Seitas: Religiões, Parte IV
As seitas satânicas: Uma realidade hoje. São muito poucos os autores que dão definição de seita satânica, principalmente por que tais grupos apresentam uma diversidade de estilos.
Devemos ser justos ao precisar que muitos autores partem da conotação de satanismo para logo tentar definir, a partir e características determinadas, as seitas satânicas. Alguns autores apontam como seitas satânicas a todo esse "conjunto de ciências, semiciências, feitiçarias, ocultismo e práticas tenebrosas, que têm como centro a suposição de que o demônio é um ser poderoso ao que se deve render culto, porque ele pode nos dar bem-estar, riqueza e saúde". Outros apontam que o perigo é que para muitos jovens o grupo satânico aparece como libertador, antes de tudo libertador da moral, das convenções sociais e dos códigos repressivos. Nos grupos, a práticas de desordens sexuais e de ritos repugnantes (esquartejar animais, beber seu sangue, etc.) produz uma libertação das proibições aprendidas na infância. Quiçá a definição mais exata seja que a seita satânica é um grupo minoritário de pessoas reunidas premeditadamente com o objetivo de adorar ao demônio, como um ser com poderes sobrenaturais capazes de intervir no mundo.
Seus integrantes costumam ser principalmente pessoas com transtornos psicológicos e uma profunda rejeição frente a todas as instituições sociais estabelecidas, família, igreja, estado, etc. As reuniões destas seitas se caracterizam pela realização de ritos que não são mais que paródias do rito cristão, preferentemente do Católico ou do Ortodoxo. Estes eventos têm significados ou utilidade de iniciação, dignidade, provas, rogativas ou festivos. Também as seitas são para muitos a evasão perfeita da responsabilidade pessoal ante determinadas ações. Como elementos comuns podemos apontar que estejam conformadas por poucos membros, a intolerância, a oposição nas esferas social-política e religiosa. Como características privativas delas podemos mencionar a adoração em culto a satanás, " a inversão da ordem sagrada ortodoxa", ensinamento esotérico, "a trindade demoníaca (a Besta, o Anti-Cristo, o Falso Profeta)" e a alteração de orações e credos cristãos. Quais são as seitas? Em primeiro lugar da classificação indicamos as "Seitas Luciferinas" que acreditam que Lúcifer foi tratado injustamente pelo cristianismo, já que ele é o símbolo do conhecimento e a sabedoria sendo portanto a verdadeira luz, buscam o poder, o dinheiro e as influências. Uma de suas principais características é o segredo de suas atividades. Seu rito central é a missa negra ou vermelha e costumam ter uma forma anarquista de ver a vida. Em segundo lugar estão as seitas Satanistas conformadas por indivíduos de nível intelectual médio-alto, normalmente profissionais ou empregados de mandos meio conhecedores de diferentes matérias esotéricas sendo "seu forte" tudo o que tenha relação com a astrologia e a magia. Apresentam uma estratificação particular baseada no nível de "dignidade" ou compromisso de seus membros. Não costumam ser confrontantes, não se reconhecem a si mesmos como integrantes de uma seita, mas de uma religião que foi incompreendida e perseguida pelos cristãos. Pertencem a este nível de classificação seitas como "A Igreja de Satã", "O Templo de Set", entre outras.
Devemos ser justos ao precisar que muitos autores partem da conotação de satanismo para logo tentar definir, a partir e características determinadas, as seitas satânicas. Alguns autores apontam como seitas satânicas a todo esse "conjunto de ciências, semiciências, feitiçarias, ocultismo e práticas tenebrosas, que têm como centro a suposição de que o demônio é um ser poderoso ao que se deve render culto, porque ele pode nos dar bem-estar, riqueza e saúde". Outros apontam que o perigo é que para muitos jovens o grupo satânico aparece como libertador, antes de tudo libertador da moral, das convenções sociais e dos códigos repressivos. Nos grupos, a práticas de desordens sexuais e de ritos repugnantes (esquartejar animais, beber seu sangue, etc.) produz uma libertação das proibições aprendidas na infância. Quiçá a definição mais exata seja que a seita satânica é um grupo minoritário de pessoas reunidas premeditadamente com o objetivo de adorar ao demônio, como um ser com poderes sobrenaturais capazes de intervir no mundo.
Seus integrantes costumam ser principalmente pessoas com transtornos psicológicos e uma profunda rejeição frente a todas as instituições sociais estabelecidas, família, igreja, estado, etc. As reuniões destas seitas se caracterizam pela realização de ritos que não são mais que paródias do rito cristão, preferentemente do Católico ou do Ortodoxo. Estes eventos têm significados ou utilidade de iniciação, dignidade, provas, rogativas ou festivos. Também as seitas são para muitos a evasão perfeita da responsabilidade pessoal ante determinadas ações. Como elementos comuns podemos apontar que estejam conformadas por poucos membros, a intolerância, a oposição nas esferas social-política e religiosa. Como características privativas delas podemos mencionar a adoração em culto a satanás, " a inversão da ordem sagrada ortodoxa", ensinamento esotérico, "a trindade demoníaca (a Besta, o Anti-Cristo, o Falso Profeta)" e a alteração de orações e credos cristãos. Quais são as seitas? Em primeiro lugar da classificação indicamos as "Seitas Luciferinas" que acreditam que Lúcifer foi tratado injustamente pelo cristianismo, já que ele é o símbolo do conhecimento e a sabedoria sendo portanto a verdadeira luz, buscam o poder, o dinheiro e as influências. Uma de suas principais características é o segredo de suas atividades. Seu rito central é a missa negra ou vermelha e costumam ter uma forma anarquista de ver a vida. Em segundo lugar estão as seitas Satanistas conformadas por indivíduos de nível intelectual médio-alto, normalmente profissionais ou empregados de mandos meio conhecedores de diferentes matérias esotéricas sendo "seu forte" tudo o que tenha relação com a astrologia e a magia. Apresentam uma estratificação particular baseada no nível de "dignidade" ou compromisso de seus membros. Não costumam ser confrontantes, não se reconhecem a si mesmos como integrantes de uma seita, mas de uma religião que foi incompreendida e perseguida pelos cristãos. Pertencem a este nível de classificação seitas como "A Igreja de Satã", "O Templo de Set", entre outras.
Em terceiro lugar da classificação indicamos aos "Adoradores de Set" ou "Amigos de Lúcifer" que podem, e de fato têm sido, vistos como as mais perigosas. São constantemente relacionados com sequestros, abusos sexuais, indução a suicídios e inclusive a homicídios. São características delas mostras de "fidelidade e dignidade" como o sequestro de cadáveres, beber sangue, a exposição sexual e atos tão aberrantes como a necrofagia e a necrofilia. Mais uma vez devemos enfatizar ao apontar que esta classificação pode ser considerada como válida, mas sob nenhuma perspectivas como absoluta já que em algumas seitas satânicas se dão ou podem chegar a dar-se, a mistura de características de um ou outro grupo e inclusive a gerar em seu interior uma nova variante.
Sua Existência. Para falar das causas da existência das seitas satânicas, devemos partir, que desde sempre o homem se sentiu fascinado pelo misterioso, maravilhado pelo sobrenatural, inclinado à magia por meio da qual espera encontrar respostas a seus questionamentos ou a satisfação de suas carências. Igualmente podemos apontar que, se as seitas satânicas existem, deve-se em grande parte ao mal uso que o homem tem feito de sua liberdade, a que tem encaminhado na busca de experiências mágicas que em curto prazo se transformam em experiências daninhas que o conduzem ao afastamento de Deus, dos homens, da Igreja e, consequentemente, da realidade. Como estas e outras possíveis causas podem "somar e seguir", entretanto optamos por nos referirmos também, não somente a aquelas causas de índole existencial individual, mas também a aquelas do âmbito social; para isso consideramos tratar de cinco fatores chaves para o surgimento e proliferação destes grupos.
Os fatores são o político, desemprego, violência urbana, marginalidade e desagregação familiar, esta escolha não deve conduzir nem reduzir nosso pensamento exclusivamente a esses fatores posto que sem dúvida existem muitos outros possíveis elementos ou fatores causadores de que estes grupos sejam uma realidade. Perfil psicológico. O perfil psicológico dos membros de uma seita costuma ser geralmente os mesmos como são a total rebeldia, a morbidez e as experiências extremas.
Um lar relativista e principalmente anti-religioso são o 'caldo de cultivo' para que os valores e a promoção pessoal vá decaindo, chegando inclusive a não ter importância nada mais que o viver o momento. Isto tem conduzido à concepção de que tudo é relativo, que a vida é um passar com um sentido puramente transitório. O que antes era 'as diversões de fim de semana' passou a ser um sistema de vida onde deve-se viver a maior quantidade de emoções no menor prazo possível, porque a vida pode se acabar em qualquer instante.
