minha vide uma assolação, e tirou a casca da minha figueira; despiu-a toda, e a lançou por terra; os seus sarmentos se embranqueceram. 
                  O profeta Joel utiliza as figuras da videira e da figueira para fazer referência ao seu povo ( 1Rs 4:25 ). O que a nação poderosa e numerosa fez contra o povo do profeta?  Tirou a casca da figueira, despiu-a (desfolhou) e a derrubou. A nação com dentes de leão assolou a videira e a figueira do profeta (As duas casas de Israel). Por fim, os brotos da videira, em vez de ficarem verdes, embranqueceram. A ação da nação invasora assemelha-se a ação dos gafanhotos quando atacam uma lavoura, como foi descrito no verso 4.  8  Lamenta como a virgem que está cingida de saco, pelo marido da sua mocidade.  No verso 4 o profeta fez referência a invasão de gafanhotos e no verso 5 orienta o povo a prantear. Qual a intensidade de sofrimento que seria impingido ao povo? Ora, o lamento do povo após a invasão dos inimigos seria semelhante ao lamento da virgem que perde o noivo prometido.  
O jovem prometido a uma moça pela família já tinha o  título de marido, conforme se observa em Mateus 1:18 .   - Foi cortada a oferta de alimentos e a libação da casa do Senhor; os sacerdotes, ministros do Senhor, estão entristecidos. Por causa da invasão inimiga as ofertas de alimentos e a libação do templo foi interrompida. Os sacerdotes e os ministros do templo, fonte de inspiração e alegria do povo, cairiam em tristeza profunda.  Alguns interpretes argumentam que a oferta e a libação foram cortadas em consequência de uma praga de gafanhotos que arruinou a plantação e a colheita, o que não condiz com o verso 6.                                                                                                 10  O campo está assolado, e a terra triste; porque o trigo está destruído, o mosto se secou, o azeite acabou.    A ação dos inimigos com boca de leão é semelhante aos dos gafanhotos quando assolam o campo e deixa a terra sem alegria. Três coisas essenciais a nação foi destruído: trigo (sustento), mosto (alegria) e azeite (culto).  11 Envergonhai-vos, lavradores, gemei, vinhateiros, sobre o trigo e a cevada; porque a colheita do campo pereceu.  Os religiosos de Judá deveriam ficar envergonhados pelo que fizeram a vinha do Senhor ( Lucas. 20:9 ). Os lavradores que cuidavam da vinha (nação) trouxeram a instabilidade de trigo e cevada. Por causa dos sacerdotes e ministros, a nação dormiu o sono da indolência ( Joel 1:5 ; Isa. 56:10 ), e em decorrência da invasão inimiga a colheita do campo pereceu. 12 A vide se secou, a figueira se murchou, a romeira também, e a palmeira e a macieira; todas as árvores do campo se secaram, e já não há alegria entre os filhos dos homens.  O profeta Joel descreve um quadro mais amplo: a vide secou e a figueira murchou, ou seja, Judá e Israel cairiam diante do mesmo inimigo ( 1Rs 4:25 ).                                                              A destruição causada pelo inimigo atingiria também outras nações (árvores do campo): romeira, palmeira, macieira, etc. Todas as árvores do campo se secaram, e os filhos dos homens perderam a alegria. Quando os profetas falavam acerca do seu povo, geralmente diziam ‘filhos do meu povo’. Neste verso verifica-se que ele profetiza acerca de várias nações: ‘já não há alegria entre os filhos dos homens’ (v. 12).   13 Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai e passai a noite vestidos de saco, ministros do meu Deus; porque a oferta de alimentos, e a libação, foram cortadas da casa de vosso Deus.
            O profeta conclama os sacerdotes e ministro a arrependerem-se. Eles deveriam trocar as vestes que serviam no templo por vestidos de saco. Deveriam lamentar e gemer, pois não mais serviriam no templo.
A nação inimiga haveria de cortar a oferta de alimentos e a libação, ou seja, não mais ministrariam no templo. 14 Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor.  Além de se arrependerem, deveriam convocar um ajuntamento solene, trazendo crianças, jovens e velhos para clamarem ao Senhor. Deveriam sentir a miséria que estava por abatê-los, e clamar pela misericórdia de Deus. A tristeza que acomete uma virgem viúva não se compara a tristeza que estava por abater o povo do profeta ( Joel 1:7 ). Deveriam lamentar e gemer cingidos de sacos, afligindo a alma com um jejum nacional.  15 Ai do dia! Porque o dia do Senhor está perto, e virá como uma assolação do Todo-Poderoso. O profeta conclama os seus ouvintes a voltarem para Deus, pois o dia do Senhor haveria de vir ( Joel 2:1 ). Ai do dia! O dia não será do inimigo de Israel, antes será o dia do Senhor, pois a assolação descrita pelo profeta é promovida pelo Senhor Todo-Poderoso. Muitos entendem que a locusta descrita no verso 4 é proveniente de uma ação demoníaca, porém, o dia previsto pelo oráculo demonstra que é Deus o agente que trará assolação sobre o povo de Israel e Judá ( Joel 2:25 ). 16 Porventura o mantimento não está cortado de diante de nossos olhos, a alegria e o regozijo da casa de nosso Deus? O profeta continua descrevendo a condição da nação após a chegada da assolação do dia do Senhor. Ao fazer a pergunta do verso 16, o profeta está repetindo o alerta do verso 2: “Ouvi isto, vós, anciões, e escutai, todos os moradores da terra: Aconteceu isto em vossos dias, ou também nos dias de vossos pais? (...) Porventura o mantimento não está cortado de diante de nossos olhos, a alegria e o regozijo da casa de nosso Deus?” ( v. 3 e 16). Todos os moradores de Sião deveriam se perguntar: Aconteceu isto algum dia em Israel? O mantimento era causa de alegria e regozijo na casa de Deus, pois das ofertas e dízimos os pobres, viúvas e órfãos da terra se alimentavam. Porém, após ser cortado o mantimento da terra, também seria cortado a alegria e o regozijo da casa do Senhor ( Deut. 14: 23 ).  - 17 As sementes apodreceram debaixo dos seus torrões, os celeiros foram assolados, os armazéns derrubados, porque se secou o trigo. A descrição do profeta é de total desolação. As sementes apodreceram e por ter secado o trigo os celeiros e armazéns já não tem razão em permanecer de pé.  18 Como geme o animal! As manadas de gados estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão perecendo. Até mesmo os animais do campo sofreriam com a invasão do inimigo. Pereceriam por falta de pastagem!  19 A ti, ó Senhor, clamo, porque o fogo consumiu os pastos do deserto, e a chama abrasou todas as árvores do campo.  Diante de tanta calamidade o profeta clama ao Senhor, pois Ele é o responsável pela indignação que arde como fogo que ninguém pode apagar! ( Jeremias 4:4 ). 20 Também todos os animais do campo bramam a ti; porque as correntes de água se secaram, e o fogo consumiu os pastos do deserto. Os animais do campo parecem compreender a miséria que se abate sobre a terra do profeta e bramam ao Senhor. Comparados aos animais, ao povo do profeta falta o entendimento do Santo.                                                                                                              Capitulo. 2, de Joel: Era costume dos israelitas rasgarem as suas vestes, porém, Deus queria que eles rasgassem o coração (circuncisão do coração). Somente quando o homem 'rasga' o coração é que ocorre a verdadeira conversão. A ‘circuncisão’ do prepúcio, o ‘rasgar’ vestes, os ‘jejuns’ de alimento e os 'sacrifícios' de animais não tornava o povo de Israel agradável a Deus, pois a verdadeira circuncisão é Deus que faz. Somente Ele tem o poder de rasgar o velho coração e dar um novo coração ( Salmo 51:10 : Deut. 30:6 ) Introdução: Neste capítulo o profeta Joel continua alertando o povo de Jerusalém acerca da iminente invasão dos inimigos. Ele proclama a necessidade de um arrependimento nacional para que o mal predito não sobreviesse sobre o povo e a cidade de Sião ( Joel 2:1 -27). Após o alerta, o profeta anuncia que Deus dará, sem medida, do seu Espírito aos homens (derramar), e faz referência a vários períodos históricos que ainda estavam por vir ( Joel 2:28 -32).   Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, já está perto;  Tudo que foi apresentado no capítulo 1 é novamente apresentado no capítulo 2, porém, o tempo verbal muda. Neste capítulo a visão demonstra que a invasão inimiga está para ocorrer, ou seja, apresenta um alerta, enquanto no primeiro capítulo a visão apresenta uma calamidade instalada, demonstrando que a atitude do povo (embriagados) condizia com uma realidade caótica.  O capítulo 1 começa com o clamor do profeta “Ouvi isto, vós anciões, escutai, todos os moradores da terra" ( Joel 1:2 ), o capítulo 2 também: “Tocai a trombeta em Sião, e daí o alarma no meu santo monte Sião...” ( Joel 2:1 ).  Lembre-se que a divisão em capítulos e versículo simplesmente foram adotadas para fins didáticos e de referência, visto que os livros da bíblia devem ser considerados no todo, sem divisões de qualquer espécie. O profeta Joel conclama os moradores de Sião a apresentar-se para a batalha.
