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Depressão parte I



Tema sobre Depressao: Melancolia parte I
Melancolia e depressão: um resgate histórico e conceitual na psicanálise e na psiquiatria                Marco Antônio Rotta Teixeira
Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Unesp               
                                                         Resumo: Uma das principais formas de manifestação do sofrimento psíquico presente no final do século passado foi a depressão, tendo ficado comum se referir a tal período como “era das depressões” (Roudinesco 1998, 1999) em comparação ao final do século XIX, que fora marcado pela histeria. Muitos estudos dedicaram-se a compreender a depressão e notam-se claramente duas correntes oriundas do século XIX que se desenvolveram concomitantemente no século XX: a psicanálise e a psiquiatria. Este trabalho pretende apresentar um resgate histórico da melancolia desde seus primeiros registros, à cerca de dois mil anos. Em seguida, realizar uma análise conceitual destes termos na psicanálise e na psiquiatria. Antidepressivos são eficazes no tratamento da depressäo em idosos. O sucesso do tratamento depende do tipo e da gravidade da depressão; das comorbidades com outras doenças psiquiátricas ou clínicas; da escolha adequada de antidepressivos, de sua eficácia e perfil de efeitos adversos; da orientação do paciente e de sua aderência ao tratamento. O manejo dos efeitos adversos em pacientes idosos, que usam muito mais medicações e apresentam mais doenças, é o ponto forte na escolha de antidepressivos. Em geral, os inibidores seletivos da recaptaçäo de serotonina têm sido preferidos por apresentar menos riscos de complicações por efeitos adversos. Porém, diferentes antidepressivos podem ser preferíveis para diferentes pacientes. É indispensável que o médico conheça o paciente que irá tratar e o perfil de efeitos adversos e de possíveis interações medicamentosas dos antidepressivos para poder escolher o mais adequado para cada paciente. Neste artigo, são abordados os diferentes grupos de antidepressivos no tratamento agudo da depressão em idosos e o tratamento em populações especiais de idosos (idosos debilitados e idosos com demência) AU)                                                                prática de exercícios físicos regulares como terapia complementar ao tratamento de mulheres com depressão                                                                                                                                                 José Luiz Lopes Vieira1, Mauro Porcu2, Priscila Garcia Marques da Rocha3                                        ARTIGO ORIGINAL                                                                                                                                1 Professor doutor, coordenador do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Educação Física e integrante do grupo de pesquisa Próesporte do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM).                                                                                                                  2 Professor mestre de Psiquiatria do Departamento de Medicina da UEM e coordenador do Centro Integrado de Saúde Mental do Hospital Universitário de Maringá.                                                        3 Mestranda do Programa de Pós-graduação stricto sensu em Educação Física e integrante do grupo de pesquisa Pró-esporte do Departamento de Educação Física da UEM.                                    Endereço para correspondência: Priscila Garcia Marques da Rocha Av. Colombo, 5.790 – 87080-000 – Maringá, PR Fone/Fax: (44) 3261-4470. E-mail: pgmrocha@yahoo.com.br
Palavras-chaves: Depressão, exercícios físicos, complemento terapêutico.                                             RESUMO. Objetivo: Analisar a efetividade do exercício físico como complemento terapêutico no tratamento da depressão. Métodos: Este ensaio clínico teve a participação de pacientes mulheres atendidas pelo SUS no Hospital Universitário de Maringá em tratamento com antidepressivos (n = 18: GC = 9; GE = 9). O delineamento do estudo foi elaborado com duas sessões de hidroginástica/semana, durante 12 semanas. O instrumento utilizado foi a Escala de Hamilton para Depressão, aplicado ao início, após 12 semanas de intervenção e após 6 meses de finalização do ensaio clínico. Para análise estatística, utilizaram-se os Testes de Wilcoxon e de Mann-Whitney. Resultados: Os escores de depressão reduziram-se no grupo experimental após 12 semanas (32,66 ± 3,12 para 24,88 ± 2,13 pontos, p = 0,007*) e não ocorreu diferença estatisticamente significativa no grupo controle (31,11 ± 3,51 para 30,22 ± 3,04 pontos, p = 0,059).           Após 6 meses, não houve diferenças estatisticamente significativas para o grupo controle (31,11 ± 3,51 para 30,22 ± 2,81 pontos, p = 0,201). No entanto, o grupo experimental regressou aos níveis iniciais de depressão (32,66 ± 3,12 para 29,66 ± 1,22 ponto, p = 0,027*).                                                             Conclusão: Neste estudo preliminar, as pacientes submetidas à prática de exercícios físicos associada ao tratamento convencional para depressão evidenciaram melhora significativa em relação àquelas que não praticaram exercícios físicos. Os efeitos dos exercícios físicos sobre os sintomas depressivos desapareceram com a interrupção dos exercícios físicos na avaliação do seguimento de 6 meses.                                                                                                                     Depressão no idoso. A avaliação neuropsicológica é de suma importância no paciente idoso, especialmente quando há queixas de deficits cognitivos, como problemas de memória que dificultam o diagnóstico diferencial entre processos demenciais e a pseudodemência depressiva, uma vez que depressão maior pode cursar com deficits cognitivos. Quando o processo demencial se encontra em estágio avançado, o diagnóstico é facilmente estabelecido; mas nos estágios iniciais, o diagnóstico só é possível através de cuidadosa avaliação neuropsicológica. Estudos mostram que cerca de 20% dos pacientes idosos deprimidos apresentam deficits cognitivos (La Rue, Spar e Hill, 1986). O diagnóstico diferencial entre demência e depressão é bastante difícil em muitos casos. Estima-se que de 1% a 31% dos pacientes com diagnóstico de síndrome demencial tenham, na realidade, depressão com problemas de memória associados (Katzman, Lasker e Bemstein, 1988). Esta é uma questão que merece atenção tendo-se em vista que o tratamento inadequado da depressão inexistente num paciente com demência pode não causar dano algum, mas o tratamento com antidepressivos com propriedades anticolinérgicas, como por exemplo, a imipramina, pode exacerbar problemas de memória. Na verdade, o idoso pode apresentar comorbidade de depressão e demência, o que demanda um manejo específico no que se refere ao tratamento.                                                  Estudos prévios com grandes amostras de idosos (Forsell, Fratiglioni, Grut e Winblad, 1993) indicaram que os sintomas de depressão podem dividir-se em duas categorias:                                     Distúrbio motivacional que inclui: perda de interesse, perda de energia, dificuldade de concentração, mudanças psicomotoras;                                                                                                                            Distúrbio do humor que inclui: disforia, alteração do apetite, sentimento de culpa, pensamentos e ideação suicida. Existem algumas evidências que sugerem que os sintomas motivacionais descritos acima estariam mais relacionados ao desempenho do funcionamento cognitivo de idosos revelados pelos testes neuropsicólogicos do que os sintomas de humor (Backman, Hill e Forsell, 1996). Uma possível razão para isso é que os sintomas motivacionais afetam a habilidade de atenção.                   