Lei, Graça e Salvação. Como seres humanos, sempre
corremos o perigo de assumir posições extremas. Este perigo ocorre também no
âmbito religioso. Sempre quando estudamos a Lei de Deus, precisamos nos
precaver de dois erros:
1º)
tentar pelos próprios esforços agradar a Deus. Isto resulta numa grande falha
que está no senso de justiça própria, onde julgamos obter salvação pelos nossos
atos.
2º) é pensar que a fé em Jesus
isenta da obediência. Este erro é
tão prejudicial como o primeiro. Neste programa vamos tentar compreender este
tema tão importante. Os apóstolos que,
inspirados por Deus, escreveram vários livros da Bíblia, nos ajudam a
compreender onde está o ponto de equilíbrio neste assunto. Vamos ler o que
encontramos em Efésios 2:8 a 10
- "Porque pela graça sois salvos mediante a fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos
feituras dEle, criados em Cristo Jesus, para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas". Se atentarmos bem para o texto, poderemos
ver que a primeira declaração é que somos salvos pela graça de Deus, e este dom
não vem de nós. Isto coloca de imediato a verdade, que o ato de salvar a
humanidade procede de Deus. A salvação portanto é uma dádiva de Deus para o homem.
A salvação não brota a partir do
coração humano. Por mais que uma
pessoa seja dada a fazer o bem, por mais que suas obras sejam excelentes, a
salvação não vem de si mesma. A
Salvação é um ato da graça de Deus.
Aí prezado ouvinte, você pergunta: O que é a graça divina? E como esta graça
atua em nossa vida?
Estamos debaixo da graça ou
debaixo da lei? Um dos pontos
principais que enfocaremos nesta edição se refere a um conceito existente na
igreja há centenas e centenas de anos, onde se diz: “estamos debaixo da graça e não debaixo da lei”. Romanos (Rom 6:14). Mas,
este versículo tem sido interpretado erroneamente pelos pais da Igreja de Roma,
o qual vem perpetuando no meio cristão até nos dias de hoje. Alguns crêem, por
incrível que pareça, que o Antigo Testamento é um livro de lendas e história de
Israel. O pior é que muitos usam ou citam este versículo como se fosse um
“passaporte” para o crente fazer quase tudo o que deseja. Agem como se a graça
de Jesus abrisse todas as portas quanto aos “antigos” mandamentos, estatutos ou
ordenanças dados por Deus. Pensamentos como, se estamos debaixo da graça não há
fronteiras ou limites que nos cercam. Como
por exemplo, pode-se comer tudo o que se deseja de modo irrestrito; tem-se sempre o pronto perdão de Deus para
as falhas e pecados, não gerando consequências para aquele que crê. Afinal,
podemos trabalhar o tanto, como e quando quisermos: relacionar com quem
quisermos, comer com quem quisermos, sentar com quem quisermos, participar e se
envolver intensivamente na sociedade e com as coisas mundanas, criar filhos e
educá-los. Afinal, “Estamos ou não
debaixo da graça e não debaixo da lei”? Uma coisa é entender o legalismo da
lei a outra é viver sob os princípios da lei. Se este versículo continua sendo
entendido erroneamente pelos cristãos, então, é melhor que estes cristãos
risquem todas as cartas de Paulo, os escritos dos profetas e toda a Torá de
suas Bíblias, pois, encontramos nas Escrituras os inefáveis benefícios da lei,
a qual o próprio Paulo como salvo em Yeshua
(Jesus) se refere a ela chamando-a de santa, justa e boa e que nela se
encontra prazer (Rom 7:) Estamos mortos à lei, sirvamos a Deus em novidades de espírito
“1 Não sabeis vós,
irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem
por todo o tempo que vive? 2 Porque a mulher que está sujeita ao marido,
enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre
da lei do marido. 3 De sorte que, vivendo o marido, será chamada
adúltera se for de outro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e
assim não será adúltera, se for de outro marido. 4 Assim, meus irmãos, também vós
estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro,
daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
5
Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela
lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte. 6
Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que
estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice
da letra. A lei opera em nós a morte. A luta da carne com o
espírito 7 Que diremos pois? É a lei pecado? De modo
nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a
concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo
mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava
morto o pecado.