– ‘Tocai a trombeta, daí o alarma em Jerusalém’, pois o dia que pertence ao Senhor estava próximo.
O dia do Senhor faria com que todos os moradores do mundo tremessem ( Joel 1:15 ). Enquanto no capítulo 1 a visão do profeta apresenta a nação de Israel aviltada em decorrência de uma  invasão estrangeira, no capítulo 2 , a visão descreve a mesma invasão como sendo iminente. 2  Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.                                                                                                                                      O profeta descreve o dia do Senhor como sendo de ‘trevas’ e de ‘escuridão’; dia de nuvens e densas trevas. A intensidade das trevas é comparada a alva que se espalha pelos montes ‘...como a alva espalhada pelos montes’ (v. 2). Por que o dia do Senhor seria de escuridade? A resposta vem a seguir: “... povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração” ( v. 2), haveria de invadir Jerusalém.   O profeta dá a entender que a escuridade se dará como por nuvens que encobrem o sol (alva), ou seja, é uma clara referencia a invasão da nação inimiga, que no capítulo 1 foi descrita e comparada a uma invasão de gafanhotos.
No capítulo 1 o profeta viu o que restou da invasão de gafanhotos ( Joel 1:4 ), já no capítulo 2 ele descreve a chegada dos invasores como ‘nuvens’, pois a invasão dos ‘gafanhotos’ se assemelha as ‘nuvens’ quando encobrem a luz  solar. A invasão prenunciada foi representada por gafanhotos, porém, ela se daria por um povo, uma nação, uma coletividade, um povo, uma nação.  A quantidade de homens e o poder bélico do povo invasor seria algo jamais visto, informação que nos permite entender a pergunta feita no capítulo 1: “Aconteceu isto em vossos dias, ou também nos dias e vossos pais?” ( Joel 1:2 ). A resposta para a pergunta é: “... povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração” ( Joel 2:2 ).  3  Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará.  O profeta descreve a frente de batalha do exército invasor como ‘fogo que consome’, e a retaguarda como ‘chama que abrasa’. Ele compara a terra a ser conquistada pelos invasores com o ‘Jardim do Éden’, mas após passar o invasor, haverá somente um deserto desolador.  Nada escapa ao inimigo invasor (devorador)!  4  A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm.        
               A aparência não diz da aparência física, antes aponta para a força e a agilidade dos invasores. São velozes e fortes como cavalos, porém, organizados como cavaleiros.  5  Como o estrondo de carros, irão saltando sobre os cumes dos montes, como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, posto em ordem para o combate.  Os obstáculos são vencidos facilmente, como o som que ultrapassa qualquer barreira. Observe o comparativo: eles não saltarão os obstáculos com os seus carros, antes como o ‘estrondo’ de carros (som), irão saltando por sobre os montes. Os ‘montes’ neste verso refere-se às nações. Por exemplo: Israel é o monte santo do Senhor, ou seja, a nação santa. Observe a pergunta que o salmista Davi faz aos montes e outeiros: "Montes, que saltastes como carneiros, e outeiros, como cordeiros?"  ( Salmo 114:6 ), ou seja, a pergunta dele foi feita as nações, que figuram como montes e outeiros. O povo invasor haveria de sobrepujar os obstáculos erguidos pelas nações, submetendo-as ao seu domínio (v. 6 e 7). Observe as comparações estabelecidas pelo profeta:  Aparência como de cavalos – Força; è Como Cavaleiros correm – Agilidade; è Como estrondo de carros – Não há barreiras; è Como o ruído da chama do fogo – Destruição.  Em resumo: Como um povo poderoso e em ordem para a guerra! As características do povo invasor se assemelham a dos gafanhotos: fortes, ágeis, sem empecilhos que os detenham e destruidores vorazes.  6  Diante dele temerão os povos; todos os rostos se tornarão enegrecidos.  As nações temem diante do povo invasor. O temor tomará Jerusalém e as nações em redor. Todos ficarão pálidos, congelados pelo terror. 7  Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e marchará cada um no seu caminho e não se desviará da sua fileira.  Este verso ilustra o verso 5. O exército invasor é descrito como ‘valente’ e ‘velozes’ (como valentes correrão). Como homens de guerra subirão os muros, ou seja, não há obstáculo para eles, pois são ‘adestrados’ na arte da guerra.  A descrição seguinte é própria aos gafanhotos: marchará cada um no seu caminho e não se desviará da sua fileira. 8  Ninguém apertará a seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma espada se arremessarão, e não serão feridos.  Apesar de numerosos, não se atrapalham na batalha. Cada um tem função específica, e mesmo que se arremessem sobre a espada do inimigo, contudo ‘não serão feridos’. O que isto quer dizer? Que o comportamento deles se assemelha a dos gafanhotos, que ‘doam’ as suas vidas para que os outros obtenham êxito na empreitada beligerante.  9  Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas como o ladrão. Os inimigos invadirão as cidades, correrão pelos muros (na antiguidade os muros eram largos Neemias 12:31 -38), subirão casa por casa e agirão como o ladrão.  10  Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. Diante do exercito invasor os homens (terra) tremeriam, pois perderiam a confiança (abalar os firmamentos). Assim como o enxame de gafanhotos enegrecem o sol e a lua, a ação dos invasores dissiparia a luz da esperança que sustem os povos. 11  E o Senhor levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do Senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar? O terrível exército pertence ao Senhor, pois Ele é que dá a ordem (executando a sua palavra) para a invasão. O arraial (acampamento) do exército a serviço do Senhor é muitíssimo grande. O exercito inimigo executará a palavra do Senhor, e, portanto, é poderoso. A força e o poder do exército decorrem da palavra do Senhor.