Entretanto, esta é posição exterior, a que muitas vezes não responde à interior. Interiormente o indivíduo pede um respaldo, uma ajuda ou uma companhia, esteja presente um forte déficit emocional, o sem sentido da vida que os rodeia não é mais que o produto da ausência das pessoas que são parte importante de suas vidas daqueles que os protegem frente aos acontecimentos adversos. Suas personalidades enormemente inseguras os faz estar à espera de algo que os confirme, já não importa em quê, mas que o faça. Sentem que os calços normais há não são suficientes pelo que é necessário descobrir algum tipo de poder superior que
Sua Existência. Para falar das causas da existência das seitas satânicas, devemos partir, que desde sempre o homem se sentiu fascinado pelo misterioso, maravilhado pelo sobrenatural, inclinado à magia por meio da qual espera encontrar respostas a seus questionamentos ou a satisfação de suas carências. Igualmente podemos apontar que, se as seitas satânicas existem, deve-se em grande parte ao mal uso que o homem tem feito de sua liberdade, a que tem encaminhado na busca de experiências mágicas que em curto prazo se transformam em experiências daninhas que o conduzem ao afastamento de Deus, dos homens, da Igreja e, consequentemente, da realidade. Como estas e outras possíveis causas podem "somar e seguir", entretanto optamos por nos referirmos também, não somente a aquelas causas de índole existencial individual, mas também a aquelas do âmbito social; para isso consideramos tratar de cinco fatores chaves para o surgimento e proliferação destes grupos.
Os fatores são o político, desemprego, violência urbana, marginalidade e desagregação familiar, esta escolha não deve conduzir nem reduzir nosso pensamento exclusivamente a esses fatores posto que sem dúvida existem muitos outros possíveis elementos ou fatores causadores de que estes grupos sejam uma realidade. Perfil psicológico. O perfil psicológico dos membros de uma seita costuma ser geralmente os mesmos como são a total rebeldia, a morbidez e as experiências extremas.
Um lar relativista e principalmente anti-religioso são o 'caldo de cultivo' para que os valores e a promoção pessoal vá decaindo, chegando inclusive a não ter importância nada mais que o viver o momento. Isto tem conduzido à concepção de que tudo é relativo, que a vida é um passar com um sentido puramente transitório. O que antes era 'as diversões de fim de semana' passou a ser um sistema de vida onde deve-se viver a maior quantidade de emoções no menor prazo possível, porque a vida pode se acabar em qualquer instante.
Entretanto, esta é posição exterior, a que muitas vezes não responde à interior. Interiormente o indivíduo pede um respaldo, uma ajuda ou uma companhia, esteja presente um forte déficit emocional, o sem sentido da vida que os rodeia não é mais que o produto da ausência das pessoas que são parte importante de suas vidas daqueles que os protegem frente aos acontecimentos adversos. Suas personalidades enormemente inseguras os faz estar à espera de algo que os confirme, já não importa em quê, mas que o faça. Sentem que os calços normais há não são suficientes pelo que é necessário descobrir algum tipo de poder superior que
consiga 'despertar esta sociedade tonteada por si mesma e afogada em seu próprio ser', São frequentes nestas pessoas a depressão, o consumo de álcool e drogas, elementos que levam a um estado de esquizofrenia ou paranóia. É necessário assinalar que o perigo destas patologias é tornar-se evidentes somente em um estado avançado, pois sua detecção não é fácil à primeira vista. De igual modo os sintomas próprios delas podem passas despercebidos chegando a ser considerado, muito comum entre as pessoas, o sujeito como um indivíduo norma e em seus seguidores como um 'iluminado'. O que diz a Igreja. A resposta da Igreja Católica , em relação ao demônio, suas ações e suas manifestações tem sido através da história da humanidade muito enfática. Dentro da atitude da Igreja Católica frente ao satanismo se fazem necessárias e imprescindíveis o reconhecimento da existência do fenômeno. Não se pode continuar pensando que não se dá o fenômeno em nossas sociedades ou comunidades: existem grupos organizados, inclusive com estruturas de caráter internacional, ou grupos que têm influência deles. Também tem que existir um conhecimento do fenômeno. Deve haver alguém que o estude e possa dar informações convenientes e sérias aos agentes pastorais, assim como aos membros das comunidades. Esse conhecimentos não pode ser uma simples informação, mas que deva concluir em uma tomada de posição desde a fé; isso levará em quem realiza a investigação, como em quem se serve dela, uma profissão de fé na ação pascal da Igreja. Também requerem-se duas coisas: a primeira é que a informação que se ofereça às pessoas vá também acompanhada da postura da Igreja e de ensinamentos doutrinais muitos claros e seguros; em segundo lugar, que quem faz a investigação tenha maturidade espiritual, humana e psíquica necessária, para evitar fracassos ou problemas subsequentes. Com uma consciência missionária e com sentido de compromisso evangelizador, a Igreja tem que ir ao encontro dos mais frágeis, para oferecer-lhes a fortaleza da graça de Deus e a claridade da luz de Cristo. Isto exigem não somente acudir a eles, mas também acompanhá-los com sentido pastoral e de maneira contínua. Assim mesmo implicará, com sã imaginação pastoral, dar-lhes novos caminhos (os da palavra de Deus) e esperança de crescimento, convidando-os a que sua decisão seja também clara por partes deles e assim se arrisquem a seguir Jesus. Uma das ações que a Igreja deverá fortalecer nos próximos tempos é a de aprofundar na catequese das crianças, adolescentes e jovens. Catequese contínua, catequese profunda: um convite a assumir a própria responsabilidade da fé. Catequese capilar para que penetre em todos e em todo o ser humano: que o faça vibrar com a palavra de Deus e o conduza a uma opção fundamental por Cristo. Uma pastoral juvenil adequada e que responda aos desafios do momento. Uma profunda ação evangelizadora que fará dos jovens melhores e mais seguros seguidores de Cristo, lhes permitirá conhecer os inimigos que têm a seu redor e tomar posturas frente a eles desde uma opção de fé. Deve-se anunciar a tempo e a destempo, valendo-se de todos os meios de que dispomos. Assim anunciaremos a força salvadora do Cordeiro vencedor do demônio. Nosso tempo A cultura atual se vê marcada por fatos que lamentavelmente a afastam da esfera das crenças. Já, tanto nossa sociedade, como nossa cultura, não têm a religião por centro unificador, mas seu centro
localiza-se no homem e no que este pode conseguir por si mesmo, exercitando unicamente sua razão. Este e outros motivos tem ajudado à proliferação das seitas, posto que o indivíduo sente a necessidade de algo que responda seus questionamentos mais profundos; é assim como produto desta busca que aparecem novos movimentos religiosos ou pseudo-religiões. São característicos deste momento movimentos espirituais -esotéricos tais como o da Nova Era. É um fato inegável destes tempos a subjetividade e o relativismo que envolvem decisões humanas, mas ao mesmo tempo o desejo desta humanidade de transformar a realidade social e individual, respondendo à questões que o inquietam, despertando questionamentos; em síntese buscando a melhor maneira de adequar a posição de homens de fé à situação cultural reinante, a qual tem como grande influência o avanço das ciências e da técnica. Cada acontecimentos desta cultura 'moderna' pode conduzir a passos gigantescos à total ruptura entre fé-ciência, entretanto, hoje contemplamos o como tornam-se cada vez mais presente facilidades para o diálogo entre a cultura e a Igreja. Existe a tomada de consciência desta necessidade; falta quiçá a adequação aos novos tempos, não somente da Igreja, mas também do homem como indivíduo imerso em uma sociedade que dia a dia tem menos tempo para a reflexão e a busca do princípio primeiro e fundamental de nossa humanidade. Falar de satanás não é fácil mesmo quando o encontramos presente no instante de nossa criação; é assim como em nossa cultura, para alguns moderna para outros pós moderna, enfrentamos a indiferença, o medo ou a negação da existência deste ser criado e caído. A Igreja desde sempre reconheceu e afirmou a existência de satanás como criatura de Deus; isto, entretanto, tem sido objeto de controvérsias no interior dela. Foram muitos os teólogos que trabalharam sobre o demônio, mas ainda sim, não podemos afirmar certamente se todos e cada um deles reconhecem e afirmam a existência de satanás com criatura. Seitas. Testemunhas de Jeová: Os Mórmons. Uma seita é uma organização que nega as doutrinas essências de Cristianismo, ou que adiciona coisas que não são escritas na Bíblia. Para justificar as suas doutrinas erradas, a seita tira os versículos da Bíblia de seu contexto imediato, altera o texto bíblico ou adicionar coisas à Palavra de Deus. As seitas mais conhecidas em Portugal são as Testemunhas de Jeová e Os Mórmons. As doutrinas fundamentais de Cristianismo verdadeiro são as seguintes: A Bíblia é a palavra de Deus e tem autoridade final em todos os assuntos de doutrina e fé; Deus veio a este mundo na pessoa de Jesus Cristo e viveu como homem; Jesus Cristo foi tentado em todas as coisas como nós mas nunca pecou; Ele mostrou-nos como é Deus, ajudando e curando as pessoas, e fazendo milagres; Ele, sendo inocente, sacrificou-se a si mesmo para pagar pelos pecados de humanidade; O sangue puro de Jesus Cristo é eficaz em nos perdoar e nos limpar de todo pecado; Uma vez que estejamos perdoados somos reconciliados com Deus e podemos conhecê-Lo; O corpo de Jesus Cristo ressuscitou, Ele foi elevado ao céu e mandou o Seu Espírito Santo para viver em nós, dando-nos um novo espírito, e o poder de viver uma vida que Lhe agrada.Somos salvos pela fé naquilo que Jesus fez por nós - salvação é uma dadiva de Deus.