9
E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o
pecado, e eu morri. 10 E
o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte. 11
Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele
me matou. 12 E assim a lei é santa, e o mandamento santo,
justo e bom. 13 Logo tornou-se-me o bom em morte? De modo
nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte pelo
bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. 14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual;
mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. 15 Porque o que faço não o
aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.16 E, se faço o que não quero, consinto com a
lei, que é boa. 17
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que
habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo
realizar o bem. 19 Porque não faço o bem que quero, mas o mal
que não quero esse faço. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não
faço eu, mas o pecado que habita em mim. 21 Acho então esta lei em mim,
que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. 22 Porque, segundo o homem
interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 Mas vejo nos meus membros outra lei, que
batalha contra a lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado
que está nos meus membros. 24 Miserável homem que eu sou! Quem me livrará
do corpo desta morte? 25 Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso
Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a
carne à lei do pecado.
Em II Tim 3: 16,17 lemos: “Toda Escritura é divinamente inspirada e
proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça; observe também estes vers. “14
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado,
sabendo de quem o tens aprendido, 15 E
que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 16 Toda a
Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,
para corrigir, para instruir em justiça; 17
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra.” “Toda Escritura” se refere obviamente ao
Antigo Testamento, ou seja, a Torá (o Pentateuco de Moisés), os profetas
(Niviim) e os santos Escritos (Ketuvim). Este conjunto de livros é chamado
pelos rabinos de Tanach ( ou Tanak)
Mas, o que é então a graça de
Deus? Esta palavra no hebraico é
“Hessed” ( dsj ), pode também ser
traduzida como o amor de Deus, a misericórdia e até mesmo pelo perdão de Deus.
A palavra graça no conceito hebraico ainda inclui o conceito de perdão de uma
dívida, onde o credor usa de uma graça para abater parte de uma dívida. Por
exemplo, se uma pessoa deve R$100 a alguém e este resolve perdoar R$80,00, a
dívida passa a ser somente de R$20,00. A parcela perdoada é que se chama de
“graça”.
Qual seria, então, a maior graça de
Deus? A maior graça é crer em Yeshua
como filho de Deus, ser salvo e alcançar a vida eterna através Dele. Ou seja,
Deus enviou seu Filho como graça para quitar nossa dívida. Mas, o fato de ser
salvo pela fé no sangue de Yeshua
que me purifica de todos o meu pecado não torna a lei inválida. Pois, se eu
nego a lei, estou negando o pecado. Não é a transgressão da lei o pecado? Se eu
nego o pecado, eu nego a morte e como consequência a necessidade da morte de Yeshua que traz vida, e vida em
abundância. O próprio Yeshua disse em Mat.
5:17 – “ não pensais que vim revogar a lei ou os profetas, não vim para
revogar, vim para cumprir”. Se Ele tivesse anulado a lei estaria negando a
si mesmo. Hessed (graça) já aparece
nos primeiros livros da bíblia. Não seria, por exemplo, a criação do homem a
manifestação da graça de Deus? O cuidado na preparação de um lugar para colocar
o homem, criar o sol, as estrelas, os astros para enfeitarem a sua noite, não
seria a manifestação de sua graça? Quando o homem caiu em Gên.2:15 vemos a
manifestação da graça de Deus ao prover, ainda no jardim, a promessa da vitória
sobre o mal, através de Yeshua? Tudo
o que Deus fez foi pela sua graça, pelo seu amor incondicional. Observem estes
vers. Em Gên.2. “15 E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no
jardim do Éden para o lavrar e o guardar. 16 E ordenou o Senhor Deus ao
homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, 17
Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque
no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Mas o homem não a mulher
fez isto: Gên.3. Nós éramos puros, limpos, sem pecados, sem manchas como um
cordeiro imolado. Deus não imputou o pecado a Eva, pelo simples motivo que era
o homem quem Deus criou primeiro, e que ele não deveria obedecer a mulher, e
sim o contrario. Deus fez o homem para que comandasse tudo aquilo que “Ele,
Deus” criou. Este mundo foi permitido diabo para governar, reinar: e a partir
deste primeiro pecado tudo mudou: veja a mudança para pior. Nada disto teria
acontecido se tivesse havido obediência. Lei e
graça: desobediência do passado, e hoje no presente continua fazendo a
diferença para pior, pois a humanidade não levou a serio o sacrifício de “Jesus
Cristo” quando deu sua vida terrena para salvar toda a humanidade de todos os
tempos para vivermos debaixo da graça, e não mais debaixo da lei que muito
praticada desde os tempos de Moisés. Vejam o que aconteceu no cap. 3. “1
Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o
Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não
comereis de toda a árvore do jardim?2 E
disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 Mas do fruto da árvore que está no meio do
jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4 Então a serpente disse à mulher: Certamente
não morrereis.5 Porque Deus sabe que no
dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal. 6 E viu a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a
seu marido, e ele comeu com ela. 7 Então foram
abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de
figueira, e fizeram para si aventais. 8
E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do
dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as
árvores do jardim. 9 E chamou o Senhor
Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? 10
E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e
escondi-me. 11 E Deus disse: Quem te
mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não
comesses? 12 Então disse Adão: A mulher que me deste por
companheira, ela me deu da árvore, e comi. 13 E disse o Senhor Deus à mulher: Por que
fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. 14 Então o Senhor Deus disse à
serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais
que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos
os dias da tua vida. 15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e
entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a
tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será
para o teu marido, e ele te dominará. 17 E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz
de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás
dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da
tua vida. 18 Espinhos, e cardos
também, te produzirá; e comerás a erva do campo. 19 No suor do teu rosto comerás o teu pão, até
que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te
tornarás. 20
E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os
viventes. 21
E fez o Senhor Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu. 22 Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é
como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e
tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, 23 O
Senhor Deus, pois, o lançou fora do
jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.
24 E havendo lançado fora o
homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que
andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.” Se observarmos a natureza em
seus mínimos detalhes – as plantas com seus tons variados, o ciclo da natureza,
o mover dos astros em suas definidas órbitas – tudo isso não seria a
manifestação da graça de Deus? A multiplicação das sementes, os frutos não são
todos resultantes da graça de Deus? Quando Deus coloca o homem no jardim e cria
para o homem o trabalho (o cultivo do jardim) não é essa manifestação da graça
de Deus? Isso é muito bonito e profundo! É interessante ver no hebraico a palavra
usada para designar o trabalho. A palavra “abad”
(db[) significando trabalhar (produzir algo) para louvar a Deus. Observe
que é o ato de trabalhar deveria ser uma forma agradável de produzir algo,
glorificando o Criador de todas as coisas, pois afinal, o homem foi criado para
refletir a Sua imagem e semelhança. Mas, pode haver um outra pessoa que
trabalha sob pressão ou amaldiçoando ou murmurando. Neste caso, a palavra que
se usa na língua hebraica é a mesma grafia, mas com pronúncia diferente. Se diz
“ebed” (db[), significando trabalhar
sob pressão, trabalho penoso ou trabalho escravo. Isto nos induz que conceito
da graça de Deus nos conduz a sabedoria de viver no livre-arbítrio. As coisas
tem propósito neutro, quem define o lado bom ou o lado mau somos nós mesmos. É maravilhoso ver o que Deus preparou
para o homem. Deus queria o homem produzindo algo, criando, transformando ideias
e planos em algo real, concreto como uma maneira de adorá-lo.
A graça de Deus sempre atuou em toda a história do povo
judeu. Não foi a graça de Deus que livrou os hebreus das pragas do Egito? Quem
teria aberto o mar Vermelho se não a graça de Deus? Quem teria feito de um
simples pastor chamado David um vitorioso guerreiro que derrotava gigantes? No
livro de Salmos vemos em várias passagens que reconhecem a multi-graça de Deus
sobre sua vida e de seu povo (Sl. 90:17). O
Salmo 90 começa e termina assim: {...} 1 Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de
geração em geração. 2
Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo,
mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.... 15 Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e
pelos anos em que vimos o mal. 16 Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua
glória sobre seus filhos. 17 E seja sobre nós a formosura do Senhor nosso
Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das
nossas mãos.} Só se entendemos a graça de Deus derramada
no “Antigo” Testamento podemos entender At.
15:11 – “Mas cremos que fomos salvos pela graça de Deus…”. Veja o que estes
vers. “8
E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o
Espírito Santo, assim como também a nós; 9 E não fez diferença alguma
entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé. 10
Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos
um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? 11 Mas cremos que seremos salvos
pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.”