 Diferente de Judá e Israel, que se diziam povo do Senhor, mas que não obedeciam a sua voz, o Senhor tem o exercito invasor como sua propriedade. Novamente o profeta faz referência ao dia do Senhor, descrevendo-o como grande e terrível ( Joel 1:15 ; Joel 2:1 ).  12  Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto.  Apesar da palavra do Senhor anunciar calamidades sobre Jerusalém, o Senhor apresenta a sua misericórdia “Ainda assim, agora mesmo...” ( v. 12). Por intermédio do profeta, Deus conclama o povo a conversão: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração...”(v. 12). Como se converte ao Senhor de todo o coração?                                                                                                  O profeta Moisés é claro: "E o Senhor teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao Senhor teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas" ( Deut. 30:6 ).  Somente quando Deus circuncida o coração do homem é possível amá-lo de todo o coração e de toda a alma, pois somente após a circuncisão de Deus o homem morre e passa a viver para Deus. Ora, o povo procurava cumprir a lei, pois circuncidavam o prepúcio da carne dos seus filhos, porém, sujeitarem-se Aquele que faz a circuncisão que dá vida crendo na sua palavra, não se sujeitavam. Portanto, não havia como eles amarem a Deus através de seus sentimentos, ações e esforços.   A conversão do homem deve ocorrer no tempo presente, deve ser agora, pois hoje é o dia sobre modo aceitável, o dia de salvação.  13  E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.  Era costume dos israelitas rasgarem as suas vestes, porém, Deus queria que eles rasgassem o coração (circuncisão do coração). Somente quando o homem 'rasga' o coração é que ocorre a verdadeira conversão. A ‘circuncisão’ do prepúcio, o ‘rasgar’ vestes, os ‘jejuns’ de alimento e os 'sacrifícios' de animais não tornava o povo de Israel agradável a Deus, pois a verdadeira circuncisão é Deus que faz. Somente Ele tem o poder de rasgar o velho coração e dar um novo coração ( Sal. 51:10 : Deut 30:6 ).   Quais os sacrifícios que Deus se agrada? “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” ( Sal. 51:17 ). Porém, o povo de Israel, apesar de: è Procurarem dia a dia a Deus; è Ter prazer em querer saber os seus caminhos; è Ser um povo que buscam praticar justiça, e que; è Não deixava o mandamento de Deus.
           Contudo, não serviam a Deus com entendimento ( Isa. 58:2 ; Rom. 10:2 ). Eles estavam confiados que as suas ações como ir ao templo, estudar a lei, praticar justiça aos companheiros, etc., os tornariam agradáveis a Deus. Apoiavam-se numa justiça própria, mas não confiavam em Deus, que é misericordioso, compassivo, tardio em irar-se, benigno e que se arrepende do mal, independentemente das ações dos homens.  14  Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e libação para o Senhor vosso Deus?  O profeta anuncia que, caso o seu povo se arrependesse, Deus seria favorável. Além de não mandar o mal descrito nos versos anteriores, abençoaria o povo.  Dos versos 12 ao 14 houve uma pausa na profecia, e foi introduzido um convite à conversão. Mesmo sendo descrito algo iminente, caso se arrependessem dos seus conceitos, Deus haveria de socorrê-los. 15  Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembleia solene.  O povo foi alertado do perigo iminente ( Joel 1:2 e Joel 2:1 a Joel 2:11 ), e após, é ofertado livramento (v. 12 à 14). Agora, novamente são concitados a reunirem-se ao som da trombeta, mas desta vez, que deixassem as suas atividades regulares e atendessem o chamado do Senhor (assembleia solene).  16  Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai as crianças, e os que mamam; saia o noivo da sua recamara, e a noiva do seu aposento.  Que o povo viesse ao encontro do Senhor! Tanto anciões, quanto crianças, recém nascidos, noivo e noivas, todos deveriam deixar o que entendiam por importante, e que se voltasse para Deus. 17  Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que os gentios o dominem; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?  Após o povo reunirem-se, que os sacerdotes se posicionassem no templo e rogassem ao Senhor por misericórdia. Qual deveria ser a oração do sacerdote?  è Para o Senhor poupar o seu povo; è Que não fossem entregues ao opróbrio; è Que os gentios não dominassem sobre eles; è Que Deus evitasse a zombaria dos povos, que diriam: Onde está o seu Deus?  A mudança no tempo verbal, do verso 17 para o verso 18, dá a entender que Israel não se arrependeu e que Deus os entregou ao inimigo. 
          As calamidades descritas no capítulo 1 e 2 acabaram por vir sobre Jerusalém, e posteriormente Deus se mostrará compassivo com Israel. As bênçãos descritas a seguir, verso 18 a 27, serão concedidas a Israel como nação no milênio, quando Cristo se assentar no trono de sua glória. Elas foram anunciadas logo após a mensagem de arrependimento do profeta, uma vez que, caso arrependessem, desfrutariam destas beatitudes.  Geralmente quando os profetas apregoavam a necessidade de arrependimento (mudança de entendimento acerca de alguma matéria), o povo se aplicavam as mesmas coisas do passado: ritos, lei, sacrifícios, orações, etc.  O verdadeiro arrependimento, que é o rasgar do coração, não buscavam, continuavam em suas praticas antigas, que consistia em rasgar a suas vestes pelos vários jejuns que promoviam ( Joel 2:13 ).  O que era exigido deles, somente Deus pode realizar, que é a circuncisão do coração, o mesmo que rasgá-lo ( Deut. 10:16 ; Jer. 4:4 ). Se eles abandonassem as suas práticas legalistas, ritualistas e formalistas e fizessem como o salmista Davi, confiasse no Senhor, Deus haveria de realizar o necessário: criaria um novo coração e lhes daria um novo espírito ( Salmo 51:10 ). Somente Deus pode dar um novo coração e um novo espírito aos homens, desde que se arrependam, ou seja, deixem de recorrer as práticas que eram próprias aos seus pais ( Salmo 51:16 ).  18  Então o Senhor se mostrou zeloso da sua terra, e compadeceu-se do seu povo. O profeta anuncia um tempo em que o Senhor se mostraria zeloso da terra e se compadeceria do seu povo. Observe que o tempo verbal da profecia muda deste verso em diante, e apresenta o socorro do Senhor de modo atual, do mesmo modo que foi apresentada a invasão de gafanhotos no capítulo 1. Do mesmo modo que o profeta Joel viu e descreveu profeticamente a invasão inimiga e a escassez de alimento, agora ele descreve profeticamente a condição do povo sob o favor de Deus. 19  E o Senhor, respondendo, disse ao seu povo: Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o azeite, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre os gentios.  O Senhor responde o clamor do seu povo e restitui o sustento (pão), a alegria (mosto) e o culto (azeite). O povo será farto de sustento, alegria e culto, e não mais seriam entregues aos gentios. O profeta concita o povo de Israel a clamar, porém, temos aqui uma profecia para um tempo distante, visto que somente no período da grande tribulação, quando se cumprir a última semana profetizada por Daniel, o povo se reunirá para clamar ( Zacarias 12:10 ), e o cumprimento da promessa de que não mais serão entregues ao opróbrio dos gentios se cumprirá cabalmente com a implantação do reino do Messias (v. 15 a 19).  20  Mas removerei para longe de vós o exército do norte, e lançá-lo-ei em uma terra seca e deserta; a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; e subirá o seu mau cheiro, e subirá a sua podridão; porque fez grandes coisas. Os exércitos invasores de Israel geralmente vem do norte ( Ezequiel 38:6 -15). Deus promete lançar o exercito invasor para uma terra sem vida e deserta. A frente para o mar morto e a retaguarda para o mediterrâneo Joel 2:3 . Tal descrição encaixa-se na profecia de Zacarias ( Zac. 14:12 –13).  21  Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te, porque o Senhor fez grandes coisas.  21  Não temas, ó terra: regozija-te e alegra-te, porque o Senhor fez grandes coisas.  Os homens (terra) de Israel não deveriam temer (Heb ‘a dhãmâh, refere-se a terra vermelha da qual o primeiro homem, Adão Heb ‘ãdãm, foi feito). O povo deveria trocar o medo pela confiança, pois só regozijam e alegram os que confiam no Senhor.  22  Não temais, animais do campo,
porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a vide e a figueira darão a sua força. Os animais do campo voltariam a pastar e as árvores a darem o seu fruto.