Testemunhas de Jeová. Fundada nos anos 1870 por Charles Russell nos Estados Unidos, esta seita é a maior disseminador de heresias nos tempos atuais porque nega a maioria de doutrinas de Cristianismo e propaga erros como os seguintes:
1. A Bíblia não é a única regra de fé e prática. 2. Eles alegam ser o único caminho para o Deus verdadeiro.
3. A Trindade não existe, 4. O Espírito Santo é só uma força ativa impessoal de Deus. 5. Jesus foi um anjo que se tornou um homem. 6. Jesus foi o único homem perfeito, mas não é Deus em carne.
7. Jesus não morreu numa cruz mas num poste. Então a cruz é um símbolo pagão e não deve ser usada.
8. O corpo de Jesus não ressuscitou. 9. Jesus retornou à terra, invisivelmente, em 1914.
10. Boas obras são necessárias para obter a salvação. 11. A alma cessa sua existência na morte.
12. Não existe inferno de fogo onde os condenados serão punidos. 13. Somente os membros das Testemunhas de Jeová serão salvos. 144.000 deles irão para o céu, os outros Testemunhas de Jeová viverão na terra. 14. Transfusão de sangue é pecado. 15. Orações devem ser dirigidas só a Jeová e não a Cristo.
16. O comercio, a igreja e o governo são obras de diabo, por isso eles rejeitam o voto, saudar a bandeira, cantar os hinos nacionais ou celebrar o Natal e aniversários. Também recusam-se a servir às forças armadas. Para justificar e confirmar as falsas doutrinas, as Testemunhas de Jeová fizeram uma tradução da Bíblia, a que chamam A Nova Tradução Mundial.
O fundador, Charles Russell, foi envolvido em várias práticas suspeitas e processos judiciais, e não foi fiel à sua esposa que no final o divorciou. Interpretou a Bíblia numa maneira ridícula, sem fundamentos bíblicos e os seus livros continham citações em hebraico e grego dos quais ele não sabia nem uma palavra. Isto foi provado em tribunal. O ensinamento central que as Testemunhas de Jeová propagam é que o fim do mundo está próximo e que todos os que não pertencem a elas serão destruídos. Depois disto, Jeová construirá o seu reino na terra que será um paraíso e os escolhidos (as Testemunhos de Jeová), continuarão com ele.
Os Mórmons. Joseph Smith, o fundador desta seita, nasceu em 1805 numa família pobre em Vermont, EUA. Aos 18 anos teve duas 'visões' enquanto estava a orar nas quais um anjo revelou-lhe o paradeiro de alguns pratos de ouro que Joseph devia traduzir para compor 'O Livro de Mórmon'. Mais tarde Joseph profetizou sobre vários eventos futuros, mas nenhuma destas profecias veio a ser cumprida. (Uma destas profecias dizia que Jesus Cristo ia voltar à terra no ano 1891.)
O nome oficial é a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias mas é frequentemente chamada a Igreja "Mórmon", e seus membros são, em geral, tratados no mundo inteiro como "mórmons" ou "santos dos últimos dias". A Igreja foi organizada no ano 1830, no Estado de Nova Iorque.
O Livro de Mórmon contem quinze livros e relata a história de duas civilizações antigas. Descreve também como Jesus visitou o continente de Norte Americano depois de sua ascensão, e construiu a sua igreja verdadeira lá. Cerca de dez por cento do livro é tirado diretamente da Bíblia. Joseph Smith ensinou: 1. O
verdadeiro evangelho foi perdido na terra. O Mormonismo é a sua restauração, Mormon Doctrine, by Bruce
2. O Livro de Mórmon é mais correto que a Bíblia. 3. Não existe salvação fora da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 4. Existem muitos deuses. 5. Existe uma deusa mãe. 6. Deus foi um homem num outro planeta. 7. Depois de uma pessoa se tornar um bom mórmon, tem potencial para se tornar um outro deus. 8. Deus, o Pai, tem um pai. 9. Deus tem a forma de um homem - tem corpo de carne e ossos.
10. Deus é casado com a sua esposa-deusa e tem filhos espirituais. 11. Nós fomos gerados primeiro como bebês espirituais no céu e então nascemos naturalmente na terra. 12. O primeiro espírito que nasceu no céu foi Jesus. 13. O Diabo nasceu como um espírito depois de Jesus "na manhã da pré-existência"
14. Jesus e Satanás são espíritos irmãos. 15. Um plano de salvação era necessário para as pessoas na terra. Então, Jesus e Satanás apresentaram cada um o seu plano, e o plano de Jesus foi aceito. O Diabo quis ser o salvador da humanidade para "anular" a identidade dos homens e destronar a Deus."
16. Deus teve relações sexuais com Maria para produzir o corpo de Jesus. 17. O sacrifício de Jesus não é suficiente para nos limpar de todos os nossos pecados 18. As boas obras são necessárias para a salvação. 19. Não existe salvação sem aceitar Joseph Smith como um profeta de Deus,
20. Batismo pelos mortos - Esta é a prática de uma pessoa se batizar em lugar de alguém, não-mórmon, que já tenha morrido. Eles crêem que, no após vida, a pessoa "nova batizada" esteja habilitada a entrar num céu mórmon de maior nível. 21. Existem três níveis de céu:
O que são as seitas protestantes? O protestantismo negando tanto a Tradição quanto o Magistério sofre desde os seus primórdios uma desintegração doutrinária assombrosa. Onde Cristo fundou a Igreja Católica sobre a Rocha, Lutero e Cia fundaram a igreja Evangélica sobre a areia movediça da sola scriptura e do livre exame. E logo nas primeiras ventanias, pôs-se a casa dos reformadores a desabar fragorosamente: tábuas lançadas aqui e ali, telha lá e acolá, junturas e cacos em todas as direções. Vejamos como no princípio deste século, o Reverendíssimo Pe. Leonel Franca já chamava a atenção para este fato, descrevendo lucidamente o processo de desagregação doutrinária do protestantismo, baseado no método da sola scriptura e do livre exame: "Na nova seita (protestantismo) não há autoridade, não há unidade, não há magistério de fé. Cada sectário recebe um livro que o livreiro lhe diz ser inspirado e ele devotamente o crê sem o poder demonstrar; lê-o, entende-o como pode, enuncia um símbolo, formula uma moral e a toda esta mais ou menos indigesta elaboração individual chama cristianismo evangélico. O vizinho repete na mesma ordem as mesmas operações e chega a conclusões dogmáticas e morais diametralmente opostas. Não importa; são irmãos, são protestantes evangélicos, são cristãos, partiram ambos da Bíblia, ambos forjaram com o mesmo esforço o seu cristianismo" ( In I.R.C. Pg. 212 , 7ª ed.). Vejamos alguns exemplos práticos: um fiel evangélico quer mudar de seita? Precisa-se rebatizar? Umas igrejas dizem sim, outras não. Umas admitem o batismo de crianças, outras só de adultos, umas admitem a aspersão, infusão e imersão. Aquela outra só imersão, e mesmo há grupelho que só admite batismo em água corrente e sem cloro! Aqui e ali as fórmulas de batismo são tão variadas como as cores do arco-íris. Quer o sincero evangélico participar da Santa Ceia? Há seitas que consideram o pão apenas pão (pentecostais) outras que o pão é realmente o corpo de Cristo (Luteranos, Episcopais e outros). Uns a praticam com pão ázimo, outras com pão comum, aqui com vinho, lá com vinho e água, acolá com suco de uva. A Santa Ceia pode ser praticada diariamente, mensalmente, trimestralmente, semestralmente, anualmente ou não ser praticada nunca. Trata-se de ministérios ordenados? Esta seita constitui Bispos, presbíteros e diáconos. Àquela só presbíteros e pastores, alí pastores e anciãos, lá Bispos e anciãos, acolá presbíteros e diáconos, outras não admitem ministro nenhum. Umas igrejas ordenam mulheres, outras não. E por aí, atiram os evangélicos em todas as solfas quando o assunto é ministério ordenado. Após a morte, o que espera o cristão? Pode um crente questionar seu pastor sobre isto? E as respostas colhidas entre as denominações seria tão rica e variada quanto a fauna e a flora. Há Pastor que prega que todos estarão inconscientes até a vinda de Cristo quando serão julgados; outros pregam o "arrebatamento" sem julgamento; outros, uma vida bem-aventurada aqui mesmo na terra; aqueles lá doutrinam que após a morte já vem o céu e o inferno; no outro quarteirão, se ensina que o inferno é temporário; opinam alguns que ele não existe; e tantas são as doutrinas sobre os novíssimos quanto os pastores que as pregam. Está cansado o fiel da esposa da sua juventude? Não tem importância, sempre encontrará uma seita a lhe abrir risonhamente as portas para um novo matrimônio. E de vez em quando não aparece um maluco aqui e ali aprovando a poligamia? Lutero mesmo admitiu tal possibilidade: "Confesso, que não posso proibir tenha alguém muitas esposas; não repugna às Escrituras; não quisera porém ser o primeiro a introduzir este exemplo entre cristãos" ( Luthers M.., Briefe, Sendschreiben (...) De Wette, Berlin, 1825-1828, II. 259 ). Não há uma pesquisa nos Estados Unidos que demonstra que entre os critérios para um evangélico escolher sua nova igreja está o tamanho do estacionamento? Eis o que é hoje o protestantismo. Vejamos neste passo a afirmação de Krogh Tonning famoso teólogo protestante norueguês, convertido ao catolicismo, que no século passado já afirmava: "Quem trará à nossa presença uma comunidade protestante que está de acordo sobre um corpo de doutrina bem determinado ? Portanto uma confusão (é a regra ) mesmo dentre as matérias mais essenciais" ( Le protest. Contemp., Ruine constitutionalle, p. 43 In I.R.C., Franca, L., pg 255. 7ª ed, 1953) Mas o próprio Lutero que saiu-se no mundo com esta novidade da sola scriptura viveu o suficiente para testemunhar e confessar os malefícios que estas doutrinas iriam causar pelos séculos afora: "Este não quer o batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as cabeças" (Luthers M. In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, 6l ). Um outro trecho selecionado, prova que o Patriarca da Reforma tinha também de quando em quando uns momentos de bom senso: "Se o mundo durar mais tempo, será necessário receber de novo os decretos dos concílios (católicos) a fim de conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da
Escritura que por aí correm" ( Carta de Lutero à Zwinglio In Bougard, Le Christianisme et les temps
presents, tomo IV (7), p. 289).