Nobres
leitores (as) viver debaixo da lei, como era no passado! Experimente ler os
livros de Levíticos, Números
e Deuteronômio. Quem fosse pego transgredindo as leis e os mandamentos de Deus
pagavam até mesmo com a vida. Adultério, fornicação, roubo, idolatria etc., mas
hoje a diferença é que estamos e vivemos debaixo da graça dada pelo Filho de Deus, “Jesus Cristo”. No
passado havia muito rigor na aplicação da lei. Mas isto quer dizer que Cristo
veio para liberar tudo, permitir tudo? Claro que não. As leis e os mandamentos de Deus nada mudaram.
Jesus morreu por nossos pecados e transgressões, e ressuscitou no terceiro dia
para nos dar o direito a vida eterna ao lado do “Pai, Deus” para sempre, num
lugar onde não haverá choro, tristezas e nem ranger de dentes. Mas o preço a
ser pago está levando a maioria para o inferno, por um simples motivo:
desobediência. Sim, pois é muito mais fácil e prazeroso ser infiel,
desobediente, teimoso e viver no pecado que fazer as coisas de maneira correta.
Porque nossos políticos não abrem mão de
seus mandatos? Como eles irão deixar de roubar, de enriquecer de maneira ilícita.
Honestamente e debaixo da lei é que não será.
A
graça de Deus é mal compreendida
e não levada a serio porque temos que obedecer, e porque obedecer se ninguém
esta vendo, e se nossas leis são falhas e cheias de brechas que favorecem a
corrupção, o desrespeito, a desobediência, a infidelidade. “Deus
através do Filho Jesus” não se agrada com nada com que o mundo está
fazendo! A graça de Deus é para todos, mas o ser humano está fazendo tudo
errado, e que irá levar milhões ao inferno por achar que tudo pode, tudo é
possível, tudo é normal. As modernidades do mundo estão afastando o ser humano
da graça de Deus; pois viver no pecado e do pecado parece ser mais agradável,
mas é ai que muitos se perderão. A graça é de graça, mas precisa ser respeitada
e conquistada com decência, com dignidade. Enquanto isto não acontece a graça
de Deus está perdendo o sentido verdadeiro desta graça. Infelizmente isto é muito triste, porque viver debaixo da graça de
Deus é melhor que viver debaixo da maldição. Sim: Deus deu a humanidade, a
opção de bênçãos ou maldição. A humanidade na sua
maioria está preferindo a maldição, pois é mais fácil viver do pecado, fora da
lei do que se resumir em obedecer
Qual graça? A
mesma presente desde a criação do homem. A graça de Deus enviou Seu filho Yeshua, para morrer como pecador, para
pagar todos os nossos débitos. Todo aquele que peca é devedor, seu fim é a
morte. Mas pela graça de Deus nossos débitos, por falharmos em cumprir Sua lei,
são quitados por Yeshua. Isto não
significa que a lei não é mais válida. Toda a graça de Deus converge para a
pessoa de Yeshua.
Nos
parágrafos anteriores relacionamos a palavra graça com a lei e com a palavra
trabalho, mas vamos encontrar na bíblia a correlação com a glória de Deus. Em Romanos (3:23,24) diz: – “Pois todos pecaram e estão destituídos da
glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus”.
A palavra glória no hebraico é “Kevod
(dbk) e que significa peso. O peso de Deus é Ele mesmo, sua essência, Seu
Espírito. Então, o pecado tira de mim a essência de Deus, e me coloca “pesado
de mim mesmo”. Para desfrutar da glória de Deus tenho que despir de minha
própria glória. A minha glória, o meu eu, tem que ser colocado no “misbeah” (jbzym), ou seja, no altar,
que é lugar de morte da natureza adâmica ou do pecado. No altar de sacrifício é
que posso despojar do velho homem e encher-me da essência de Deus. Só aí,
então, vou ser cheio da glória de Deus, do Seu conhecimento, recebendo
capacitação e direcionamento Dele e, sobretudo, o Seu perdão. Agora podemos ver
algo maravilhoso – apesar de termos sido salvos pela maior graça, que foi o
sacrifício de Yeshua, precisamos da
lei para nos conduzir, capacitar, orientar, nos ensinar, nos adestrar, nos
corrigir. Da mesma forma, uma vez remido
pelo sangue de Yeshua e não podemos
simplesmente esquecer toda a lei. Ao contrário, a redenção em Yeshua traz a cada um de nós maior
peso de responsabilidade na observância da vontade de Deus. Só damos o devido
valor a graça se conhecemos a lei e sua consequência. Na lei de Deus é pecado o
adultério (Deut. 5:18). Que diz a graça
em Yeshua? – “ Se Olhar para uma mulher com uma intenção impura, no coração, já
adulterou com ela” (Mat. 5:28). Na graça, o ódio ao irmão é semelhante ao
homicídio. Vemos, então, que a graça embora seja recebida e dada pela fé e de
graça, nos exige que andemos num nível e numa qualidade de vida muito mais alta
que a lei. Mas, a lei é boa, pois ela nos delimita, marcando até onde podemos
chegar. Em outras palavras, a lei nos estabelece limites e nos preserva e
previne de consequências danosas.