                A vide e a figueira (Israel e Judá), por sua vez, voltará ao seu vigor, apresentará a sua força. 23  E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia.  Os filhos de Jerusalém regozijarão e alegrarão no Senhor, ou seja, a confiança não do povo em Deus será retribuída com chuvas ao seu tempo.  24  E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite
Como as chuvas serão continuas e pontuais, não faltará trigo (pão), mosto (alegria, confiança) e azeite (unção).  25  E restituir-vos-ei os anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército que enviei contra vós.   Através desta promessa é possível inferir que o gafanhoto cortador, o gafanhoto migrador, o gafanhoto devorador e o gafanhoto destruidor referem-se a quatro reinos distintos, mas que, por sua vez, constituem o grande exercito que seria enviado por Deus contra o povo de Israel e que abateria as nações. Como a promessa de restauração nacional nos versos 26 e 27 dão conta que o povo nunca mais seria envergonhado temos que ‘os anos que a cidade de Sião’ foi assolada refere-se a quatro grandes impérios que subjugaram os povos no passado da humanidade: Império Babilônico, Império Medo-Persa, Império Macedônico e o Império Romano (Daniel 2). 
 No capítulo 1 o profeta demonstra a invasão dos gafanhotos em quatro levas distintas, e no capítulo 2 somos informados que tais invasores constituem-se o grande exército do Senhor ( Joel 2:11 ). Ora, os reinos que se levantaram no passado, segundo os profetas, estavam todos a serviço do Deus de Israel na condição de vara de correção do Senhor para todos os povos.  Obs.: Alguns pregadores utilizam de forma equivocada a figura dos gafanhotos, que ilustram somente a invasão de nações inimigas, como sendo a ação de demônios na vida financeira daqueles que não contribuem com a organização que representam  “A bíblia nos fala de quatro legião de demônios que trabalham na área de maldição, estes demônios são chefiados pelo príncipe chamado Belzebú (...)
Nesta situação, o profeta insistiu com o povo que se voltasse para o Senhor, com arrependimento sincero. ‘Cada tipo de gafanhoto representa uma legiões de demônios que age na vida do homem, em seu patrimônio, em suas riquezas, bens e salários!’  Conheça o Mundo Espiritual, Anacleto Pereira da Cruz, 10° edição, Design Bureau Ltda., Editor Pr. Anacleto, Pág. 54.   26  E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado. O profeta do Senhor anuncia que haveriam de comer abundantemente e que seriam fartos, e seriam constituídos em louvor ao nome do Senhor. O Senhor haveria de proceder de modo maravilhoso e nunca mais seriam envergonhados.  27  E vós sabereis que Eu Estou no meio de Israel, e que Eu Sou o Senhor vosso Deus, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.
Após os feitos do Senhor, o povo de Israel compreenderia que o Senhor é o Deus de Israel. Entenderiam que não há outro Deus e nunca mais seriam envergonhados.  28  E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.   Há um novo salto temporal na profecia. Após ser anunciada a invasão inimiga  ( Joel 1:4 -20 ; Joel 2:1 -11), a necessidade de arrependimento ( Joel 2:12 ) e a restauração do povo após a invasão inimiga ( Joel 2:18 -27), temos um novo evento em um tempo estabelecido como sendo ‘depois’. 29  E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.                                                                     O apóstolo Pedro demonstrou que o Espírito do Senhor estava sendo derramado sobre todos os povos, até mesmo sobre os servos e as servas. Os versos 28 e 29 estão intimamente ligados. O profeta Joel demonstra que o Espírito seria derramado sobre os filhos e as filhas do seu povo, e que também os servos e as servas seriam agraciados com o Espírito. Isto demonstra que, para Deus não há acepção de pessoas, visto que, os servos do povo do profeta eram como os estrangeiros, põem, até mesmo os gentios seriam agraciados com o Espírito ( Romanos 10:12 ). O Senhor promete enviar do seu Espírito sobre judeus e gentios. 30  E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. Muitos milagres e maravilhas seriam operados por Deus no dia em que o Espírito do Senhor fosse derramado. O Senhor Jesus quando esteve na terra operou sinais e prodígios em meio ao povo demonstrando a chegada do reino de Deus "Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus" ( Luc. 11:20 ).   31  O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
 Este verso introduz um novo salto temporal na narrativa do profeta Joel. Antes que venha o ‘grande e terrível dia do Senhor’, o sol ficará escuro e a lua avermelhada ( Joel 3:15 ). O profeta deixa de fazer referência ao período messiânico e passa para um período apocalíptico. O ‘grande e terrível dia’ só se dará após o Espírito do Senhor ser derramado sobre os homens em toda a terra, ou seja, após a vinda do Messias. 32  E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar. Qualquer que confiar (crer) no Senhor será salvo Por que qualquer que invocar será salvo? Porque no monte Sião e em Jerusalém haverá salvação (livramento). Este trecho contém uma referência implícita ao Messias, pois ‘a salvação virá de Sião’ ( Isaias 59:20 ; Rom.11:26 ).                                                                                                          Capitulo:03:  Naquele dia as nações menores (montes) regozijarão (mosto) e as nações maiores (outeiros) produzirão sustento em abundância (leite). Montes e Outeiros são figuras bíblicas para fazer referencia as nações, sendo que os montes referem-se a reinos pequenos, e outeiros as grandes nações. Israel é comparado a um monte e as grandes civilizações da antiguidade a outeiros. Ex: Babilônia, Egito, etc. Mosto é uma figura de alegria, regozijo e leite uma figura de alimento em abundância. 1 Porque, eis que naqueles dias, e naquele tempo, em que removerei o cativeiro de Judá e de Jerusalém,  Através deste verso percebe-se que Israel está sob o peso do Senhor, e que só no tempo determinado por Deus (naquele tempo) será livre.  