Como funcionam as seitas: por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Introdução: Quando a maioria de nós ouve a palavra seita, talvez imagine um grupo pessoas alienadas que sofreram lavagem cerebral e praticam atos macabros. Talvez lembre de assassinatos em massa ou outras cenas negativas. Mas o que imaginamos é real? O que é exatamente uma seita e no que ela difere de uma religião? São todas perigosas? As pessoas que participam de seitas destrutivas são mentalmente perturbadas ou somos todos igualmente suscetíveis?
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O que é uma seita? As seitas que estão envolvidas com notícias negativas não são uma regra. Basicamente, uma seita é apenas um grupo religioso pequeno, não estabelecido, sem um objetivo final, que gira em torno de um único líder. O American Heritage Dictionary define seita da seguinte forma: uma religião ou culto religioso considerado extremista ou falso, com seus seguidores normalmente vivendo de forma não convencional, sob orientação de um líder autoritário e carismático;
um sistema ou comunidade de adoração e rituais religiosos.
A primeira definição se aproxima mais do uso que fazemos do termo, mas você deve ter percebido que não há menção sobre assassinato ou assassinato coletivo. Não há diferença significativa entre seita e religião em termos de fé, moralidade ou espiritualidade. As principais diferenças são: uma seita funciona fora da sociedade, normalmente faz seus seguidores prometerem total comprometimento com o grupo e tem um único líder, enquanto uma religião normalmente está inserida na cultura do povo, requer vários níveis de comprometimento de seus membros e tem uma hierarquia de liderança que, na prática, pode funcionar como uma série de limitações e inspeções.
Seitas no Brasil. O Brasil é um continente de contrastes, em todos os aspectos, e isso não poderia ser diferente em relação à fé. O país é predominantemente cristão, com destaque para o catolicismo, mas de norte a sul do país podemos encontrar diversas religiões, crenças e, inclusive, seitas. Veja algumas das instituições que são consideradas seitas:
Igreja do Trance Divino (ITD) - criada em 2005, na Chapada dos Veadeiros (interior de Goiás), chama a atenção por seus adeptos adorarem discos voadores e música eletrônica.
Igreja de Cristo Internacional de Boston (ICI) - teve início oficialmente em São Paulo, em maio de 1987 e se expandiu para outras cidades brasileiras, incluindo Belo Horizonte (1994) e Salvador (1997). Interpreta a Bíblia segundo a visão do fundador, Kipp Mckean.
LBV - foi fundada oficialmente em 7 de setembro de 1959 por Alziro Zarur. Sua missão é: “Promover
Educação e Cultura com Espiritualidade, para que haja Alimentação, Saúde e Trabalho para todos, na formação do Cidadão Ecumênico”.
Santo Daime - em 1945, Mestre Irineu fundou o Centro de Iluminação Cristã Luz Universal, que chegou a congregar 500 membros efetivos. Utiliza em suas cerimônias religiosas uma substância psicotrópica alucinógena chamada "dimetiltriptamina" (DMT).
Vale do Amanhecer - seita xamanista (centra-se nos ritmos cíclicos da natureza: nascimento, morte e renascimento) fundada em 1968 e localizada a 6 km de Planaltina, cidade satélite de Brasília. Teve sua criação diretamente associada à vida da sergipana e ex-caminhoneira Neiva Chaves Zelaya (Tia Neiva) e às supostas aparições de uma entidade indígena chamada Pai Seta Branca, seu mentor espiritual. Conta com cerca de 36.000 adeptos.
Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade - fundada no Paraná, em 1982, por Iuri Thais Kniss, que se auto-intitula Inri Cristo. Ele se proclama a reencarnação de Jesus Cristo. Popularmente, Inri é visto como uma personalidade humorística, tendo aparecido em diversos programas de TV.
Borboletas Azuis - Roldão Mangueira de Figueiredo, fundador e líder da seita da Paraíba, previu que no dia 13 de maio de 1980 o mundo acabaria num dilúvio. A notícia causou grande pânico em Campina Grande (PB), mas com a não concretização da profecia, a seita afundou no esquecimento. Embora a maioria das seitas existentes no Brasil não seja considerada destrutiva, há alguns casos que chegaram à mídia envolvendo rituais macabros e mortes: 2003 - supostos membros da seita Delineamento Universal Superior foram acusados de sequestrar, torturar, castrar e matar cinco crianças em Altamira, no Pará, entre 1989 e 1993 em rituais de magia negra. Quatro acusados foram condenados. Um estava foragido na época do julgamento.1998 - em 27 de dezembro de 1998, o pastor da seita Igreja Pentecostal Unida do Brasil, em Seringal Larvas, Tarauacá (Acre), foi preso. Francisco Bezerra de Morais, (“pastor” Totó), juntamente com outros membros da seita, mataram seis pessoas a pauladas e depois as queimaram. O líder disse que agiu por ordem de Deus. A situação só não se tornou mais grave porque alguns seguidores conseguiram fugir e avisar as autoridades. 1977 - José Maurino Carvalho e Maria Nilza Oliveira Pessoa foram considerados os responsáveis pelo assassinato de 8 crianças em 30 de abril de 1977, na praia de Stella Maris, em Salvador. Eles eram líderes da Igreja Universal Assembléia dos Santos. A seita pregava o abandono do casamento civil e o voto, considerados obrigações mundanas. Os líderes diziam ainda que Jesus havia ordenado as mortes.
Seitas destrutivas. Existe uma grande diferença entre uma seita destrutiva e uma religião não destrutiva (ou uma seita não destrutiva). Uma seita destrutiva (ou totalista) explora a vulnerabilidade de seus membros para ganhar total controle sobre eles, normalmente usando técnicas psicológicas com o objetivo de conseguir algum tipo de controle mental sobre seus membros. Já uma religião ou seita não destrutiva tenta aliviar a vulnerabilidade de seus membros por meio de orientação espiritual, esforçando-se para ajudá-los a ter controle sobre sua vida.
Enquanto a maioria das religiões menos predominantes são inofensivas, certas circunstâncias fazem delas um ninho fácil para práticas destrutivas. A seita californiana O Templo do Povo começou como uma instituição de caridade que possuía uma clínica médica e um programa de reabilitação de drogados. E terminou em suicídio coletivo em Jonestown, Guiana (em 1978), em que cerca de 900 seguidores tomaram uma mistura de suco de laranja com cianureto. O mais impressionante é que aqueles que se negaram a tomar a mistura foram assassinados a tiros. Como algo que começou trazendo tanta esperança às pessoas pode ter se tornado tão negativo? Existe muita especulação a respeito do que aconteceu aos membros do Templo do Povo, mas para a maioria, o que deu errado é o que normalmente acontece com a maioria das seitas destrutivas: a liderança.