Muitos cristãos dos dias atuais passam
por cima de muitos mandamentos de Deus, alegando estar debaixo da graça e não
sob o jugo da lei. Mas, a lei não foi anulada como foi dito! Imagine que no
nosso exemplo didático, as leis de Deus são comparadas como às leis da placas
de trânsito que orientam os motoristas. Estas placas (leis) são sinais de
alerta de direcionamento e de orientação que nos levam em segurança ao nosso
destino final. Temos a graça de dirigir, mas a lei nos conduz para não sairmos
da estrada e não errarmos o alvo. Está em
Yeshua é estar na graça (no caminho certo), mas agora temos que caminhar
pela a estrada do mundo, a aí então é que precisamos da lei. Há uma única
maneira de ser salvo: – crer no sacrifício e no sangue de Yeshua. Nada mais que façamos nos reconecta com Deus. Mas a lei existe para
nos direcionar em nossa caminhada caminha, nos alertando que devemos guardar e
permanecermos na plena graça e misericórdia divina. Na carta de Paulo aos
Gálatas ( 3:24) diz que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo. O
aio é aquele instrui que direciona. Somente entendendo a lei temos o
entendimento do que é a graça. Muitos dos chamados “crentes desviados” estão
nessa situação porque não deram a devida importância à graça, que só é possível
de conhecermos se atentamos à lei, aos mandamentos, aos estatutos e as
ordenanças de Deus. A graça disponível em Yeshua
não pode ser usada como um passaporte para o pecado. A liberdade em Yeshua é plena da responsabilidade de obedecer aos
mandamentos, estatutos e ordenanças de Deus, que são tipos de lei. Lei é uma
palavra genérica na língua hebraica ( Dat – td ). No Salmo 19:7 a lemos “ A lei do Senhor é perfeita e restaura a
alma”. Assim, podemos entender que a lei também existe para as áreas não
restauradas de nossa alma. O salmista diz: “Agrada-me fazer a tua vontade, o
Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração.” A vontade de Deus está
expressa na sua palavra. A lei é muito mais prática do que pensamos, como por
exemplo, ela lida com problemas comuns, como: a quem emprestar dinheiro, como
indenizar alguém por algum dano causado, como preservar o direito de propriedade,
como proteger a vida, a saúde, o patrimônio, o sucesso, a maneira de pensar, de
se relacionar com o próximo, etc. Um outro bom exemplo é entender a lei judaica
do dízimo. É ela uma lei para os judeus?
Sim. Ela está citada como estatuto no Antigo ou no Novo testamento? No antigo Testamento. E por
que, então, a igreja de hoje pratica a lei do dízimo se é uma lei do Antigo
Testamento? É porque dízimo é uma bênção, se dou dízimo, reconhecendo que Deus
é quem tudo me dá, sou abençoado com a prosperidade, sendo bem sucedido naquilo
que fazemos. Nesta lei encontramos o princípio da semeadura e da colheita. Se
dou, recebo muito mais. Temos que ser francos ao afirmar que não é sensato só
escolhermos aquilo que nos agrada no Antigo Testamento e anularmos as outras
ordenanças e estatutos. Se entendemos o dízimo como bênção, por que não
observamos e buscamos outras leis que abençoam nossa saúde, nossa vida
familiar, nossa vida profissional, sentimental, o relacionamento com nosso
próximo e tantas e tantas outras leis que foram criadas com o propósito de nos
abençoar? Os crentes não devem se esquecer que em Cristo foram enxertados na
Oliveira que é o Israel salvo de Deus. Assim, como enxertados eles podem
livremente participar de todas as bênçãos e promessas dadas por Deus ao povo de
Israel. Paulo diz que os gentios podem participar da mesma seiva da oliveira (
Rom 11;17) veja um pouco mais nestes vers; o Poder da Graça. “17 E
se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em
lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, 18
Não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és
tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. 19 Dirás, pois: Os ramos foram
quebrados, para que eu fosse enxertado. 20 Está bem; pela sua
incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te
ensoberbeças, mas teme. 21 Porque, se Deus não poupou os ramos naturais,
teme que não te poupe a ti também. 22 Considera, pois, a bondade e a severidade de
Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se
permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado. 23 E
também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque
poderoso é Deus para os tornar a enxertar. 24 Porque, se tu foste cortado
do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto
mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! 25
Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não
presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até
que a plenitude dos gentios haja entrado. 26 E assim todo o Israel será
salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as
impiedades. 27 E esta
será a minha aliança com eles, Quando Eu tirar os seus pecados.” Isto
é o Poder da graça de Deus através do Filho Jesus Cristo.