Depressão com traços psicóticos. Um fator que pode predizer deficits cognitivos em deprimidos é a presença de traços psicóticos. Indivíduos deprimidos com traços psicóticos têm distúrbio significativo na forma e conteúdo do pensamento e são propensos a se distraírem com seu próprio estado interno. Dessa forma, parece que algumas características podem potencialmente comprometer o desempenho do paciente na avaliação neuropsicológica. Além do mais, indivíduos deprimidos com traços psicóticos tendem a apresentar os sintomas da depressão de maneira mais grave do que os indivíduos deprimidos sem traços psicóticos (Corley, 1996, citado por Basso 1999). Portanto, como a disfunção na memória está positivamante associada ao Transtorno de Humor grave (Bornstein, 1991 citado por Basso 1999), indivíduos psicóticos deprimidos podem mostrar de forma mais acentuada comprometimento da memória e outros deficits cognitivos.                            Há evidências que propõem a presença de grande disfunção cerebral na depressão em psicóticos.                Por exemplo, indivíduos psicóticos deprimidos têm mais freqüentemente recaídas do episódio depressivo, e seus episódios são maiores do que aqueles vivenciados por deprimidos não psicóticos (Coryell, 1996 citado por Basso, 1999). Depressão com traços psicóticos é também marcada por alta morbidez, grande comprometimento residual e pouca resposta à farmacoterapia. Estes indivíduos apresentam mais freqüentemente anormalidades na estrutura cerebral que os indivíduos deprimidos não-psicóticos.         Tem-se, por exemplo, um aumento do terceiro ventrículo (Schlegel, 1989 citado por Basso, 1999), e grande atrofia cerebral, (Gewintz, 1994 citado por Basso 1999). À medida que essas anormalidades podem ser refletidas na avaliação das funções cognitivas, indivíduos deprimidos com traços psicóticos podem apresentar desempenho pior do que indivíduos deprimidos não psicóticos.                                                                                                            Neuroimagem:  Os estudos neuropsicológicos associados à neuroimagem trouxeram considerável avanço para o entendimento dos correlatos neuroanatomofuncionais dos transtornos psiquiátricos.             Distinguem-se três tipos de exames, de acordo com seus objetivos: a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) avaliam alterações estruturais do cérebro; a ressonância magnética funcional (RMf), a tomografia por emissão de pósitron (PET) e a tomografia por emissão de fóton único (SPECT) geram imagens que descrevem o estado funcional e metabólico do cérebro como um todo e de determinadas regiões, permitindo a investigação sem a utilização de métodos invasivos (Weight e Bigler, 1998).                                                                                               Em idosos deprimidos, é possível observar algumas mudanças anátomo-funcionais como redução do fluxo sanguíneo no córtex frontal, temporal e giro do cíngulo; intensidade de substância branca e lesões subcorticais do núcleo cinzento, (Coffey et al, 1988; Figiel et al, 1991) e alargamento ventricular e diminuição da densidade cerebral. Estudos “post mortem” encontraram comprometimentos mais graves no locus coeruleus em pacientes com Doença de Alzheimer e Depressão do que naqueles somente com Doença de Alzheimer. Os estudos estruturais se ocuparam, no início, em medir volume global do encéfalo, volume dos lobos, fissuras corticais e ventrículos em pacientes depressivos comparados a normais com o objetivo de encontrar atrofias ou outras alterações que pudessem justificar a sintomatologia e quadro clínico nesses casos. Um estudo de revisão desses achados encontrou 22 trabalhos sobre tomografia computadorizada nos transtornos de humor. Nenhum deles encontrou evidências de anormalidades no volume cerebral ou nas medidas dos sulcos corticais. O dado mais consistente desses estudos foi o aparecimento de ventrículos dilatados nos pacientes comparados com o controle, embora esses estudos tenham amostras mistas de transtorno unipolar e bipolar (Dougherty e Rauch, 1997). No entanto, esse dado não é de maneira nenhuma específico dos transtornos de humor, tendo sido relatado em estudos com pacientes esquizofrênicos, abuso de álcool e doenças demenciais. Como muito desses estudos foram feitos com uma amostra mais idosa, é possível que este seja um fator de viés para os dados encontrados. Nenhum dos estudos considerados examinou os achados a partir de hipóteses, limitando-se apenas a constatar atrofia global, o que pode ser conseqüência de anormalidades do neurodesenvolvimento ou refletir neurodegeneração que não apresente correlação nem com o estado nem com traços que predisponham ao transtorno (Doughert e Rauch, 1997; Soares e Mann, 1997).                                    A ressonância magnética não oferece informações muito específicas para correlação entre neuroimagem e o quadro depressivo porque, de 16 estudos realizados com essa técnica, 8 elaboraram hipóteses e compararam com grupo controle quanto à hipersensibilidade de sinal na substância branca, 5 examinaram bipolares e 5 estudaram depressivos idosos sem especificação de bipolaridade ou unipolaridade (Doughert e Rauch, 1997). As principais regiões onde se encontraram as alterações são a substância branca subcortical, periventricular e frontal e o núcleo caudado, especificamente em bipolares e idosos unipolares. Esses dados dão reforço à idéia de que a depressão seja um processo subcortical, ao menos em algumas de sua formas de apresentação (Brumback, 1993). A avaliação de regiões específicas corticais pela ressonância magnética mostra evidência de alterações no lobo frontal de pacientes com depressão unipolar, mas não em pacientes bipolares com menor volume desse lobo nos depressivos unipolares (Soares e Mann, 1997). Os resultados de estudos sobre o lobo temporal são contraditórios, com alguns mostrando aumento e outros diminuição do volume desses lobos em bipolares, embora para depressivos unipolares não haja alterações. Não foram encontradas alterações nos lobos parietais (Dolan, Bench, Brown, Scott e Frackowiak, 1994). Quanto ao envolvimento de estruturas subcorticais na geração e apresentação da depressão, os dados não são ainda de todo convincentes. Há por exemplo, poucos estudos volumétricos com ressonância magnética para o tálamo embora relatos isolados descrevam depressão com infartos nessa região. Estudos com tomografia computadorizada apresentam dados de volume menor dos gânglios da base em depressivos unipolares, o que não acontece com bipolares (Greenwal et al, 1996). Os estudos de neuroimagem funcional para áreas corticais acompanham os achados estruturais no que diz respeito ao lobo frontal. Há fortes evidências de diminuição de fluxo sanguíneo e metabolismo nessa região tanto em depressivos unipolares como em bipolares. Já em relação ao lobo temporal, a maioria dos estudos não encontrou dados confirmatórios de anormalidades no metabolismo de glicose nessa região em depressivos