Somente ‘naqueles dias’ o cativeiro do povo de Israel será removido, o que sugere que estão presos em decorrência dos seus pecados.   2 Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo, por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre as nações e repartiram a minha terra.  O profeta Joel fala do julgamento das nações conforme Jesus anunciou aos discípulos: “Todas as nações se reunirão diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas” ( Mat 25:32 ). É Cristo quem reunirá, ajuntará e congregará as nações para julgá-las ao final da grande tribulação, início do milênio. No término do milênio Satanás sairá a enganar as nações e reunirá os reinos do mundo para pelejarem contra o Ungido do Senhor ( Sal. 2:2 -3), diferente do ajuntamento de povos que será realizado por Cristo no intuito de fazer o julgamento das nações ( Zac. 12:2 -3). No julgamento as nações estarão no banco dos réus por causa do tratamento dispensado por elas ao povo de Israel. Os ‘pequeninos irmãos’ que Jesus faz referência em Mateus 25, verso 40 ( Mat. 25:40 ), refere-se ao povo de Israel: o seu povo e herança, que foi espalhado entre as nações no período de grande tribulação. Em Mateus 25, verso 40 os ‘pequeninos irmãos’ não se refere à igreja de Cristo, que é designada esposa do Cordeiro.    Vale de Josafá refere-se à planície do Amargedom, que significa “Jeová julgou”, e somente Joel utiliza este nome para descrever o vale de Josafá ( Joel 3:12 ).  “3 E lançaram sortes sobre o meu povo, e deram um menino por uma meretriz, e venderam uma menina por vinho, para beberemEste verso descreve a aflição que se abaterá sobre o povo de Israel naquele dia, conforme Jesus predisse: “Pois haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá” ( Mat. 24:21 ).  4 E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom, e todas as regiões da Filístia? É tal o pago que vós me dais? Pois se me pagais assim, bem depressa vos farei tornar a vossa paga sobre a vossa cabeça.   As nações em redor, que Deus utilizou como vara de correção contra Israel, retribuem de mau grado o que o Senhor lhes concedeu, portanto, haveriam de ser castigados também. 5  Visto como levastes a minha prata e o meu ouro, e as minhas coisas desejáveis e formosas pusestes nos vossos templos. 6  E vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos. 7  Eis que eu os suscitarei do lugar para onde os vendestes, e farei tornar a vossa paga sobre a vossa própria cabeça. 8  E venderei vossos filhos e vossas filhas na mão dos filhos de Judá, que os venderão aos sabeus, a um povo distante, porque o Senhor o disse.   A vara que Deus utilizou para castigar o seu povo não passaria ilesa, a exemplo do que ocorreu com os caldeus ( Habacuque 2:8 ).
Tudo que fizeram aos filhos de Israel haveria de acontecer com eles. 9  Proclamai isto entre os gentios; preparai a guerra, suscitai os fortes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra. 10  Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte
A mensagem que será anunciada as nações que serão julgadas pelo Cordeiro de Deus é de encorajamento para que compareçam a julgamento. Entre os povos deve-se anunciar que haverá guerra, e que os fortes sejam convocados. Todos aptos a guerrear que subam. Que se preparem para a batalha, e os que não tem forças, que diga: Sou forte! O que tiverem a mão para a batalha, que seja utilizado pelos convocados pelo Senhor.  11  Ajuntai-vos, e vinde, todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó Senhor, faze descer ali os teus fortes; 12  Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor.  O ajuntamento dos povos será imenso e serão reunidos no Vale de Jeosafá.
         Diante deste Vale Cristo se assentará para apartar as ovelhas dos bodes, ou seja, estabelecerá o julgamento das nações antes de reinar sobre os povos da terra ( confirmação em Mateus 25:32 ). Os valentes dentre os povos descerão ao Vale da decisão. 13  Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. 14  Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão.    Quando se lança a foice na seara é para reunir os molhos. Lançar a foice equivale a ajuntar os povos. Quando todas as nações estiverem reunidas (lagar cheio), o Senhor estabelecerá o seu juízo.
O profeta Isaias descreve este evento com propriedade ( Isaias 63:1- 6).  15  O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. O quadro descrito pelo profeta Joel com relação aos corpos celestes também foi profetizado por Cristo: “E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas” (confirmação em Mat. 24:29 ).  A aflição descrita no verso 3 antecede a manifestação do Messias: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (confirmação em Mat. 24:30 ).  16  E o Senhor bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o Senhor será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel.  Após os eventos do verso 15, Cristo se manifestará em glória, e a sua voz se fará ouvir de Jerusalém.  O Leão da tribo de Judá reinará e o seu bramido será ouvido de Sião.
O profeta Joel anuncia o reinado do Messias sobre todos os povos da terra. Enquanto as nações tremerão ante o bramido do Senhor, o Senhor Jesus será refúgio para o seu povo, fortaleza para os filhos de Israel. Observe que o profeta Joel faz uma descrição do reino milenial, quando Cristo se assentará sobre o trono de Davi e regerá as nações com vara de ferro, conforme a promessa do Pai registrada nos Salmos ( Sal 2, 6,8 ).    17  E vós sabereis que Eu Sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela.  Quando o Senhor Jesus habitar em Sião como rei e sacerdote, o monte Sião será santo e a cidade será santa. A cidade será santa (separada) porque Deus habitará com o seu povo. Naquele dia todos em Israel saberão que o Cristo que crucificaram é o Senhor Deus de Israel, o Senhor que escondeu o seu rosto da casa de Jacó  "E esperarei ao Senhor, que esconde o seu rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei" ( Isaias 8:17 ; Sal. 110:1 ). Após Cristo ser entronizado em Sião, nunca mais ‘estranhos’ invadirá ou ocupará a cidade santa. 18  E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de águas; e sairá uma fonte, da casa do Senhor, e regará o vale de Sitim.
Naquele dia as nações menores (montes) regozijarão (mosto) e as nações maiores (outeiros) produzirão sustento em abundância (leite).  Montes e Outeiros são figuras bíblicas para fazer referencia as nações, sendo que os montes referem-se a reinos pequenos, e outeiros as grandes nações. Israel é comparado a um monte e as grandes civilizações da antiguidade a outeiros. Ex: Babilônia, Egito, etc.  Mosto é uma figura de alegria, regozijo e leite uma figura de alimento em abundância. Dizer que ‘os rios de Judá estarão cheios de águas’ é outra figura, ou seja, o profeta utiliza a figura do rio para falar das ruas de Judá, e a água representa os moradores ( Apocalipse 17:15 ; Isa. 42:15 ).   Uma característica especial da casa do Senhor será uma fonte de água que regará o vale profundo onde se localiza o mar Morto. 19  O Egito se fará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.  Uma descrição pormenorizada do peso do Senhor sobre o Egito e Edom encontra-se no Livro de Obadias.  20  Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração.  Deus promete que, após aqueles dias, a tribo de Judá terá habitação eterna, e que a cidade de Jerusalém será ocupada de geração em geração. 21  E purificarei o sangue dos que eu não tinha purificado; porque o Senhor habitará em Sião.         A purificação do sangue ocorre através da filiação divina. Somente aqueles que são gerados de novo por Deus são purificados. Enquanto os gerados segundo a carne são imundos, os gerados segundo o Espírito são puros, assim como o Pai celeste. Para habitar Jerusalém, a cidade do grande Rei, necessariamente o homem deve ser puro de coração e de espírito. Somente os purificados por Deus poderão habitar a cidade que o Senhor dos exércitos residirá. Como ocorre a purificação? Deus cria um novo coração e um novo espírito ( Sal. 51:10 ). Após dar vida ao coração e ao espírito do homem, Deus faz nele morada, o que é essencial para se habitar em Sião "Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos"( Isa. 57:15 ).  Mesmo naqueles dias a purificação do sangue somente ocorrerá através do novo nascimento ( João. 3:3 ).
 Comentário em Amós: Amós, cujo nome significa “Aquele que suporta o jugo”, era um nativo da pequena cidade de Tecoa, situada nas colinas de Judá, a cerca de 16 km ao sul de Jerusalém. Ele é o primeiro dos assim chamados profetas escritores do séc. VIII aC. Os outros incluem Oséias a Israel e Miqueias e Isaias a Judá. Amós rejeitou treinamento como um profeta profissional, admitindo que ele fosse um pastor de ovelhas e cultivador de sicômoros. Amós foi chamado para entregar a mensagem de Deus ao Reino do Norte, Israel. Amós profetizou durante os reinados de Uzias, de Judá (792-740 aC), e Jeroboão II de Israel (793-753 aC). Seu ministério foi realizado entre 760 e 750 a.C. parece ter ocorrido em menos de dois anos. O livro de Amós é basicamente uma mensagem de julgamento sobre as nações, oráculos e visões de julgamento divino sobre Israel. O tema central do livro é que o povo de Israel havia quebrado seu concerto com Deus. Como resultado, o castigo de Deus sobre eles por causa do pecado será severo.   