Primeiramente, muitas destas religiões são fundadas por uma única pessoa, que retém uma posição de poder exclusivo na organização e o poder tende a corromper até as pessoas mais éticas. No caso do Templo do Povo, existem provas de que seu líder, o reverendo James (Jim) Warren Jones, durante os anos 70, estava abusando de medicamentos que só são vendidos mediante prescrição médica e ficando cada vez mais paranóico. Pelo fato destes grupos operarem fora da sociedade, ninguém inspeciona seus procedimentos, portanto, um líder desonesto e mentalmente instável fica livre para explorar seus seguidores da maneira que bem entender. Além desta estrutura autoritária de liderança, ainda existem algumas características básicas em uma seita destrutiva:
liderança carismática. Mentira e enganação no recrutamento de novos membros uso de métodos para controle mental: isolamento (físico e/ou psicológico) exigência de devoção e lealdade inquestionáveis e absolutas distinção rígida e insuperável entre "nós" (bem, salvo) e "eles" (mal, vão para o inferno)
"linguagem interna" que apenas os membros entendem completamente controle rígido sobre as rotinas diárias dos membros. No restante deste artigo, quando nos referirmos às técnicas empregadas pelas seitas, estaremos falando sobre seitas destrutivas e não sobre os pequenos grupos religiosos que não fazem mal a ninguém. Nas seções seguintes, vamos examinar mais de perto as seitas destrutivas e descobrir como funcionam. Vamos começar pela estrutura de liderança. Tem de tudo. Nem todas as seitas destrutivas são de natureza religiosa. Podem ser baseadas em objetivos políticos e financeiros também. No fim das contas, o objetivo é individualidade dos membros para satisfazer os desejos dos lideres reforçando sua posição auto- titulada de salvador, participando de atividades destrutivas em nome de uma revolução politica ou simplesmente enchendo os bolsos do líder com o dinheiro suado dos membros. Existem grupos políticos radicais, esquemas de pirâmide comercial e seminários de auto-ajuda que empregam técnicas semelhantes de recrutamento e lavagem cerebral como os dos cultos religiosos destrutivos, tentando atingir pessoas com certa vulnerabilidade e mantê-las envolvidas. O resultado final é um “convertido” capaz de acabar com a
Própria vida em nome do capitalismo, de convencer todas as pessoas queridas a entrar no mesmo negócio que está acabando com suas economias de toda uma vida, ou de ficar se inscrevendo em uma serie interminável de palestras, seminários e retiros que prometem cura psicológica e espiritual, mas que na verdade apenas servem para acabar com sua conta bancaria.
Vida e morte em uma seita: Não há uma única descrição que se enquadre no estilo de vida de cada seita destrutiva existente por aí. Mas existem alguns temas comuns. Muitos ex-membros descrevem como um tipo de existência constantemente isolada, em que a principal atividade é a repressão dos medos e ansiedades. Cantos e meditação tornam-se os principais mecanismos usados para este fim. Separados da família, dos velhos amigos e do mundo externo, suas vidas anteriores se transformam num sonho. Na nova vida, o crescimento psicológico pára, os membros são colocados em uma vida estática que depende do não pensar, não questionar, não imaginar, não lembrar. Crianças que crescem em uma seita destrutiva são atrofiadas facilmente. Normalmente, não vão para a escola e a seita pode ou não fornecer-lhes estudos.
As seitas precisam de alimentos, abrigo e roupas como todo mundo e, a menos que tenham um doador rico ou que fiquem realmente isolados, vivendo em uma selva e plantando seus próprios alimentos, isso significa que precisam de dinheiro. Algumas seitas ganham dinheiro através de meios legais para seu sustento. A seita O Portal do Paraíso, em San Diego, estava administrando um bem sucedido negócio de web design antes de ter cometido suicídio coletivo em 1997. Algumas seitas cometem crimes como fraude e sonegação de impostos para conseguirem se sustentar. Podem usar técnicas enganosas para arrecadação de fundos ou pedir que seus novos membros façam contribuições financeiras significativas para sustentar a seita.
Acima de tudo, a vida em uma seita totalista é normalmente caracterizada por controle rígido. Existe bem pouca liberdade no cotidiano: o líder determina o que cada membro pode e não pode fazer em cada minuto do dia. Isto inclui o que comer, ler, com quem conversar, o que vestir, aonde ir e por quanto tempo ele pode dormir. O líder toma decisões e os seguidores fazem exatamente o que ele decidir.
Para algumas pessoas, viver assim é um alívio, pois a vida é simples. Não há perguntas sem respostas, incertezas, preocupações a respeito do futuro ou administração de desejos conflitantes. Fora dali, as vidas de algumas pessoas eram tão horríveis que o culto acaba sendo um lugar seguro e feliz. No entanto, em muitos casos este estilo de vida causa intenso sofrimento psicológico. Muitas pessoas vivem com medo de irritar o líder ou de perder a aprovação do grupo. Devem constantemente evitar a tensão entre o mundo da seita e a vida anterior. Além disso, devem reprimir quaisquer dúvidas ou lembranças que surgirem. Em alguns casos, também existe a possibilidade de danos físicos. As punições por desobediência podem ser físicas e os membros da seita são privados de hospitais e assistência médica regular. Alguns estudos mostram que as crianças nas seitas destrutivas estão mais propensas a serem maltratadas do que as outras crianças que vivem fora dali. Este nível de estresse pode levar a uma ansiedade crônica, doenças físicas ou até a um completo esgotamento nervoso, no qual o membro da seita pode ficar incapaz de agir no dia-a-dia. As pessoas que passam por momentos tão estressantes são as mais propensas a sair voluntariamente de lá. Na próxima seção, vamos descobrir quais opções elas têm para abandonar uma seita destrutiva.
Incidentes famosos ocorridos em seitas, 1997, San Diego, Califórnia: Portal do paraiso. 39 membros cometeram suicídio por overdose e sufocamento. Em 1994/ 95: Canadá, Suiça, França: ordem do templo Solar, mais de 65 membros morrem eu uma serie de assassinatos e suicídios coletivos. Em 93, Waco, Texas: Davidianos, 80 membros morrem por causa de incêndio e de tiros durante um confronto entre o FBI e o departamento do tesouro norte americano, responsável pelo cumprimento das leis de comercialização e produção de bebidas alcoólicas, cigarros e armas de fogo. Em 78, Jonestown, Guiana: O Templo do povo, o líder Jim Jones e mais de 900 membros morrem por envenenamento e tiros, em um assassinato/ suicídio coletivo. Em 69: Los Angelis, CALIF. A família Manson; Charles Manson e seus seguidores cometem assassinato em massa, deixando nove pessoas brutalmente mortas em duas semanas.
Doutrina: Parece campo de treinamento de novos recrutas. Embora algumas pessoas vejam semelhanças entre as praticas de controle mental usadas nas seitas e o treinamento dado a militares, a diferença é grande. Em primeiro lugar, os recrutas militares sabem desde o primeiro dia que ser um militar significa abrir mão de parte de sua autonomia: é assim que funciona a hierarquia militar. Eles tomam uma decisão consciente de abrir mão dessa autonomia, enquanto que um novato em uma seita não sabe que a submissão total é uma exigência para a sua participação. Além disso, a pessoa que entra para o exército faz isso por um período de tempo específico, faz parte de um contrato estabelecendo o tempo em que ele será um soldado e o que ganhará em troca. Na seita, a pessoa que pode entender, mas na verdade, seu compromisso com o grupo não é especificado . Uma outra diferença importante é que dá suporte a todas as outras distinções: o exército deve prestar contas de suas atividades ao governo, pois é uma organização regulamentada. Uma Seita não presta contas a ninguém.
A seita destrutiva usa inúmeras técnicas para fazer com que os membros fiquem, comprometam-se e participem até de atividades que podem ser prejudiciais. A soma destas técnicas constitui o que algumas pessoas chamam de controle mental. É também conhecida como lavagem cerebral e persuasão e envolve o sistemático rompimento do sentido do 'eu' de uma pessoa. Patty Hearst, herdeira da fortuna Hearst, ficou famosa nos anos 70 após ter sido sequestrada pelo Exército Simbionês de Libertação, que alguns consideram uma "seita política" e, aparentemente, ela sofreu lavagem cerebral ao entrar para o grupo. Existem relatos de que Hearst foi trancada em um armário escuro por vários dias após o sequestro, passou fome, cansaço, foi brutalizada e temeu perder sua vida enquanto membros do Exército Simbionês de Libertação a bombardeavam com sua ideologia política anticapitalista. Dois meses após ter sido sequestrada, Patty mudou de nome, emitiu uma declaração na qual se referia à sua família como os "porcos-Hearsts" e apareceu em uma fita de segurança roubando um banco junto com seus sequestradores.
Controle mental é um termo geral para várias técnicas de manipulação usadas para conseguir que as
pessoas façam algo que normalmente não fariam. Seu conceito é controverso, alguns dizem que é mera propaganda usada para espantar as pessoas de novas religiões e movimentos políticos. No entanto, a maioria dos psicólogos acredita que as técnicas de lavagem cerebral, similares às usadas em interrogatórios de prisioneiros, mudam os processos de pensamento de uma pessoa. Na doutrina e na escolha de pessoas para participar de seitas, estas técnicas incluem os itens abaixo relacionados.