unipolares ou bipolares, sendo que esse último grupo de pacientes não foi suficientemente estudado (Soares e Mann, 1997). As estruturas límbicas também não apresentam alterações com tomografia por emissão de fóton único (SPECT) ou tomografia por emissão de pósitron (PET), embora um trabalho de Drevets e colaboradores em 1992 tenha encontrado aumento no fluxo sanguíneo no hipocampo e amígdala direita em pacientes unipolares puros não medicados. Essa exceção aos achados negativos na maioria dos estudos pode indicar a necessidade de refinamento da seleção para que os resultados positivos sejam encontrados, definindo assim subtipos de disfunção em que a explicação dos transtornos e disfunções seja correlacionada aos respectivos circuitos. Seguindo essa linha de raciocínio, o giro do cíngulo tem recebido atenção especial devido às suas complexas e ricas aferências e eferências representando possivelmente diferentes sistemas neurais do ponto de vista funcional (Elbert e Edmeier, 1996). A porção anterior do córtex cingulado tem papel fundamental nas funções motoras e emocionais, enquanto a região posterior está envolvida com funções visuoespaciais e de memória com pouca influência sobre o afeto. As alterações de comportamento mais descritas em animais após lesões no giro do cíngulo anterior incluem agressividade diminuída, menos timidez, medo do ser humano, empobrecimento emocional, diminuição da motivação, impaciência e comportamento social inapropriado com seres da mesma espécie. Um estudo de uma mulher em momentos de tristeza e alegria mostrou elevação do fluxo sanguíneo no córtex cingulado anterior sendo que o estado de alegria era inversamente proporcional ao fluxo sanguíneo da amígdala. Na tristeza, o aumento do fluxo na amígdala era diretamente proporcional ao estado (George et al, 1997).   Embora seja necessário ter a devida cautela na correlação desses achados em pessoa normal com os dados encontrados em pacientes deprimidos, uma possível explicação para o aumento do metabolismo na tristeza pode residir na avaliação do tempo em que a investigação é feita. Padrões de hiperfrontalidade e aumento do metabolismo em áreas correlacionadas do ponto de vista funcional são substituídos por hipofrontalismo num curso mais crônico da depressão (Elbert e Edmeier, 1996). Além disso, embora os sintomas depressivos em si não sejam provenientes de anormalidades observadas no córtex cingulado, algumas alterações nos processos cognitivos são certamente relacionadas a disfunções nessa região.                                                                         Discussão. Não está claro se o comprometimento da função cognitiva de pacientes com transtornos do humor é característico apenas do estado agudo ou se está presente mesmo fora das crises, sendo, desse modo, um traço estável da doença e, portanto, um marcador da mesma, de onde se poderiam, inclusive, inferir as alterações neuroanatomofuncionais (Paradiso, Lamberty, Garvey e Robinson, 1997 ). Alguns autores chegam até mesmo a pôr em dúvida se há alterações no desempenho neuropsicológico de pessoas com transtornos do humor, alegando que, se assim fosse, o campo da neuropsicologia estaria em sérios problemas já que os indivíduos com esses transtornos revelariam resultados indiferenciados dos que ocorrem em pessoas com lesões cerebrais. Os resultados dos testes neuropsicológicos, segundo esses autores, seriam normais quando se conseguisse motivar o paciente a cooperar (Laks, et al, 1999). Assim é importante estudar o efeito da motivação sobre o funcionamento neuropsicológico e comparar indivíduos sãos com deprimidos quanto a esse aspecto. A simples aplicação de testes selecionados para medir atenção e a constatação de alterações nos resultados dos mesmos, para concluir que o indivíduo tem deficits de atenção, é um tipo de raciocínio circular que pouco acrescenta ao assunto, porque não leva em consideração que essas mesmas alterações podem acontecer, também, pelos problemas psicopatológicos inerentes à crise depressiva. Também, os aspectos da personalidade e dos esquemas de funcionamento das cognições depressivas precisam ser levados em conta e podem ser avaliados objetivamente através de testes como o MMPI (Butscher, Dahlstrom e Graham, 1989) e da escala de depressão de Beck (Beck, Ward e Mendelson, 1961). Grande parte dos estudos relatam uma relação entre deficits cognitivos e Transtorno Depressivo Maior, porém, ainda há controvérsias a respeito da gravidade ou magnitude desses deficits (Bieliauskas, 1993). A função cognitiva de pacientes com Transtorno Depressivo Maior, pode variar de preservada a extremamente prejudicada, tornando, com isso, difícil a descrição das disfunções cognitivas que podem fazer o diagnóstico diferencial entre depressão e demência em idosos.                                                                                                                               Conclusão. A Depressão foi abordada, neste trabalho, sob as visões anatômica e neuropsicológica.    Isso possibilitou a percepção do quanto cada uma dessas áreas têm a contribuir. Contudo, compreender a depressão nestes aspectos isolados pode não ser suficiente. É possível uma interação entre o psicológico e o biológico. Assim sendo, essas áreas não precisam ser consideradas como excludentes, pois são enfoques diferentes que lidam com o mesmo substrato. Com isso, a depressão não deve ser considerada somente uma alteração bioquímica ou psicológica, mas de ambos. Os estudos neuropsicológicos com deprimidos apontam para alterações na aquisição da memória, atenção, concentração, flexibilidade cognitiva e abstração. Quanto aos estudos de neuroimagem, há evidências para hipofrontalidade, disfunção do giro do cíngulo anterior e aumento de ventrículos em sujeitos idosos. É importante ressaltar a necessidade de mais estudos para o melhor entendimento do processamento cognitivo e suas correlações neuroanatomofuncionais.                                              Concluímos que a depressão deve ser entendida e avaliada sob múltiplos aspectos, e daí a importância de uma equipe multidisciplinar visando a uma melhor qualidade de tratamento.      Depressão no idoso. A avaliação neuropsicológica é de suma importância no paciente idoso, especialmente quando há queixas de deficits cognitivos, como problemas de memória que dificultam o diagnóstico diferencial entre processos demenciais e a pseudodemência depressiva, uma vez que depressão maior pode cursar com deficits cognitivos. Quando o processo demencial se encontra em estágio avançado, o diagnóstico é facilmente estabelecido; mas nos estágios iniciais, o diagnóstico só é possível através de cuidadosa avaliação neuropsicológica. Estudos mostram que cerca de 20% dos pacientes idosos deprimidos apresentam deficits cognitivos (La Rue, Spar e Hill, 1986). O diagnóstico diferencial entre demência e depressão é bastante difícil em muitos casos. Estima-se que de 1% a 31% dos pacientes com diagnóstico de síndrome demencial tenham, na realidade, depressão com problemas de memória associados (Katzman, Lasker e Bemstein, 1988). Esta é uma questão que merece atenção tendo-se em vista que o tratamento inadequado da depressão inexistente num paciente com demência pode não causar dano algum, mas o tratamento com antidepressivos com propriedades anticolinérgicas, como por exemplo, a imipramina, pode exacerbar problemas de memória. Na verdade, o idoso pode apresentar comorbidade de depressão e demência, o que demanda um manejo específico no que se refere ao tratamento. Estudos prévios com grandes amostras de idosos (Forsell, Fratiglioni, Grut e Winblad, 1993) indicaram que os sintomas de depressão podem dividir-se em duas categorias:                                                                                      Distúrbio motivacional que inclui: perda de interesse, perda de energia, dificuldade de concentração, mudanças psicomotoras;                                                                                     Distúrbio do humor que inclui: disforia, alteração do apetite, sentimento de culpa, pensamentos e ideação suicida. Existem algumas evidências que sugerem que os sintomas motivacionais descritos acima estariam mais relacionados ao desempenho do funcionamento cognitivo de idosos revelados pelos testes neuropsicólogicos do que os sintomas de humor (Backman, Hill e Forsell, 1996). Uma possível razão para isso é que os sintomas motivacionais afetam a habilidade de atenção.           