 Amós começa com uma série de acusações contra os sete vizinhos de Israel, incluindo Judá, e, depois, ele acusa Israel (1.3-1.16). Cada nação estrangeira tem de ser castigada por ofensas especificas, seja contra Israel ou qualquer outra nação. Esse julgamento sobre as nações nos ensina que Deus é um Monarca universal. Todas as nações estão sob seu controle. Elas têm de prestar contas a Deus pelos maus tratos às outras nações e povos. Israel e Judá, todavia serão punidos porque eles quebraram seu concerto com Deus.   A seção seguinte (3.1-6.14) é uma série de três oráculos ou sermões direcionados contra Israel. Eles incluem a ameaça de exílio. Uma terceira seção (7.1-9.10) é uma série de cinco visões e julgamento, em duas das qual Deus se retira. Finalmente, Amós promete restauração para Israel (9.11-15). 
O Espírito Santo em Ação: O processo da inspiração do profeta e a revelação da mensagem de Deus são geralmente atribuídos por outros profetas ao Espírito (Isa. 48.16; Eze. 3.24; Miq. 3.8). Como é o caso da maioria dos profetas, é quase impossível fazer uma distinção entre o Senhor e seu Espírito. Amós, não menciona o Espírito em sua obra, mas aquelas ações atribuídas ao Espírito por outros profetas estão presentes em Amós. Julgamento sobre as nações 1.3 –2.16: Damasco 1.3-5: Gaza: 1.6-8: Tiro: 1.9-10: Edom: 1.11-1: Amom: 1.13-15: Moabe: 2.1-3. Judá 2.4-5: Israel. 2.6-16.  III). Oráculos contra Israel. 3.1– 6.14.  Julgamento sobre o povo escolhido de Deus 3.1-15. Julgamento de Deus sobre o povo insensíveis 4.1-13.  Julgamento sobre o impenitente povo de Deus: 5.1-6.14: IV). Visões de Julgamento 7.1-9.10 Visões de abrandamento. 7.1-6.  Visões de rigidez.  (7.7-9.10 V). A restauração de Israel. 9.11-15 A tenda de Davi levantada. 9.11-12   A terra e o povo restaurados e abençoados 9.13-15:                                                                                    
 Comentário em Obadias: O profeta é conhecido somente como Obadias, “Servo/adorador de Jeová”. Nenhuma outra informação está disponível a respeito dele.  O fundo histórico da destruição de Jerusalém coloca a data da profecia de Obadias logo após 586 a.C, o ano no qual a cidade sagrada foi derrotada pelos babilônios. A mensagem foi provável- mente, dada durante o período do exílio de Judá, quando Obadias alerta Edom sobre a vingança de Deus, que estava se aproximando, e assegura a Judá quanto ao contínuo cuidado do Senhor.  As relações entre Israel e Edom foram marcadas pela hostilidade através do período do AT. O rancor começou quando os dois irmãos gêmeos Esaú e Jacó se dividiram em disputa (Gên. 27; 32– 33). Os descendentes de Esaú, consequentemente, se estabeleceram numa área chamada Edom, situada ao sul do mar Morto, enquanto os descendentes de Jacó continuaram em direção à Terra Prometida, habitaram em Canaã e se tornaram o povo de Israel. Com o passar dos anos numerosos conflitos se desenvolveram entre os edomitas e os israelitas. Essa amarga rivalidade forma o fundo histórico da profecia de Obadias.   Ao longo do período de cerca de 20 anos (605-586 aC.), os babilônios invadiram a terra de Israel e fizeram repetidos ataques à Jerusalém, a qual foi finalmente devastada em 586 aC. Os edomitas viram essas incursões como uma oportunidade para extinguir sua amarga sede contra Israel. Então, os edomitas juntaram-se aos babilônios contra seus parentes e ajudaram a profanar a terra de Israel. Obadias é o menor livro do A.T. Ele começa com um título que identifica a profecia como “visão de Obadias” e que atribui o pronunciamento do Senhor Jeová (v.1).   O livro é dividido em duas seções principais.                                                                                                                                A primeira (vs 1-14) é endereça a Edom e anuncia sua inevitável queda. Da sua posição de soberba e falsa segurança, Deus irá derribá-lo (vs 2-4). A terra e o povo serão saqueado e espoliados, a destruição final e completa (vs 5-9). Por quê? Por causa da violência que Edom praticou contra seu irmão Jacó (v.10), porque Edom de regozijou com o sofrimento de Israel e juntou-se com seus atacantes para roubar e violar Jerusalém no dia da sua calamidade (vs 11-13) e porque os edomitas impediram a fuga do povo de Judá e os entregou aos invasores (v.14)
A segunda seção principal da profecia reflete sobre o Dia do Senhor (vs 15-21). Esse dia será um tempo de retribuição, de colher o que se havia plantado. Para Edom, este é um pronunciamento de perdição (vs 15-16), mas, para Judá de proclamação de liberdade (vs 17-20) Edom será julgado severamente, mas o povo de Deus experimentará a abençoada e gloriosa restauração de sua terra. O monte Sião governará as montanhas de Esaú, e o reino pertencerá ao Senhor (v.21) Em nenhum lugar Obadias faz referência específica ao E.S. ou ao Espírito de Deus. A sua obra, todavia, deve ser admitida. Ele serve como a fonte de inspiração para Obadias, como Aquele que comunica a “visão” (v.1) que constitui a mensagem de Obadias.   
                 Além disso, embora não especificamente identificado como tal, ele funciona como Aquele que instiga o julgamento de Edom, chamando as nações para se levantarem contra o inimigo do povo de Deus. Embora Deus use agentes humanos para executar sua justiça, atrás disso tudo, está à obra do seu Espírito, empurrando, instigando e punindo de acordo com o plano de Deus.  O decreto do Senhor Vs 1-14:
A condenação de Edom vs, 1-4 O colapso de Edom Vs. 5-9. Os crimes de Edom Vs 10-14. O Dia do Senhor. Vs 15-21.  O dia da retribuição divina Vs. 16-16 O dia da restituição divina vs. 17-20.  O dia do domínio divino vs. 21
Comentário em Jonas & Miquéias: Jonas.  Como indicado em 2Rs. 14.25, Jonas era filho de Amitai e um nativo de Gate-Hefer, um vilarejo situado a 5 Km em direção ao nordeste de Nazaré, dentro das fronteiras tribais de Zebulom. Profetizando durante o reinado de Jeroboão II e precedendo imediatamente Amós, ele foi um forte nacionalista que estava completamente consciente da destruição que os assírios haviam feito em Israel através dos anos. Jonas achou difícil aceitar o fato de que Deus pudesse oferecer misericórdia a Nínive da Assíria, uma vez que seus habitantes mereciam um julgamento severo. Ele foi o único profeta mandado para pregar aos gentios. Elias foi mandado para Sarepta para morar lá durante uma temporada (1Rs. 17.8-10), e Eliseu viajou a Damasco (2Rs 8.7), mas somente a Jonas é que foi dada uma mensagem de arrependimento e misericórdia, para pregar diretamente a uma cidade gentia. Sua relutância em ir pregar estava baseada num desejo de ver seu declínio culminar numa completa perda de poder.     