Decepção - as seitas usam truques para conseguir membros e para fazer com que se comprometam com uma causa ou estilo de vida do qual não têm total conhecimento. As seitas enganam os novos recrutas/membros a respeito das verdadeiras expectativas e atividades do grupo. Escondem qualquer sinal de práticas ilegais, imorais ou super controladoras até que o novato esteja totalmente envolvido com o grupo. O líder pode usar a consciência alterada dos membros, induzida por atividades como meditação, cantos ou uso de drogas, para aumentar a vulnerabilidade às influências.
Isolamento - eles tiram os membros do convívio social (até mesmo entre eles) para conseguir introspecção intensa, confusão, perda de perspectiva e um senso de realidade distorcido. Os membros da seita passam a ser seus únicos contatos sociais e seu único mecanismo de reação.
Podem impedir que novos membros conversem com outros novos membros. Talvez eles só possam conversar durante um curto período com membros que já estejam comprometidos com a seita há bastante tempo.
Não podem ter contato não supervisionado com o mundo externo. Desta forma, não há chances de uma "tomada de consciência" ou confirmação das preocupações de um novo membro com relação ao grupo.
As seitas normalmente infundem a crença de que os que não são membros do grupo são perigosos.
Dependência induzida - as seitas exigem devoção, lealdade e submissão absoluta e inquestionável. O sentido do 'eu' de um membro de uma seita é sistematicamente destruído. No fim das contas, sentimentos de inutilidade e maldade são associados à independência e pensamento crítico, já os sentimentos de cordialidade e amor passam a ser associados à submissão inquestionável à seita. O líder normalmente controla cada minuto da vida de um membro. Não há tempo livre para pensar ou analisar. É dito aos membros o que comer, vestir, como alimentar seus filhos, quando dormir. E eles são impedidos de tomar decisões. Quaisquer talentos especiais que ele possa ter são imediatamente desvalorizados e criticados a fim de confundir seu sentido de valor próprio.
Quaisquer dúvidas, certezas ou laços com o mundo externo são punidos pelo grupo através de criticismo, culpa e alienação. Perguntas e dúvidas são sistematicamente "viradas de ponta cabeça" para que ele se sinta errado, inútil e "maldoso" por perguntar. O membro se sente amado novamente ao renunciar a essas dúvidas e ao se submeter à vontade do líder. Pode ser privado de alimentação adequada e/ou sono para que sua mente fique confusa. O líder pode alternar momentos de elogios e carinho com desprezo e punição para
destrutiva existente por aí. Mas existem alguns temas comuns. Muitos ex-presentes e privilégios especiais
para que ele continue submisso. Pode ser pressionado a confessar seus pecados em público, depois é cruelmente ridicularizado pelo grupo por ter sido cruel e sem valor. Se sente amado novamente quando toma conhecimento de que sua devoção à seita é a única coisa que pode lhe trazer salvação.
Medo - uma vez que a total dependência é estabelecida, ele deve continuar apoiando o líder ou sua vida pode desmoronar. O líder pode punir a dúvida e a insubordinação com trauma físico e emocional.
Uma vez que os laços com o mundo externo são desfeitos, ele sente que o grupo é sua única família e que não tem outro lugar para ir. A satisfação às suas necessidades depende da boa vontade do líder. Ele deve "se comportar" ou não recebe comida, água, interação social ou proteção do mundo externo. Passa a acreditar que apenas os membros do grupo estão salvos, portanto, se ele sair vai enfrentar a maldição eterna. Doutrina ou controle mental é um processo longo e interminável. Os membros estão sempre sujeitos a estas técnicas, pois é parte da rotina de uma seita. Alguns se adaptam bem após um período de tempo, aceitando seu novo papel de membro do grupo e deixando de lado seu antigo sentido de independência. Para outros, é uma experiência eternamente estressante.
Como funciona a lavagem cerebral; escrito por Julia Layton - traduzido por HowStuffWorks Brasil
Durante a Guerra da Coréia, coreanos e chineses faziam lavagem cerebral nos prisioneiro de guerra americanos mantidos nos campos de concentração. Muitos tiveram mudanças de comportamento radical e pelo menos 21 soldados se recusaram a voltar para os Estados Unidos quando foram libertados. Isso
parece impressionante e nos leva a perguntar: a lavagem cerebral realmente
funciona? Na psicologia, o estudo da lavagem cerebral, geralmente referido como reforma do pensamento, caiu na esfera da influência social. A influência social acontece a cada minuto todos os dias. É o conjunto das maneiras nas quais as pessoas podem mudar atitudes, crenças e comportamentos de outras pessoas. O método de submissão pretende produzir mudanças no comportamento da pessoa não se preocupando com suas atitudes ou crenças. Essa abordagem induz ao "Apenas Faça". O método da persuasão, ao contrário, pretende mudar a atitude e induz ao "Faça porque isso vai fazer você se sentir bem/feliz/saudável/bem-sucedido". Por último, o método de educação (chamado de "método de propaganda" quando não se acredita no que está sendo ensinado) está no topo da influência social e tenta afetar uma mudança nas crenças da pessoa, induzindo a ações do tipo "Faça porque você sabe que é a coisa certa a ser feita". A lavagem cerebral é uma forma séria de influência social que combina todas as abordagens para causar mudanças no modo de pensar de alguém sem que a pessoa consinta. Como a lavagem cerebral é uma forma invasiva de influência, ela requer o completo isolamento e dependência do indivíduo e essa é a razão pela qual você quase sempre ouve que a lavagem cerebral ocorre em campos de concentração ou em cultos extremistas. O agente (pessoa que vai executar a lavagem cerebral) deve ter completo controle sobre o alvo (a pessoa que vai sofrer a lavagem cerebral) para que os padrões do dormir, comer, usar o banheiro e outras necessidades básicas do ser humano dependam da vontade do agente. Enquanto a maioria dos psicólogos acredita que a lavagem cerebral é possível sob as condições certas, alguns vêem como improváveis ou pelo menos não tão séria como a mídia demonstra. Alguns dizem que é necessário haver presença da ameaça física então, de acordo com esse pensamento, os cultos mais extremistas não praticariam a verdadeira lavagem cerebral, já que não abusam fisicamente dos seguidores. Outros mencionam o "controle e a coerção não física" como um meio eficaz de assegurar a influência. Independentemente dessas ideias, muitos peritos acreditam que, mesmo sob condições ideais de lavagem cerebral, os efeitos do processo são mais frequentes em curto prazo. A antiga identidade das vítimas da lavagem cerebral não é erradicada de fato pelo processo, mas escondida. Uma vez que a "nova identidade" para de ser forçada, as antigas atitudes e crenças da pessoa começarão a voltar. Há psicólogos que dizem que a aparente conversão dos prisioneiros de guerra americanos durante a Guerra da Coréia foi resultado de tortura, não de lavagem cerebral. De fato, a maioria dos prisioneiros de guerra não foi convertida ao comunismo, o que leva à seguinte questão: a lavagem cerebral é um sistema que produz resultados similares em todas as culturas e personalidades ou depende principalmente da suscetibilidade do alvo à influência? Na próxima seção, vamos examinar a descrição que um perito fez a respeito do processo da lavagem cerebral e descobrir o que faz com que um alvo seja suscetível.
Lavagem cerebral fictícia. Livros e filmes que fantasiam a vontade em relação a lavagem cerebral e chegam a especular se ela pode mudar a natureza humana. É possível reduzir as pessoas a fantoche? O protagonista de “1984” de George Orwel, passa por um clássico caso de lavagem cerebral que termina com a famosa concessão a seus torturadores: 2+2=5. Em “O candidato a Manchúria”, de 1962, a lavagem cerebral produz um assassino incapaz de ignorar os comandos de controle programados nele. “Laranja mecânica” (1971) posiciona a lavagem institucional como uma opção para os condenados violentos frearem seus impulsos destrutivos. Em “Teoria da Conspiração”, de 1997, um homem mentalmente instável, em quem o governo fez lavagem cerebral, procura provar que pessoas poderosas têm intercedido na sua mente. A lavagem cerebral ontem e hoje. Em 1929, Mao Tse-tung, que mais tarde lideraria o Partido Comunista Chinês, usou a frase ssu-hsiang tou-cheng (traduzida como "batalha do pensamento") para descrever um processo de lavagem cerebral. Os prisioneiros na China e na Coréia eram normalmente submetidos às técnicas de conversão comunistas. O conceito moderno e o termo "lavagem cerebral" foi usado pela primeira vez pelo jornalista Edward Hunter, em 1951, para descrever o que havia acontecido com os prisioneiros de guerra americanos durante a Guerra da Coréia. Os norte-americanos entraram em pânico com a ideia de uma doutrinação comunista em massa através da lavagem cerebral. Depois das revelações da Guerra da Coréia, o governo dos EUA temia ficar para trás na corrida das armas, por isso começou suas próprias pesquisas sobre o controle da mente. Em 1953, a CIA começou um programa chamado MKULTRA. Em um estudo, a CIA supostamente deu LSD (ácido licérgico) aos pacientes para estudar os efeitos das drogas que alteram a mente e avaliar a eficácia dos psicodélicos na indução a um estado mental de lavagem cerebral amistosa. Os resultados não foram encorajadores e os pacientes foram supostamente prejudicados pelos experimentos. As experiências com drogas pela CIA foram oficialmente canceladas pelo congresso em 1970, embora algumas pessoas afirmem que isso ainda aconteça por baixo dos panos. O interesse público na lavagem cerebral acalmou-se um pouco após a Guerra Fria, mas reapareceu entre os anos 60 e 70 com o surgimento de incontáveis grupos religiosos e políticos secundários durante aquela época. Os pais que ficavam horrorizados pelas novas crenças e atividades dos filhos tinham certeza de que eles tinham sofrido lavagem cerebral em cultos. Os suicídios em massa e os massacres cometidos por uma pequena porcentagem daqueles cultos pareciam validar os temores de lavagem cerebral.