Depressão com traços psicóticos. Um fator que pode predizer deficits cognitivos em deprimidos é a presença de traços psicóticos. Indivíduos deprimidos com traços psicóticos têm distúrbio significativo na forma e conteúdo do pensamento e são propensos a se distraírem com seu próprio estado interno. Dessa forma, parece que algumas características podem potencialmente comprometer o desempenho do paciente na avaliação neuropsicológica. Além do mais, indivíduos deprimidos com traços psicóticos tendem a apresentar os sintomas da depressão de maneira mais grave do que os indivíduos deprimidos sem traços psicóticos (Corley, 1996, citado por Basso 1999). Portanto, como a disfunção na memória está positivamante associada ao Transtorno de Humor grave (Bornstein, 1991 citado por Basso 1999), indivíduos psicóticos deprimidos podem mostrar de forma mais acentuada comprometimento da memória e outros deficits cognitivos. Há evidências que propõem a presença de grande disfunção cerebral na depressão em psicóticos. Por exemplo, indivíduos psicóticos deprimidos têm mais freqüentemente recaídas do episódio depressivo, e seus episódios são maiores do que aqueles vivenciados por deprimidos não psicóticos (Coryell, 1996 citado por Basso, 1999). Depressão com traços psicóticos é também marcada por alta morbidez, grande comprometimento residual e pouca resposta à farmacoterapia. Estes indivíduos apresentam mais freqüentemente anormalidades na estrutura cerebral que os indivíduos deprimidos não-psicóticos. Tem-se, por exemplo, um aumento do terceiro ventrículo (Schlegel, 1989 citado por Basso, 1999), e grande atrofia cerebral, (Gewintz, 1994 citado por Basso 1999). À medida que essas anormalidades podem ser refletidas na avaliação das funções cognitivas, indivíduos deprimidos com traços psicóticos podem apresentar desempenho pior do que indivíduos deprimidos não psicóticos.    Ansiedade e depressão em familiares de pacientes internados em unidade de cuidados intensivos*   Anxiety and depressions in relatives of patients admitted in intensive care units Ansiedad y depresión en familiares de pacientes internados en una unidad de cuidados intensivos                                          Marina Rumiko Maruiti1, Luzia Elaine Galdeano2, Olga Guilhermina Dias Farah:                             RESUMO: Objetivo: Identificar a ocorrência de sintomas de ansiedade e/ou depressão em familiares de pacientes internados em uma unidade de cuidados intensivos e correlacionar a presença desses sintomas com o sexo e idade de familiar e com o tempo de internação dos pacientes.                       Métodos: Fizerem parte da amostra 39 familiares de pacientes em estado crítico de saúde. Para coleta de dados foi utilizada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Resultados: Foram identificados 11 (28,2%) possíveis casos de ansiedade, 17 (43,6%) prováveis casos de ansiedade, 14 (35,9%) possíveis casos de depressão e 7 (17,9%) prováveis casos de depressão. Considerações finais: O suporte emocional e a satisfação das necessidades dos familiares devem ser prioridades no plano de assistência de enfermagem, de forma a prevenir esses transtornos. Descritores: Ansiedade; Depressão; Relações profissional-família; Unidades de terapia intensiva                                     Ansiedade e depressão em familiares de pacientes internados em unidade de cuidados intensivos 637                                                  INTRODUÇÃO                                                                                                                                        A constatação de uma doença em um indivíduo adulto, que desempenha papéis bem definidos na família, e a sua hospitalização podem gerar desequilíbrio em toda a estrutura familiar(1-2).  A hospitalização acarreta a quebra do vínculo familiar, levando o paciente e familiares a vivenciarem profundas mudanças em suas vidas. Durante essa fase, é comum ocorrerem alterações de papéis e sentimentos de medo e insegurança que podem precipitar crises(2). O medo da morte, as incertezas relacionadas ao prognóstico e ao tratamento, os conflitos emocionais, a preocupação com a condição financeira, as alterações de papel e a quebra de rotina podem gerar ansiedade e depressão em alguns membros da família(3).                                                                                                          O enfermeiro, normalmente envolvido com o cuidado e com o atendimento das necessidades do paciente, pode não perceber a angústia, o medo e o sofrimento vivenciados pelos familiares. É fundamental que a equipe de saúde esteja preparada para estabelecer um relacionamento de empatia e de confiança com a família. Para tanto, é necessário que esses profissionais se comuniquem de forma adequada, a fim de retirar dúvidas e satisfazer a necessidade de informação dos familiares (4).   A falta de informação e a incerteza podem causar apreensão e ansiedade. Em um estudo nacional(4), cujo objetivo foi identificar as necessidades dos familiares de pacientes que se encontram em unidade de terapia intensiva (UTI), as autoras concluíram que as necessidades relatadas com maior freqüência foram: ter a certeza que o paciente está recebendo o melhor tratamento (89,7%), saber fatos concretos sobre o progresso do paciente (84,6%) e saber exatamente o que esta sendo feito para o familiar (82,1%). Esses resultados refletem a necessidade do ser humano do sentir-se seguro e ter a certeza de que tudo irá correr bem, uma vez que a dúvida é fonte de sentimentos desagradáveis como a ansiedade e a angústia (4).                                                         A literatura sobre os níveis de ansiedade e depressão em familiares de pacientes hospitalizados é escassa. Não foram identificados estudos nacionais que realizaram a mensuração e avaliação dessas alterações psicológicas em familiares de pacientes que se encontram em unidades de cuidados intensivos. Foram encontradas pesquisas nas quais foram mensurados os sintomas da ansiedade e da depressão em diferentes populações, como em acompanhantes e em pacientes que serão submetidos a cineangiografia(2) ,ou em mães de neonatos pré-termo hospitalizados(5). A avaliação e a identificação de sinais indicativos de ansiedade e de episódios depressivos em familiares de pacientes internados constituem uma importante função do enfermeiro, visto que familiares extremamente ansiosos ou deprimidos podem não suportar a pressão imposta pela hospitalização e pela doença, e começar a transferir seus medos, suas preocupações e tristezas para o paciente (o que pode interferir de forma negativa no tratamento)(4). Diante do exposto, este estudo teve como objetivos identificar a ocorrência de sintomas de ansiedade e/ou depressão em familiares de pacientes internados na UTI, e correlacionar a presença desses sintomas com o sexo e idade do familiar e com o tempo de internação do paciente.                                                                       