Paulo diz claramente em sua carta aos
Romanos evidentemente para os crentes romanos: … “De modo que a lei é santa, e o mandamento é justo e bom…”( Rm 7:12)
Vejam também estes vers.“9 E eu, nalgum
tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. 10 E o mandamento que era para vida, achei eu
que me era para morte. 11 Porque o pecado,
tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. 12 E assim a lei é santa, e o mandamento santo,
justo e bom. 13 Logo tornou-se-me
o bom em morte? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado,
operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se
fizesse excessivamente maligno. 14
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido
sob o pecado. 15 Porque o que faço não o
aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. 16 E, se faço o que não quero, consinto com a
lei, que é boa. 17 De maneira que agora
já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo
realizar o bem. 19 Porque não faço o bem
que quero, mas o mal que não quero esse faço. 20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não
faço eu, mas o pecado que habita em mim. 21
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está
comigo. 22 Porque, segundo o homem interior, tenho
prazer na lei de Deus; 23 Mas vejo nos
meus membros outra lei, que batalha contra a lei do meu entendimento, e me
prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Miserável homem que eu sou! Quem me livrará
do corpo desta morte? 25 Dou graças a
Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo
à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”
No livro de
Provérbios está escrito: “ Filho meu, atenta para as minhas
palavras, aos meus ensinamentos inclina os ouvidos, não os deixe aparta-se dos
teus olhos, guarda-os no mais íntimo do teu coração, porque são vida para quem
os acha e saúde, para o corpo”.(Pv 4:20-22). Onde estão os ensinamentos e
as palavras ditas no livro de Provérbios? Na lei. A lei nos traz saúde para
nosso corpo. Ela nos ensina a controlar, por exemplo, a alimentação para nos
dar melhor qualidade de vida, como já dito anteriormente. Pv. 28:7 diz: “O que guarda a lei é filho prudente,
mas o companheiro de libertinos (comilões) envergonha a seu pai.” É falta de
sabedoria comer de modo desenfreado. Pv. 29:18b : “ o que guarda a lei é bem
aventurado”. Se sigo o que Deus ordena
sou muito mais que feliz e preservo ainda mais a graça de crer em Yeshua. Tudo
isto com um objetivo claro: tornar o homem perfeito e perfeitamente capacitado
para toda boa obra. Esse é o padrão de Deus para nossas vidas. Em Pv. 28:9 diz:
“o que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável”.