Também ele temeu que Deus pudesse mostrar misericórdia, deste modo oferecendo aos assírios a oportunidade de molestar Israel.   O nome de Jonas significa “pomba” ou “pombo”. Quanto ao caráter, ele é representado como obstinado, irritado, mal-humorado, impaciente e por seu hábito de viver somente com seu clã.  Politicamente é obvio que ele era um amante leal de Israel e um patriota comprometido. Religiosamente, ele professava um temor ao Senhor como Deus do céu, o Criador do mar e da terra. Mas sua primeira desobediência intencional, sua posterior re relutante obediência e a sua ira sobre a extensão de misericórdia aos ninivitas revelam óbvia incoerência na aplicação da sua fé.                                                         
  A história termina sem indicar como Jonas respondeu à exortação e à lição objetiva de Deus.  
Os assírios pagãos, inimigos de Israel de longa data, era uma força dominante entre os antigos de aproximadamente 885 a 665 aC. Relatos do AT descrevem seus saques contra Israel e Judá, onde eles destruíram a zona rural e levaram cativos. O poder assírio era mais fraco durante o tempo de Jonas, e Jeroboão II foi capaz de reivindicar áreas da Palestina desde Hamate localizada em direção ao sul, até o mar Morto, como havia sido profetizado por Jonas (2Rs 14.25)
O livro de Jonas, embora tenha sido colocado entre os profetas no cânon, é diferente do outros livros proféticos, pois ele não tem uma profecia que não contenha uma mensagem; a história é a mensagem.
A história recorda um dos mais profundos conceitos teológicos encontrados no AT. Deus ama todas as pessoas e deseja compartilhar seu perdão e misericórdia com elas. Israel havia sido encarregado de entregar aquela mensagem, mas, de algum modo, eles não compreenderam a importância dela. Essa falha consequentemente levou-os a um orgulho religioso extremo. No Livro de Jonas, pode ser encontrada a semente do farisaísmo no N.T.
          Deus pediu a Jonas, o profeta, para levantar-se e ir 1300 km para o oriente, a Nínive, uma cidade dos temidos e odiados assírios. Sua mensagem é pra ser um chamado ao arrependimento e uma promessa de misericórdia, caso eles responda positivamente. Jonas sabe que, se Deus poupar Nínive, então aquela cidade estará livre para saquear e roubar Israel novamente. Esse patriotismo nacionalista e seu desdém a que a misericórdia seja oferecida para pessoas que não fazem parte do concerto induzem Jonas a decidir deixar Israel e “fugir de diante da face do Senhor”. Sem dúvida, ele esperava que o Espírito da profecia não o seguisse. Jonas está descontente e de algum modo se convence do que uma viagem a Társis irá livrá-lo da responsabilidade que Deus colocou sobre ele.  A viagem a Társis logo fornece a evidência de que a presença e a influência do Senhor não estão restritas à Palestina. Deus manda uma tempestade para golpear o navio e causar circunstâncias que conduzem Jonas face a face ao seu chamado missionário. Após determinarem que Jonas e seu Deus são responsáveis pela tempestade, e após esgotarem todas as alternativas, os marinheiros atiraram Jonas ao mar. Sem dúvida, Jonas e os marinheiros acharam que esse seria o fim de Jonas; mas Deus havia preparado um grande peixe para engolir Jonas e, após três dias e três noites, o peixe
o jogou em terra firme.  Novamente, Deus manda Jonas levantar e ir a Nínive para entregar a mensagem de libertação. Desta vez, o profeta concorda relutantemente em fazer a viagem e entregar a mensagem de Deus.   Para seu espanto, os ninivitas, desde a pessoa mais humilde até o rei, se arrependeram e mostraram isso através do jejum cerimonial, vestindo-se de panos de saco e assentando-se sobre a cinza. Até mesmo os animais são obrigados a participar dessa conduta humilde. O coração de Jonas ainda não está mudado, e ele reage com ira e confusão. Por que Deus teria misericórdia de pessoas que abusaram da nação de Israel? Talvez esperando que o arrependimento não tivesse sido genuíno, ou que Deus fosse escolher outra estratégia, Jonas constrói um abrigo numa colina, com vista para a cidade do lado oriente. Lá. Ele aguarda do dia indicado para o julgamento.  Deus usa esse tempo de esperar para ensinar uma valiosa lição a Jonas. Ele prepara uma aboboreira para crescer durante a noite, num lugar que fizesse sombra sobre a cabeça de Jonas. O profeta se regozija na sua boa sorte. Então, Deus prepara um bicho pra comer o caule da aboboreira e a faz secar. Ele, mais adiante, intensifica a situação desconfortável de Jonas, ao trazer um vento calmoso, vindo do oriente, para secar o corpo morto de sede de Jonas. Ele lamenta a morte da aboboreira e expressa seu descontentamento a Deus. Deus lhe responde mostrando a incoerência de estar preocupado com uma aboboreira, mas estar totalmente despreocupado acerca do destino dos habitantes de Nínive, a quem Deus amava.  E Espírito de Deus inspirou Jonas a profetizar naquela terra e a sua posição seria recuperada por Israel. Isso aconteceu sob a liderança de Jeroboão II (2 Rs 14.25). Quando o Espírito conduziu Jonas para ir a Nínive profetizar contra o povo lá, o profeta se recusou a seguir a orientação do Senhor. O Espírito de Deus não cessou sua obra, mas continuou a intervir na vida de Jonas e a induzi-lo a faze a vontade de Deus. Quando Jonas se arrependeu, o Espírito operou um arrependimento piedoso no coração do povo e eles responderam à mensagem de julgamento. Quando Jonas se recusou a aceitar esta obra divina, o ES mostrou a ele o contraste entre sua preocupação com uma aboboreira e a preocupação de Deus com os habitantes da cidade.                                                                  A retirada ordenada 1.1-3 “Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive” 1.1-2 Jonas foge para Tarsis 1.3: II). O retorno providencial 1.4-2.10.  O Senhor manda uma tempestade 1.4-9. Os marinheiros o jogam no mar 1.10-16. O Senhor prepara um grande peixe. 1.17. Jonas ora 2.1-9.  Ele é vomitado na terra 2.10:  III). A renovação bem-sucedida. 3.1-10: Uma segunda chance de levantar e ir são dados a Jonas 3.1-3 >Jonas prega. 3.4 > A população se converte 3.5-9 > Deus demonstra piedade 3.10 > V). Uma reação negativa. 4.1-11 > Jonas desgostou-se. 4.1-5 Deus ensina uma lição. 4.6-11:
 Comentário em Miquéias: Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII a.C. Ambos concentra ram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações” no objetivo das sua profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi, também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de 32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.  O Nome de Miquéias pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”. Miquéias era tão sincero e completa mente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local.
Um século depois, sua profecia foi lembrada e citada (Jer 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de Miquéias (Mat 2.1-6; Jõ 7.41-43).   Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 a.C), Acaz (731-716 aC), e Ezequias (716-686 aC). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 a.C), uma data entre 704 e 696 aC parece ser provável.  “No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5). Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá estava prestes a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração. 
               O Livro de Miq.; é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos pecados e na compaixão pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com Abraão e seus descendentes. A  “excelência do nome do Senhor” (5.4) está caracterizada, bem como a face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua força (5.4), suas justiças (6.5; 7.9) e sua conseqüente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de rebelião moral.  Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2).