MÉTODOS. O estudo foi desenvolvido na sala de espera da UTI de um hospital geral, particular, de grande porte, situado na zona Sul do Município de São Paulo. Fizeram parte da amostra 39 familiares de pacientes que se encontravam internados na UTI. Os critérios para inclusão no estudo foram: ser adulto, possuir familiar (independente do grau de parentesco) internado na UTI há pelo menos 24 horas e concordar, voluntariamente, em participar da pesquisa, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento de coleta de dados utilizado neste estudo (Anexo A) foi constituído de duas partes. A primeira referese a um questionário para registro de dados para caracterização da amostra e a segunda à Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale - HADS)(6), validada e traduzida para a língua portuguesa(7). Esta escala está constituída de duas subescalas, sendo uma para ansiedade e outra para depressão. Cada subescala é composta por sete questões de múltipla escolha. Para cada questão existem quatro possibilidades de resposta, cada qual com uma pontuação que varia de 0 a 3. O escore total da HADS varia de 0 a 21 pontos (sendo 0 a 21 para ansiedade e 0 a 21 para depressão). O índice de confiabilidade (coeficiente alfa) da HADS, segundo Smarr(8), pode variar entre 0,78 a 0,93 para a ansiedade e 0,82 a 0,90 para a depressão.    A sensibilidade e a especificidade dessa escala, quando aplicadas em acompanhantes, são respectivamente de: 78,2% e 69.6% para identificar a ansiedade e de 73,6% e 72,9% para identificar a depressão(8).                      A interpretação dos escores da HADS foi feita seguindo o referencial metodológico adotado(6). Desse modo, a pontuação entre 0 a 7 foi interpretada não caso de depressão ou ansiedade; a pontuação entre 8 a 10 como possível caso e a pontuação entre 11 a 21 como provável caso(6). Entende-se por .provável., algo que se pode provar, algo que possui aparência de verdadeiro(9). Logo, neste estudo, prováveis casos de ansiedade e/ou depressão significaram os casos nos quais os familiares apresentaram sinais importantes dessas alterações, isto é, apresentaram sinais que poderiam ser confirmados, a partir de análises complementares.  A palavra .possível. pode ser entendida como algo que pode ser ou acontecer(10).                                                                      Neste estudo, possíveis casos de ansiedade e/ou depressão corresponderam aos casos  nos quais a ansiedade e/ou a depressão poderiam ser confirmadas caso houvesse aumento da intensidade ou da quantidade dos sinais e sintomas identificados. A coleta de dados foi realizada na primeira quinzena de setembro de 2005, após a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital onde o estudo foi realizado. Os familiares foram convidados a participar no estudo, após terem realizado a visita ao paciente. Após a coleta de dados, as variáveis foram codificadas e armazenadas em um banco de dados realizado a partir do aplicativo MS Excel XP. A análise estatística foi realizada mediante a utilização do programa estatístico Statical Package for Social Science (SPSS), versão 15.0. Os dados de caracterização da amostra foram analisados de forma descritiva. As variáveis qualitativas foram resumidas em freqüências absolutas e relativas e as variáveis quantitativas foram expressas em médias, desvios padrão e valores mínimos e máximos. Para a análise comparativa entre as variáveis foi utilizado o teste T-Student e o teste exato de Fisher (no caso de variáveis qualitativas). O nível de significância adotado foi 0,05.                               RESULTADOS. A seguir serão apresentados os dados referentes a caracterização da amostra.                      Tabela 1 - Caracterização de familiares de pacientes internados em UTI. São Paulo, 2005 dos familiares (71,8%) era do sexo feminino. Em relação ao grau de instrução, destaca-se que 18 (46,1%) familiares possuíam curso superior e 14 (35,9%), o ensino médio completo. Quanto ao grau de parentesco, o(a) filho(a) foi identificado com maior freqüência, representando 43,6% do total da amostra. O tempo médio de internação dos pacientes relacionados aos familiares em estudo foi de 41,6 dias, sendo o tempo mínimo 24 horas e o máximo 90 dias. O desvio padrão foi de 29,1 dias. A seguir apresenta-se a interpretação dos escores da HADS identificados em familiares de pacientes internados em uma unidade de cuidados críticos. Tabela 2 - Familiares de pacientes internados em UTI, segundo a interpretação dos escores da Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. São Paulo, 2005                                                       Caracterização n %: Sexo Feminino . – Masculino                                                                                   Grau de instrução. Superior:  Ensino Médio completo:  Ensino Fundamental completo. Outros                                                                                                                                                     Religião. Cristianismo: - Sem resposta. –Espiritismo                                                                         Tipo de parentesco: Filho(a) - Companheiro(a) - Irmão(ã) - Neto(a) - Sobrinho(a) – Outros               Participaram do estudo 39 familiares com média de idade de 42 anos, sendo a idade mínima 18 anos e a máxima 79. O desvio padrão identificado para a idade foi de 15,3 anos. De acordo com a Tabela 1, observa-se que a maioria: Alterações Ansiedade Depressão psicológicas Interpretações n % n %   Não caso (0 a 7 pontos) 11 28,2 18 46,2:  Possível caso (8 a 10 pontos) 11 28,2 14 35,9                      Provável caso (acima de 11 pontos) 17 43,6 7 17,9.  Observa-se na Tabela 2 que ao somar o número de possíveis casos de ansiedade (11) com o número de prováveis casos (17), obtém-se 28 familiares (71,8%). Em relação à depressão, observa-se que a soma dos prováveis casos com possíveis equivale a 21 familiares (53,8%). Esses resultados mostram que a maioria da amostra apresentou sinais sugestivos das alterações psicológicas em estudo. A seguir apresenta-se a distribuição dos integrantes da amostra segundo o tipo de parentesco e a presença de sintomas de ansiedade e/ou depressão.                                                                                                                                                   Tabela 3 - Tipo de parentesco segundo presença de sintomas de ansiedade e/ou depressão. São Paulo, 2005 Sintomas de ansiedade. Sintomas de depressão Tipo de parentesco  n % n % : Filho(a) 17 13 76,5 9 52,9 Companheiro(a) 6 4 66,6 5 83,3   - Irmão(ã) 5 4 80,0 4 80,0.  Neto(a) 5 2 40,0 - -Sobrinho(a) 2 1 50,0 1 50,0 Outros 4 4 100,0 2 50,0 . Observa-se na Tabela 3 elevado número de familiares com sintomas de ansiedade e de depressão. De acordo com o teste exato de Fisher não houve diferença estatisticamente significante entre o sexo do familiar e a presença de sintomas de ansiedade (p=0,11) e/ou de depressão (p=0,28).