Patty Hearst foi uma suposta vítima da lavagem cerebral naquela época. Ela era herdeira da fortuna da editora Hearst e quando foi a julgamento por assalto a banco, usou como defesa a lavagem cerebral. Hearst ficou famosa no início dos anos 70 após ter sido sequestrada pelo Exército Simbionês de Libertação (o SLA - Symbionese Liberation Army, que alguns consideram um "culto político") e acabou se unindo ao grupo. Hearst relatou que foi trancada em um armário escuro por vários dias após o sequestro, passou fome, cansaço, foi brutalizada e temeu por sua vida enquanto membros do Exército Simbionês de Libertação a bombardeavam com sua ideologia política anticapitalista. Após dois meses de sequestro, Patty mudou de nome, emitiu uma declaração na qual se referia de maneira ofensiva à sua família e apareceu em uma fita de segurança roubando um banco junto com seus sequestradores. Patty Hearst foi julgada por assalto a banco em 1976 e o famoso F. Lee Bailey a defendeu. A defesa alegou que Hearst tinha sofrido uma lavagem cerebral pelo Exército Simbionês de Libertação e que, em seu estado mental, ela não distinguia o certo do errado. Hearst foi considerada culpada e sentenciada a sete anos de prisão, dos quais cumpriu dois. Em 1979, o presidente Carter comutou sua sentença.
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Uma outra defesa de insanidade devido à lavagem cerebral chegou aos tribunais 30 anos depois, quando Lee Boyd Malvo foi julgado por sua participação, em 2002, em ataques de tocaia ao redor de Washington, D.C. Malvo tinha 17 anos e John Allen Muhammad tinha 42 anos. Juntos, eles mataram dez pessoas e feriram três em um massacre. A defesa alegou que o adolescente havia sido submetido a uma lavagem cerebral para cometer os crimes, algo que jamais teria feito se não estivesse sob o controle de Muhammad. De acordo com "A Defesa da Lavagem Cerebral" na Psicologia Atual:
"Muhammad arrancou Malvo, com 15 anos, de Antígua, uma ilha caribenha, onde sua mãe o havia abandonado e o trouxe para os EUA em 2001. Veterano do Exército, Muhammad encheu a cabeça do adolescente com visões de uma iminente guerra e o treinou em pontaria certeira. Ele isolou Malvo, fez com que ele mergulhasse em sua própria marca criminosa idiossincrática do Islão e impôs ao seu filho 'adotivo' uma rígida dieta e regime de exercícios".
O argumento foi que Malvo passou por uma lavagem cerebral e, por isso, não podia distinguir o certo do errado. Malvo foi considerado culpado e sentenciado a prisão perpétua e sem direito a liberdade condicional (Muhammad foi condenado à morte em um outro julgamento). Parece haver um contraste entre o temor da lavagem cerebral na sociedade moderna, como visto em filmes e literatura contemporâneos, e a aparente crença de que a lavagem cerebral é algo sem valor. Seja qual for a causa, as pessoas parecem fazer uma distinção entre a lavagem cerebral de hoje e uma futura. O futuro da lavagem cerebral envolve muito mais abordagens de alta tecnologia. Os implantes de cérebro são muito mais assustadores do que os ataques contra a identidade verbais ou físicos. Mas a maioria dos cientistas concorda que o campo da neurocirurgia está muito longe deste nível de entendimento do cérebro humano. Além disso, muitos psicólogos acreditam que a lavagem cerebral em larga escala, via comunicação em massa e mensagens subliminares, por exemplo, não é possível porque o processo de reforma de pensamento requer isolamento e absoluta dependência do paciente para que seja eficaz. Não é tão fácil assim mudar a personalidade e as crenças de uma pessoa. Técnicas de lavagem cerebral
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No final dos anos 50, o psicólogo Robert Jay Lifton estudou ex-prisioneiros dos campos das guerras da Coréia e China. O psicólogo chegou à conclusão que eles tinham passado por um processo múltiplo que começava com ataques contra a identidade do prisioneiro e terminava com o que parecia ser uma mudança nas crenças do indivíduo. Lifton definiu um conjunto de etapas envolvidas nos casos de lavagem cerebral que estudou: ataque contra a identidade culpa auto-traição. 2 ponto de colapso. 3 clemência: 4 compulsão para confissão 5 canalização da culpa 6. liberação da culpa 7. progresso e harmonia. 8. confissão final e renascimento:
Cada um desses estágios acontece em um ambiente de isolamento. Todos os pontos de referência social considerados normais estão indisponíveis e técnicas como a privação de sono e desnutrição são partes comuns do processo. Há ameaças físicas frequentes, o que aumenta a dificuldade do alvo em pensar de maneira independente e crítica. O processo que Lifton identificou pode ser dividido em três estágios: ponto de colapso do eu, apresentação da possibilidade da salvação e reconstrução do eu. Ponto de colapso do eu. Ataque contra a identidade: você não é quem pensa que é. É um ataque sistemático à identidade (ego) do alvo e a seu principal sistema de crença. O agente nega tudo o que faz do alvo ser quem é (por exemplo: "você não é um soldado", "você não está defendendo a liberdade"). O alvo fica sob ataque constante por dias, semanas ou meses, até o ponto em que fica exausto, confuso e desorientado. Nesse estado, suas crenças parecem menos sólidas.
Culpa: você é ruim. Enquanto a crise de identidade está se instalando, simultaneamente o agente está criando uma irresistível sensação de culpa no alvo. Ele ataca o alvo repetidamente sobre qualquer deslize que tenha cometido (seja grande ou pequeno). O alvo começa a sentir uma sensação geral de vergonha, de que tudo que faz está errado. Autotraição: concorda comigo que você é ruim? Uma vez que o paciente está desorientado e se martirizando pela culpa, o agente o força (com ataques físicos e mentais) a denunciar família, amigos e parceiros que compartilham das mesmas ideias "erradas" que ele. Essa traição com relação às suas crenças e às pessoas com as quais tem lealdade é para aumentar a vergonha e a perda da identidade que o alvo já está experimentando. Ponto de colapso: quem sou eu, onde estou e o que tenho de fazer? Com sua identidade em crise, passando por uma profunda vergonha e tendo traído o que sempre acreditou, o alvo pode passar pelo que na comunidade leiga é conhecido como um colapso nervoso. Na psicologia, o colapso nervoso é um conjunto de graves sintomas que podem indicar distúrbios psicológicos. Isso pode envolver um soluço descontrolado, uma profunda depressão e desorientação geral. O alvo pode ter perdido a compreensão da realidade e ter a sensação de estar completamente sem rumo e sozinho. Quando o alvo atinge o ponto de colapso, seu senso do eu está muito confuso. Ele não tem um entendimento claro de quem é ou do que está acontecendo com ele. Nesse ponto, o agente mostra a possibilidade de o alvo se converter para outro sistema de crença que o libertará de sua situação atual. Apresentação da possibilidade da salvação. Clemência: eu posso ajudar você. Com o alvo em estado de crise, o agente oferece algumas pequenas gentilezas. Ele pode, por exemplo, oferecer ao alvo um copo d'água ou perguntar do que ele sente saudade em casa. Em estado de colapso resultante de um ataque psicológico constante, a pequena gentileza parece enorme e o alvo pode experimentar sensação de alívio e gratidão completamente fora da proporção daquilo que foi oferecido, como se o agente estivesse salvando sua vida. Compulsão para confissão: você pode se ajudar. Pela primeira vez no processo, o alvo encara o contraste entre a culpa e a dor do ataque contra a identidade e o alívio repentino da clemência. O alvo pode sentir um desejo de retribuir a gentileza oferecida a ele e, nesse ponto, o agente pode apresentar a possibilidade da confissão como um meio de aliviar a culpa e a dor. Canalização da culpa: esta é a razão pela qual você está sofrendo. Após semanas ou meses de ataque, o alvo não tem certeza do que fez de errado, sabe apenas que está errado. Isso cria algo como lacunas e que prontamente podem ser preenchidas pelo agente: ele pode acrescentar culpa para qualquer coisa que quiser. O agente transfere a culpa para sistema de crenças que está tentando substituir. O contraste entre o velho e o novo foi estabelecido: o antigo sistema de crença é associado com a agonia psicológica (e geralmente física) e o novo sistema de crença é associado com a possibilidade de fugir dessa situação.