O fator mais notável no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa do réu e deixando seu povo levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele que verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9)   Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como o julgamento de Deus contra a rebelião feita contra ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13). Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, a esperança foi estendida pra um restante a ser restaurado, que seja desse cativeiro ou de um povo espiritualmente restaurado (a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O Senhor libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)
Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de Deus colore cada uma da sua atitudes e ações em relação ao seu povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma vez, redimiu a Israel do Egito:  irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração. Essa mensagem está focalizada numa única pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que passa por cima da rebelião do restante de sua herança? Ele não retém a sua para sempre, porque tem prazer na sua benignidade. (7.18).
A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar.
A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivas a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo as glórias da sua graça a ser manifesta em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no qual o fiel devia por sua esperança.                                                                             Cristo Revelado: As profecias sobre Cristo fazem o Livro de Miquéias luzir com esperança e                encorajamento. O livro se inicia com uma grandiosa exposição da vinda do Senhor (1.3-5). As profecias posteriores afirmarão o aspecto pessoal da sua chegada em tempo histórico. Mas a disposição de Deus para descer e interagir é estabelecida no princípio.  A primeira profecia messiânica ocorre numa cena de pastor de ovelhas. Depois que a terra deles havia sido corrompida e destruída, um restante dos cativos seria reunido como ovelhas num curral. Então, alguém quebraria o cercado e os levaria para fora da porta, em direção à liberdade. (2.12-13). E esse alguém é seu “rei” e “Senhor”. O episódio completo harmoniza-se belamente com a proclamação de Jesus acerca da liberdade aos cativos (Luc. 4.18), enquanto, na verdade, liberta os cativos espirituais e físicos. Miq. 5.2 são uma das mais famosas profecias de todo o AT. Ela autentica a profecia bíblica como “a Palavra do Senhor” (1.1; 2.7; 4.2). A expressão “a Palavra” do Senhor (4.2) é um título aplicável a Cristo (Jõ 1.1; Apoc. 19.13). A profecia de Miq. 5.2 são explicitamente, messiânica (“Senhor em Israel”) e especifica seu lugar de nascimento em Belém, num tempo quando Belém era pouco conhecida. Suas palavras foram pronunciadas muitos séculos antes do acontecimento; ele não tinha nenhuma sugestão do lugar a que recorrer. Outra característica dessa profecia é que ela não pode se referir a apenas qualquer líder que possa ter sua origem em Belém. Cristo é o único a quem ela pode se referir, porque ela iguala o Senhor com o Eterno: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Esta profecia confirma tanto a humanidade quanto a divindade do Messias de um modo sublime.  A profecia de Miq. 5.4-5; afirma a condição de pastor de Messias (“apascentará o povo”), sua unção (“na força do Senhor”), sua divindade (“na excelência do nome do Senhor”) e sua humanidade (“seu Deus”), seu domínio universal (“porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra”) e a sua posição como líder de um reino de paz (“E este será a nossa paz”). O climax da profecia (7.18-19), mais o vers; final (7.20), apesar de não incluir o nome do Messias, definitivamente refere-se a ele.
Na expressão da misericórdia e compaixão divinas, ele é Aquele que “subjugará as nossas iniquidades”, lançando-as nas profundezas do mar para que Deus possa perdoar os pecados e trocar o pecado pela verdade.  o verdadeiro poder, a força e justiça que estão por trás da mensagem de Miq. Vieram da sua unção pela “força do Espírito do Senhor” (3.8).                                           Tema: Quem é como o Senhor?  I. A dramática cinda do Senhor em Julgamento 1.1-2.13  > Sobre as cidades capitais de Samaria e Jerusalém 1.1-9 > Sobre as cidades localizadas a sudoeste de Jerusalém 1.10-16 > Sobre os crimes que trazem ocupação estrangeira 2.1-11 > Sobre todos, exceto um restante liberto pelo Senhor 2.12-13 >  II). A condenação dos líderes feita pelo Senhor. 3.1-12 > Sobre os líderes que consomem o povo 3.1-4 > Sobre os profetas, exceto Miquéias. 3.5-8 > Sobre os oficiais: chefes, sacerdotes e profetas. 3.9-12 >  III). A vinda do reino universal do Senhor. 4.1-5.15 > Atração de todas as nações pelo nome do Senhor. 4.1-5  > Compaixão sobre o povo dependente e rejeitado 4.6-13 > O lugar de nascimento e a administração do Messias. 5.1-6 >A restauração de um restante num lugar sem ídolos 5.7-15 > IV). A apresentação da contenda do Senhor. 6.1-7.6 > O seu cuidado redentor na sua história 6.1-5 > Suas expectativas para uma reação apropriada. 6.6-8  > Seu fundamento para o julgamento do ímpio. 6.9-7.6  > V. A salvação do Senhor como a esperança do povo. 7.7-20 > Apesar do julgamento temporário. 7.7-9. >Apesar dos inimigos do povo. 7.10—17 Por causa da sua incomparável compaixão 7.18-20.
Fonte: Bíblia Plenitude
            Nobres leitores (as) eis ai alguns comentários nos livros de Joel. Amós, Obadias, Jonas e Miquéias. Vocês pedem até estranhar tamanho foi o comentário em alguns livros, embora com poucos capítulos. Mas por eu fazer uma pesquisa na net encontrei estes comentários que achei necessário colocá-los aqui. É muito saber o que outras pessoas sabem sobre a Bíblia Sagrada; pois eu não sou o dono da verdade, e estes comentários fizeram com que meu entendimento também melhorasse. Uma coisa é você comentar resumindo, e outra é você comentar teologicamente. Parece ser muito difícil entender, mas não é. Estas pessoas tem teologia, escatologia etc,  e eu apenas a leitura bíblica.
Muito obrigado a todos vocês meus nobres leitores (as) pelo incentivo, força e estimulo e pelos mais de 59 mil acessos nos dias de hoje. Sou formado em capelania hospitalar pela Igreja Batista ano 2012, pela capelã Mercedes e pela UFMS em 2014, curso dado pelo professor, capelão, pastor, capitão do Corpo de Bombeiros  e professor de Bioética para os alunos de medicina da UFMS,  Ednilson Reis.
 Campo Grande 11 de  março de 15 dia da revisão  jcr0856@hotmail.com     











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Como receber e merecer as bênçãos de Deus em sua vida. Parte V III. A                                              Pureza e perseverança: faz parte das bênçãos de Deus:                                                                                   Nobres leitores o tema continua mostrando um pouco mais sobre pureza e perseverança, pois é algo muito difícil nos dias de hoje. Ser puro incomoda, e perseverar em honestidade, lealdade, justiça, temor e obediência também incomodam. No mundo globalizado de hoje é quase impossível encontrar alguém puro, integro, honesto etc. ser puro não te dará benefícios financeiros, morais e religiosos. Vejam o exemplo do que esta acontecendo em nosso País onde ser corrupto, ladrão, bandido, canalha, pilantra, trás milhões de dólares nas contas destas pessoas. Ser puro neste País tem sentido contrario, pois aqui no Brasil, eles se purificaram e perseveram em corrupções roubando todo um País. A pureza de nossos políticos é tão evidente que, não consegui

Discernimento, entendimento e Sabedoria: O que é discernimento segundo a Bíblia. Parte I Também em Inglês Grego e Alemão

Discernimento, entendimento e Sabedoria: O que é discernimento segundo a Bíblia. Parte I                   Conhecendo  melhor a Bíblia, e a palavra de Deus.            Nobres leitores irei mostrar a todos vocês um pouco mais sobre o que é discernimento segundo a palavra de Deus.  O discernimento é essencial no processo de tomar decisões sábias.   A Bíblia diz em Tiago 1: “ 5  E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. 6  Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. 7  Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. 8  O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos. 9  Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação, 10  E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva. 11  Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formos