Considerou-se a existência de sintomas de ansiedade. Ansiedade e depressão em familiares de pacientes internados em unidade de cuidados intensivos 639 Acta Paul Enferm 2008;21(4):636-42. e de depressão quando a pontuação no HADS foi igual ou superior a 8. Na análise de correlação entre o tempo de internação do paciente e a presença de sintomas de ansiedade obtevese, pelo teste T-Student, p=0,40. Na correlação entre o tempo de internação do paciente e a presença de sintomas de depressão obteve-se p=0,10. Estes resultados indicaram não haver relação estatisticamente significante entre essas variáveis. No caso da variável idade, o teste T-Student também mostrou não haver relação estatisticamente significante com a presença de sintomas de ansiedade (p=0,30) e/ou de depressão (p=0,25).                                                                                                                     DISCUSSÃO. De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1, pode-se dizer que a maioria dos familiares apresenta potencialidade para acessar e compreender informações e adquirir novos conhecimentos, visto que em relação ao grau de instrução 18 (46,1%), fizeram o curso superior e 14 (35,9%) o ensino médio completo. A partir desses resultados pode-se inferir que a maioria dos familiares apresenta condições para entender os processos de doença e de hospitalização pelos quais passam o seu familiar e também para criar mecanismos de enfrentamento adequados. Observa-se na Tabela 1 que 8 (20,5%) dos familiares não responderam o item religião, contido no instrumento. Sabe-se que a hospitalização de um familiar pode fazer com que alguns membros da família apresentem problemas relacionados à religião, podendo alterar sua espiritualidade. Nesses momentos podem ocorrer mudanças como a conversão religiosa, o aumento das crenças, o abandono da religião e a perda ou questionamento da fé. A doença e a hospitalização podem produzir, nos familiares, conflitos de crenças e valores. Associadas a essas alterações de valores encontram.se a religiosidade e espiritualidade que foram investigadas nesse estudo por fornecerem dados relacionados à forma pelas quais os familiares obtêm apoio e suporte necessários para o enfrentamento dessas experiências.                                                                                                        Segundo a Tabela 1, a maioria dos familiares (79,5%) segue uma religião, sendo 26 (66,7%) cristãos e cinco (12,8%) espíritas. A espiritualidade e a religião são consideradas, para muitas pessoas, agentes tranqüilizadores que minimizam o estresse e a ansiedade. Cientificamente são consideradas formas de enfrentamento (ou coping) do estresse. De acordo com a Tabela 2, observa-se que 11 (28,2%) familiares constituem possíveis casos de ansiedade e 17 (43,6%) prováveis casos de ansiedade. A ansiedade pode ser definida como um sentimento de apreensão, de natureza vaga, caracterizado por sensações de incerteza e de impotência. Constitui uma experiência individual e subjetiva, normalmente decorrente de uma situação desconhecida ou de uma experiência nova. Essa nova situação ou experiência pode ser tanto agradável (como, por exemplo, o nascimento de um filho), como desagradável (como a doença e hospitalização de um familiar)(11). A elevada percentagem de familiares com provável ansiedade, como mostra a Tabela 2, constitui um resultado que reforça o fato de que eventos estressores constituem fatores preditivos de ansiedade(12). A relação de eventos estressores com o surgimento de transtornos de ansiedade e de depressão foi identificada em outros estudos(13-14.). Segundo alguns pesquisadores, para os eventos estressores acarretarem sintomas de ansiedade e/ou depressão é necessário que haja uma predisposição genética para a ocorrência dessas alterações psicológicas. Estudos demonstram que as capacidades individuais de interpretar e de enfrentar os eventos estressores são geneticamente influenciada s(13-14). Um outro aspecto a ser considerado é o tempo que o paciente está doente e/ou internado na unidade de terapia intensiva e, conseqüentemente, o tempo que o familiar está vivenciando este evento estressor.                                                                                                                                       Segundo a literatura, quanto maior a exposição ao estressor mais intensa a sintomatologia da ansiedade e/ou depressão(15). No entanto, nesse estudo, o teste T-Student mostrou não haver relação entre as variáveis tempo de internação e presença de sintomas de ansiedade (p=0,40) e de depressão (p=0,10).  O enfermeiro deve reconhecer precocemente os sinais e sintomas da ansiedade, implementar estratégias de prevenção e tentar amenizar os eventos estressores, visto que a ansiedade, a tensão e apreensão do familiar podem ser transmitidas ao paciente e interferir nas suas condições de saúde, alterando o seu quadro clínico(3). Durante o processo de identificação da ansiedade é fundamental que o enfermeiro considere a cultura da pessoa, uma vez que existe uma variação cultural considerável na expressão da ansiedade. Em algumas culturas, a ansiedade é expressa predominantemente por sintomas somáticos, e em outras, por sintomas cognitivos(16). Analisando a Tabela 2, observa-se que foram identificados 7 (17,9%) prováveis casos de depressão e 14 (35,9%) possíveis casos. Estes dados devem ser levados em consideração por especialistas na área da Psicologia e Psiquiatria no intuito de prevenir maiores transtornos e prejuízos à saúde mental dos familiares. Os episódios depressivos caracterizam-se por humor que varia de irritável ao triste. A pessoa deprimida experimenta pelo menos quatro dos seguintes sintomas:                              alterações no apetite ou peso (normalmente reduzidos),  alteração de sono e atividade psicomotora, diminuição da energia, sentimentos de desvalia ou culpa, dificuldades para pensar e se concentrar ou pensamentos recorrentes sobre morte, incluindo ideação suicida, plano ou tentativa de suicídio(17-18). 640 Maruiti MR, Galdeano LE, Farah OGD. Acta Paul Enferm 2008;21(4):636-42.                                                                                                                                         A elevada percentagem de possíveis casos de depressão, apresentada na Tabela 2, constitui um dado importante, uma vez que se trata de um transtorno que ainda não existe, mas que pode tornar-se real, se não foram tomadas medidas necessárias. Dentre essas medidas encontram-se a satisfação das necessidades biológicas, psicosociais e espirituais desses familiares. Nos familiares nos quais se identificou possível ou provável caso de depressão é primordial que sejam investigadas outras características do transtorno, entre elas a diminuição da execução de atividades diárias, a diminuição do prazer em realizar atividades antes consideradas prazerosas, o humor deprimido, a tristeza, a agitação ou a prostração(18). Além das características da depressão, deve-se analisar a extensão do tempo em que os sintomas são observados.  De acordo com a literatura(16-17), para caracterizar depressão os sintomas devem persistir na maior parte do tempo, durante praticamente todos os dias, por pelo menos duas semanas consecutivas.  Pessoas deprimidas normalmente são tristes, desencorajadas, possuem humor deprimido (observado a partir da expressão facial e da postura corporal) e relatam, com freqüência perda de interesse ou de prazer na execução de atividades anteriormente consideradas prazerosas. Associadas a esses sintomas existem as alterações psicomotoras que incluem agitação e retardo psicomotor (pensamento ou movimentos corporais lentificados, tom de voz baixo, fala diminuída ou mutismo)(17). Os resultados encontrados neste estudo são similares aos encontrados mediante a utilização da HADS(19) em que, os pesquisadores identificaram que 73,4% dos familiares avaliados apresentavam sintomas de ansiedade e que 35,4% apresentavam sintomas de depressão.                                                                                                                                                  