Liberação da culpa: não sou eu, são minhas crenças. O alvo preparado está aliviado para aprender que existe uma causa externa para estar errado, que não é ele que é inevitavelmente mau, o que significa que pode escapar do sentimento de erro. Tudo o que precisa fazer é denunciar as pessoas e instituições associadas ao seu sistema de crença e todo o sofrimento acabará. O alvo tem o poder de se liberar do que está errado, confessando os atos associados com seu antigo sistema de crença. Com sua total confissão, o alvo completou a rejeição psicológica de sua antiga identidade. Agora cabe ao agente oferecer ao alvo uma nova identidade. Reconstrução do eu. Progresso e harmonia: se quiser, pode escolher o melhor para você. O agente apresenta um novo sistema de crença como o caminho para o "bem". Nesse estágio, o agente para com os ataques, oferecendo ao alvo conforto psicológico e alívio mental. O alvo é levado a sentir que a escolha entre o velho e o novo é dele. A sensação que sente é que tem seu destino nas mãos. A essa altura, já denunciou seu antigo sistema de crença em resposta à clemência e tormento. Fazer uma "escolha consciente" em favor do novo sistema de crença ajuda a ampliar o alívio: se ele realmente acredita, então não traiu ninguém. A escolha passa a não ser algo difícil pois a nova identidade é "segura" e atraente porque não se parece com a que o levou ao colapso. Confissão final e renascimento: eu escolho o bem.
Contrastando a agonia do velho sistema de crença com a paz do novo, o alvo escolhe a nova identidade, apegando-se a ela para preservar sua vida. No estágio final, com frequência, há rituais ou cerimônias para introduzir o alvo convertido na sua nova comunidade. Esse estágio foi descrito por algumas vítimas de lavagem cerebral como um sentimento de "renascimento". Os principais métodos para a escolha dos membros gira em torno da decepção e da manipulação. Prováveis membros não ficam sabendo da verdadeira natureza ou intenções do grupo. Em vez disso, os recrutadores retratam o grupo como sendo algo para o público em geral, sem pressão e benigno. Podem dizer, durante um encontro na igreja, que o grupo se reúne uma vez por semana para discutir ideias a fim de levantar fundos para um novo abrigo de sem-tetos. São capazes de convidar um aluno de colegial para conversar sobre como o serviço público pode melhorar o sistema de inscrição para as universidades. Identificam as necessidades ou desejos específicos de seus alvos e jogam com eles. Aprendem a detectar os medos e vulnerabilidades das pessoas e retratam a seita conforme estes dados. Por exemplo, se uma jovem acabou de passar por um rompimento com o namorado e está se sentindo deprimida e sozinha, um membro da seita pode dizer a ela que seu grupo ajuda pessoas a superar problemas interpessoais e a reconstruir a confiança para dar a volta por cima. Se um homem acabou de perder sua esposa em um acidente de carro e não consegue suportar o fato de não ter dito adeus, um recrutador pode dizer que seu grupo ajuda pessoas a alcançar a paz depois de uma morte repentina. Parece estranho que alguém aceite estes tipos de convites, mas existem alguns fatores que fazem a situação parecer mais agradável. Primeiro, o recrutador pode ser alguém que a "vítima" conheça. Pode estar no dormitório daquela garota da faculdade ou no grupo de apoio a sobreviventes daquele homem. Quando alguém está triste, solitário ou desesperado, pode confiar facilmente em alguém que diz que sabe o caminho de volta para a felicidade. Além disso, seitas normalmente isolam os novatos para que não tenham uma "tomada de consciência". Podem realizar reuniões ou serviços em horários que normalmente seriam para passar com a família e com os amigos, podem fazer "retiros" que insiram o novato em uma mensagem de grupo por vários dias seguidos e podem pedir que eles não discutam sobre o grupo com outros até que saibam mais a respeito, para que não iludam as pessoas ou contem apenas uma parte da história. Este tipo de isolamento estreita drasticamente a estrutura de reação de uma pessoa por um período de tempo, até o ponto em que as únicas pessoas com quem eles realmente se comunicam sejam os membros do grupo para o qual estão sendo convidados. Por esta razão, suas dúvidas a respeito do grupo nunca são reforçadas e acabam se transformando em insegurança. Ao olhar para seus sorrisos, para as pessoas amáveis que encontraram paz e felicidade os seguindo, até parece que este é o caminho certo. Uma vez que a pessoa participa de uma reunião, serviço ou palestra, é convidada para muitas outras. É recebida com muita alegria na família da seita e convidada a se comprometer com o grupo. Já, a partir do primeiro dia, o processo é de manipulação e decepção. Para os que ficam, o processo de aceitação culmina na submissão de sua própria personalidade para a "vontade do grupo". Na próxima seção, vamos conhecer o que a doutrinação exige.
Contrastando a agonia do velho sistema de crença com a paz do novo, o alvo escolhe a nova identidade, apegando-se a ela para preservar sua vida. No estágio final, com frequência, há rituais ou cerimônias para introduzir o alvo convertido na sua nova comunidade. Esse estágio foi descrito por algumas vítimas de lavagem cerebral como um sentimento de "renascimento". Os principais métodos para a escolha dos membros gira em torno da decepção e da manipulação. Prováveis membros não ficam sabendo da verdadeira natureza ou intenções do grupo. Em vez disso, os recrutadores retratam o grupo como sendo algo para o público em geral, sem pressão e benigno. Podem dizer, durante um encontro na igreja, que o grupo se reúne uma vez por semana para discutir ideias a fim de levantar fundos para um novo abrigo de sem-tetos. São capazes de convidar um aluno de colegial para conversar sobre como o serviço público pode melhorar o sistema de inscrição para as universidades. Identificam as necessidades ou desejos específicos de seus alvos e jogam com eles. Aprendem a detectar os medos e vulnerabilidades das pessoas e retratam a seita conforme estes dados. Por exemplo, se uma jovem acabou de passar por um rompimento com o namorado e está se sentindo deprimida e sozinha, um membro da seita pode dizer a ela que seu grupo ajuda pessoas a superar problemas interpessoais e a reconstruir a confiança para dar a volta por cima. Se um homem acabou de perder sua esposa em um acidente de carro e não consegue suportar o fato de não ter dito adeus, um recrutador pode dizer que seu grupo ajuda pessoas a alcançar a paz depois de uma morte repentina. Parece estranho que alguém aceite estes tipos de convites, mas existem alguns fatores que fazem a situação parecer mais agradável. Primeiro, o recrutador pode ser alguém que a "vítima" conheça. Pode estar no dormitório daquela garota da faculdade ou no grupo de apoio a sobreviventes daquele homem. Quando alguém está triste, solitário ou desesperado, pode confiar facilmente em alguém que diz que sabe o caminho de volta para a felicidade. Além disso, seitas normalmente isolam os novatos para que não tenham uma "tomada de consciência". Podem realizar reuniões ou serviços em horários que normalmente seriam para passar com a família e com os amigos, podem fazer "retiros" que insiram o novato em uma mensagem de grupo por vários dias seguidos e podem pedir que eles não discutam sobre o grupo com outros até que saibam mais a respeito, para que não iludam as pessoas ou contem apenas uma parte da história. Este tipo de isolamento estreita drasticamente a estrutura de reação de uma pessoa por um período de tempo, até o ponto em que as únicas pessoas com quem eles realmente se comunicam sejam os membros do grupo para o qual estão sendo convidados. Por esta razão, suas dúvidas a respeito do grupo nunca são reforçadas e acabam se transformando em insegurança. Ao olhar para seus sorrisos, para as pessoas amáveis que encontraram paz e felicidade os seguindo, até parece que este é o caminho certo. Uma vez que a pessoa participa de uma reunião, serviço ou palestra, é convidada para muitas outras. É recebida com muita alegria na família da seita e convidada a se comprometer com o grupo. Já, a partir do primeiro dia, o processo é de manipulação e decepção. Para os que ficam, o processo de aceitação culmina na submissão de sua própria personalidade para a "vontade do grupo". Na próxima seção, vamos conhecer o que a doutrinação exige.
Nobres leitores (as) vamos dar uma pausa, e partir para uma outra etapa de seitas, heresias, apostasias e denominações. Vamos ver na outra etapa o que é Bíblia Satânica.
Comentários
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Olá meus nobres leitores (as ) muito obrigado pela confiança e pelos mais de 44 mil acessos. Isto me torna com mais responsabilidades, e me obriga a fazer pesquisa cada vez mais seria, pois não posso baixar a qualidade, o nível da pesquisa. Estou muito feliz com todos vocês, e quero dizer que, meus temas são longos, para que todos venham ter um melhor aprendizado, e melhorem seus conhecimentos, pois nas igreja não terão tantas informações assim. se quiseram que eu desenvolva algum tema relacionado com a palavra de Deus, mandem algum recado que tentarei desenvolver. Fiquem com Deus todos vocês
em nome de Jesus.