Na Tabela 3 pode-se observar o elevado número de familiares que apresentaram sintomas de ansiedade e de depressão. Na literatura, a relação entre ansiedade e depressão vem sendo relatada, principalmente em idosos(20-21). Alguns sintomas são comuns aos dois tipos de transtornos como, por exemplo, a irritabilidade, a alteração no sono e no apetite, a dificuldade de concentração e a diminuição da memória. Essa similaridade de sintomas pode dificultar a definição do diagnóstico(22).  Em um estudo(18) foram identificadas semelhanças para a vulnerabilidade na ocorrência de ansiedade e depressão, no entanto, os fatores identificados como responsáveis. por essa predisposição diferiram. Nesse estudo, observou-se que os fatores relacionados à ocorrência da depressão se referiam à perda (morte) de um amigo ou familiar. Já, os fatores relacionados à ocorrência de ansiedade, referiam-se ao desenvolvimento de uma doença grave e/ou hospitalização(18).                                                                                                                                   CONSIDERAÇÕES FINAIS. Em relação à ansiedade foram identificados 11 (28,2%) possíveis casos e 17 (43,6%) prováveis casos. Quanto à depressão foram identificados 14 (35,9%) possíveis casos e sete (17,9%) prováveis casos de depressão. Não houve relação estatisticamente significante entre as variáveis sexo e idade do familiar e a presença de sintomas de ansiedade e/ou de depressão. O mesmo ocorreu com a variável tempo de internação do paciente. Esse estudo não teve como objetivo identificar a depressão e/ou a ansiedade. Sabe-se que a confirmação diagnóstica dessas alterações depende de avaliações não só fisiológicas ou comportamentais, mas também culturais, cognitivas e afetivas. Sendo a HADS uma escala simples, de fácil preenchimento e validada para a cultura brasileira, constitui uma importante ferramenta de trabalho do enfermeiro, que pode utilizá-la para identificar possíveis e prováveis casos ansiedade e/ou depressão em diferentes grupos de pessoas e em diferentes situações. A identificação de traços ou .pistas. desses transtornos em familiares pode indicar a necessidade da avaliação de um especialista em diagnóstico e tratamento de sintomas de ansiedade e depressão e a necessidade de suporte e apoio emocional de toda a equipe de saúde. Tendo em vista a importância do tema, sugere-se a realização de estudos mais amplos, envolvendo maior número de familiares, para que seja possível analisar deforma mais profunda e detalhada o fenômeno em questão. Os resultados deste estudo poderão subsidiar a assistência de enfermagem no desenvolvimento de intervenções direcionadas à família e no estabelecimento de programas de treinamento e qualificação da equipe de enfermagem para melhor atender os familiares e os acompanhantes.                                                                                                                                          REFERÊNCIAS; 1. Vila VSC. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: muito falado e pouco vivido[dissertação]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; 2001.                                                                                                                                                           2. Grazziano ES, Bianchi ERF. Nível de ansiedade de clientes submetidos a cineangiocoronariografia e de seusacompanhantes. Rev Latinoam Enferm. 2004; 12(2):168-74.                                                   3. Leske JS. Interventions to decrease family anxiety. Crit Care Nurse. 2002;22(6):61-5.                      4. Maruiti MR, Galdeano LE. Necessidades de familiares de pacientes internados em unidade de cuidados intensivos. Acta Paul Enferm. 2007;20(1):37-43.                                                                      5. Padovani FHP, Linhares MBM, Carvalho AEV, Duarte G,-   Martinez FE. Avaliação de sintomas de ansiedade e depressão em mães de neonatos pré-termo durante e após hospitalização em UTI-Neonatal. Rev Bras Psiquiatr. 2004;26(4):251-4. Ansiedade e depressão em familiares de pacientes internados em unidade de cuidados intensivos 641 Acta Paul Enferm 2008;21(4):636-42.                                                                                                                                   6. Zigmond AS, Snaith RP. The hospital anxiety and depression scale. Acta Psychiatr Scand. 1983;67(6):361-70.                                                                                                                                  7. Botega NJ, Bio MR, Zomignani MA, Garcia C Jr, Pereira WA. [Mood disorders among inpatients in ambulatory and validation of the anxiety and depression scale HAD]                                                 Ver  Saude Publica. 1995;29(5):355-63. Portuguese.                                                                             8. Smarr KL. Measures of depression and depressive symptoms. Arthritis Care & Res. 2003; 49(S5): S134-S146.  9. Houaiss A, Villar MS. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva; 2001. Provável , p. 2320.                                                                                                         10. Houaiss A, Villar MS. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva 2001. Possível, p. 2271.                                                                                                                                         11. Stuart GW. Respostas de ansiedade e transtornos de ansiedade de enfermagem psiquiátrica: princípios e prática. In: Stuart GW, Laraia MI, organizadores. Enfermagem psiquiátrica: princípios e prática. 6a ed. Porto Alegre (RS):  Artes Médicas; 2001. p.305-30.                                                      12. Margis R, Picon P, Cosner AF, Silveira RO. Relação entre estressores, estresse e ansiedade Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2003; 25 (Supl 1):65-74.                                                                                     13. Silberg J, Rutter M, Neale M, Eaves L. Genetic moderation of environmental risk for depression and anxiety in adolescent girls. Br J Psychiatry. 2001;179:116-21.                                                    14. Silberg J, Pickles A, Rutter M, Hewitt J, Simonoff E, Maes H, et al. The influence of genetic factors and life stress on depression among adolescent girls. Arch Gen Psychiatry. 1999;56(3):225-32.   15. Rueter MA, Scaramella L, Wallace LE, Conger RD. First onset of depressive or anxiety disorders predicted by the longitudinal course of internalizing symptoms and parentadolescent disagreements.Arch Gen Psychiatry. 1999;56(8):726-32.                                                                                                                      16. Ballone GJ. DSM.IV. Diagnostic and statistical manual of mental disorders [Internet]. [citado 2007 Maio 30]. Available from:http:/ /www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid/dsm.php                     17. Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. CID-10-Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. 10a ed.rev. Vol. 1[Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2007 [citado 2007 Maio 30]. Disponível em: http:// www.datasus.gov.br/cid10/webhelp/cid10.htm
18. Stuart GW. Respostas emocionais e transtornos de humor de enfermagem psiquiátrica: princípios e prática. In: Stuart GW, Laraia MI, organizadores. Enfermagem psiquiátrica: princípios e prática.     6a ed. Porto Alegre(RS): Artes Médicas; 2001. p.380- 416.                                                                      19. Pochard F, Azoulay E, Chevret S, Lemaire F, Hubert P, Canoui P, et al. Symptoms of anxiety and depression in Family members of intensive care unit. patients: ethical hypothesis regarding decision-making capacity. Crit Care Med. 2001;29(10):1893-7.                                                                        20. Galdino JMS. Ansiedade, depressão e coping em idosos                                                             [dissertação]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2000.                                                            21. Sheikh JI. Anxiety in older adults. Assessment and management of three common presentations. Geriatrics. 2003;58(5):44-5. 22. de Beurs E, Beekman A, Geerlings S, Deeg D, Van Dyck R,Van Tilburg W. On becoming depressed or anxious in late life: similar vulnerability factors but different effects of stressful life events. Br J Psychiatry. 2001;179:426-31.                                                     Parte 1 - Dados de identificação Sexo: ( ) masculino ( ) feminino Idade: _________  Grau de instrução: ( ) Ensino Fundamental completo ( ) Ensino Médio completo ( ) Superior ( ) Outros ___________________ Religião: ______________  Tipo de parentesco com o paciente: _________________Tempo de internação do paciente: ________________                                          Parte 2 - Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão Essa escala foi traduzida por Botega NJ, Bio MR, Zomignani  MA, Garcia C Jr, Pereira WA. [Mood disorders among inpatients in ambulatory and validation of the anxiety and depression scale HAD] Rev Saude Publica. 1995; 29(5):355-63. Portuguese.                  Este questionário tem como objetivo identificar como o Sr(a) está se sentindo. O(a) Sr(a) deverá ler todas as frases e marcar com um .X. a resposta que melhor corresponde a como o(a) Sr(a) tem se sentido na última semana. Não é preciso ficar pensando muito em cada questão. Neste questionário as respostas espontâneas têm mais valor do que aquelas em que se pensa muito. Marque apenas uma resposta para cada pergunta.                                                                                    A        3       2     1      0  escolher uma das opções
Eu me sinto tenso ou contraído: (  ) A maior parte do tempo (  ) Boa parte do tempo (  ) De vez em quando     (  ) Nunca                                                                                                                                                                     D    0     1   2    3               escolher uma.  Eu ainda sinto gosto pelas mesmas coisas de antes: (   ) Sim, do mesmo jeito que antes (   ) Não tanto quanto antes   (   ) Só um pouco (   ) Já não sinto mais prazer em nada    A     3     2    1   0           escolher uma      resposta                                                                             Eu sinto uma espécie de medo, como se alguma coisa ruim fosse acontecer: (   ) Sim, e de um jeito muito forte (   ) Sim, mas não tão forte  (   ) Um pouco, mas isso não me preocupa (   ) Não sinto nada disso.   Anexo A - Instrumento de coleta de dados   642 Maruiti MR, Galdeano LE, Farah OGD. Acta Paul Enferm 2008;21(4):636-42.                                                                                                       D   0    1    2   3      escolher    Dou risada e me divirto quando vejo coisas engraçadas: (   ) Do mesmo jeito que antes (   ) Atualmente um pouco menos  (   ) Atualmente bem menos (   ) Não consigo mais          A   3   2   1   0   escolher uma opção                                                                                     Estou com a cabeça cheia de preocupações: (   ) A maior parte do tempo (   ) Boa parte do tempo (   ) De vez em quando  (   ) Raramente    D   3   2   1   0       escolher uma resposta                                  Eu me sinto alegre: (   ) Nunca  (   ) Poucas vezes  (   ) Muitas vezes (   ) A maior parte do tempo                A     1    2   3               escolher uma resposta                                                     Consigo ficar sentado à vontade e me sentir relaxado:  (   ) Sim, quase sempre  (   ) Muitas vezes (   ) Poucas vezes (   ) Nunca     2   1    0       escolher uma resposta                                                                 Eu estou lento para pensar e fazer as coisas:  (   ) Quase sempre  (   ) Muitas vezes (   ) De vez em quando (   ) Nunca      A   0   1   2 3     escolher uma resposta                                                                                    Eu tenho uma sensação ruim de medo, como um frio na barriga ou um aperto no estômago: (   ) Nunca  (   ) De vez em quando  (   ) Muitas vezes  (   ) Quase sempre       D    3   2   1   0     escolher uma resposta                                                                         Eu perdi o interesse em cuidar da minha aparência: (   ) Completamente  (   ) Não estou mais me cuidando com eu deveria  (   ) Talvez não tanto quanto antes  (   ) Me cuido do mesmo jeito que antes       A   3   2   1    0  escolher opção                                                                                              Eu me sinto inquieto, como se eu não pudesse ficar parado em lugar nenhum:  (   ) Sim, demais (   ) Bastante (   ) Um pouco  (   ) Não me sinto assim    D    0    1    2  3  escolher uma opção                                                       Fico esperando animado as coisas boas que estão por vir:  (   )      Do mesmo jeito que antes  (   ) Um pouco menos que antes  (   ) Bem menos do que antes  (   ) Quase nunca     A   3   2   1   0     escolher uma resposta                                                                                 De repente, tenho a sensação de entrar em pânico:  (   ) A quase todo momento  (   ) Várias vezes  (   ) De vez em quando (   ) Não sinto isso      D    0   1   2   3    escolher uma resposta                                Consigo sentir prazer quando assisto um bom programa de televisão, de rádio, ou quando leio alguma coisa: (   ) Quase sempre  (   ) Várias vezes (    ) Poucas vezes (   ) Quase nunca
Este tema foi pesquisado por  José Carlos Ribeiro capelão hospitalar, é para você conhecer um pouco mais sobre o que  é depressão e como tratar o deprimido.
Pesquisa da UFMS; Prof. Reis

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  1. Olá meus meus nobres leitores (as), quero agradecer a todos vocês, pela marca de mais de 41 mil acessos em meu blog. Estou muito feliz, por estar podendo contribuir em alguma coisa.Eu coloquei nestes últimos dias, um tema muito importante, que atinge a todos. Depressão: estou terminando a nível universitário, o curso de capelania hospitalar. No decorrer do curso, entrou o tema depressão como uma das matérias a ser estudada, pesquisada, foi ai que, resolvi me aprofundar em conseguir mais informações sobre o tema. A depressão está aumentando muito em todas as classes sociais, e por conhecer um pouco sobre tratamento homeopático, encontrei aqui na net um pouco de informações que irá lhes ajudar muito. a Homeopatia funciona sim, e na depressão tem seus resultados positivos. Remédios como: Hypericum perfuratum, em gotas ou em comprimidos, o Valeriana que é uma planta, tanto em comprimido ou em gotas, também fazem um efeito medicamentoso muito bom, chegando a substituir medicamentos fortíssimos conhecidos, e usados no tratamento alopático. Estes medicamentos não viciam, e você tomar por até cinco anos sem lhe deixar viciado. Nas farmácias homeopáticas a farmacêutica tem receitado o Natrum Muriatico em pessoas que procuram por um tratamento alternativo. Você que está sofrendo de depressão, procure um médico homeopata ou uma farmacêutico homeopata, e eles irão lhes ajudar num tratamento alternativo, e com resultados confirmados cientificamente. Nobres leitores (as) o melhor tratamento ainda é Jesus Cristo. É você buscar nEle sua cura, sua libertação, seu melhor tratamento; mas como existe muitas pessoas que não acreditam e que não buscam em Deus o seu melhor tratamento. Obs. Não sou médico, e não estou tomando o lugar do médico, apenas tenho experiência de vida e de tratamentos com medicações homeopáticas para varias situações onde o tratamento alopático não surtiu efeito deseja, eu entrava com medicações homeopáticas com excelentes resultados. por favor, leiam com muita atenção, mas procurem um médico ou um farmacêutico homeopático, para que ele baseado no que você for falar a ele, ai sim, você será medicado. mas estes três remédios aqui citados no inicio são os mais indicados. Muito obrigado a todos vocês em nome de Jesus pelo prestigio e incentivo dado por vocês a mim.

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Olá meus nobres leitores (as ) muito obrigado pela confiança e pelos mais de 44 mil acessos. Isto me torna com mais responsabilidades, e me obriga a fazer pesquisa cada vez mais seria, pois não posso baixar a qualidade, o nível da pesquisa. Estou muito feliz com todos vocês, e quero dizer que, meus temas são longos, para que todos venham ter um melhor aprendizado, e melhorem seus conhecimentos, pois nas igreja não terão tantas informações assim. se quiseram que eu desenvolva algum tema relacionado com a palavra de Deus, mandem algum recado que tentarei desenvolver. Fiquem com Deus todos vocês
em nome de Jesus.

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