O atender à palavra de Deus me faz apto a ter oração respondidas. Percebemos
pelo curso dos acontecimentos que a igreja de Yeshua, espalhada pelas diversas denominações, deve voltar para o
estudo da Torá que quer dizer instrução, ensino da Palavra, da Lei de Deus. Evidentemente,
dispensamos comentários quanto às leis sacrificiais que o próprio Yeshua cumpriu morrendo na cruz como
sacrifício vivo por nós, e também de certas leis circunstanciais ou específicas
que valeram somente para aquela época de travessia no deserto, como por exemplo
certas regras quanto à higiene, alimentos perecíveis, pois não havia sabonetes
e nem geladeiras ou freezers. Mas, as leis morais, éticas, familiares e de
qualidade de vida, por exemplo, estão mais do que vivas e válidas para os dias
de hoje. Obs. “Yeshua
é Deus em hebraico” Mais uma vez
vamos frisar: a lei em si não salva, a salvação é pela graça, mas a lei me
capacita a viver no padrão de Deus, mostrando a todos os limites e delimitações
até onde podemos chegar dentro da justiça e misericórdia de Deus. Agora que já
sabemos um pouquinho sobre a Graça e Lei de Deus, podemos dizer, A graça sem lei não ficaria sem graça? Graça é definida como favor,
misericórdia, perdão. A graça é um atributo, uma característica divina exercida
para com os seres humanos. Não a buscamos, porque ela nos foi dada por Deus. Ao cair em pecado, o homem experimentou as
amargas consequências da transgressão. Nessa
condição, não havia nada que pudesse fazer para modificar a sua situação. Não
fosse a intervenção divina, e a humanidade estaria condenada a uma miserável
existência e por fim a morte, sem nenhuma esperança de vida. A graça de Deus que foi primeiramente
oferecida a Adão e Eva, e, por extensão à toda humanidade, provê uma porta de
saída para a condição pecaminosa do homem. Deus, sabendo que o homem por si só
nada poderia fazer, já havia estabelecido um plano para a salvação, caso o
pecado entrasse no mundo. Deus em sua misericórdia executou fielmente o seu
plano, e Jesus veio até nós, pagou o preço que o pecado exigia: a morte. Com
Sua vida santa e sem pecado, e com Sua morte em sacrifício, Jesus adquiriu o
direito de salvar perfeitamente a todos quantos crerem no Seu nome. Tudo o que
Deus poderia fazer para salvar a humanidade da condição de pecadores, Deus
realizou. O sacrifício de Jesus foi perfeito e completo. Sua ressurreição, e ascensão confirmam e
provam isto. Assim, o homem, não poderia
fazer nada para se salvar, porque era impossível para ele, mas Deus
providenciou de maneira maravilhosa. E esta maravilhosa graça Deus oferece a
todos. É um presente divino para humanidade. Somente um amor inexplicável é
capaz de executar este plano maravilhoso e oferecer gratuitamente, sem que
precisemos fazer absolutamente nada. Agora, nós que fomos criados com a
capacidade de escolher o que queremos para nossa vida, poderemos ou não aceitar
este precioso presente divino. Está em nós aceitar ou não este sacrifício de
amor. Afirmamos que receber da graça de Deus a salvação em Cristo Jesus, sem acrescentar
a isto qualquer coisa mais, é o único meio que a Bíblia apresenta pelo qual
devemos ser salvos. Agora que entendemos que somos salvos gratuitamente quero
perguntar: O fato de termos sido agraciados com a salvação em Jesus, elimina ou
isenta a vida de obediência do crente?
Nobres leitores (as) espero que este
tema seja aproveitado por todos, para que haja um melhor entendimento e
conhecimento do que é Lei e graça dentro da palavra de Deus, que este tema faça
a diferença na sua vida cristã, pois as igrejas não falam muito sobre isto.
Espero que tenha sido útil a todos vocês, pois no passado, nossos antepassados
viveram debaixo da Lei, que teve como principal nome, Moisés, que levou a serio
as leis de Deus, e aplicava severamente. Hoje vivemos debaixo da graça de Deus,
através do Filho Jesus Cristo. Mas isto não quer dizer que, a lei de Deus foi
abolida como fazem os homens através de nossos políticos. Muitos se perderão
por acharem que tudo pode, e tudo é possível e permitido. As leis e os mandamentos
de Deus, não mudaram e não mudarão; pois eles são eternos, duraram para sempre.
Viver debaixo da graça não quer dizer que podemos andar no pecado, viver e
praticar o pecado por causa da modernidade provocada pelo homem, e não por Deus.
A graça de Deus bem aproveitada nos levará a salvação, a libertação da servidão
dos pecados, e da morte física que será para todos aqueles obedecerem as leis e
os mandamentos de Deus, e viver debaixo da graça na obediência. Este tema foi
pesquisado e
Revisado
por José Carlos Ribeiro, membro da PiB de Campo Grande MS . Obrigado a todos
vocês em nome de Jesus. Campo Grande MS 15 de novembro de 2014
Comentários
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Olá meus nobres leitores (as ) muito obrigado pela confiança e pelos mais de 44 mil acessos. Isto me torna com mais responsabilidades, e me obriga a fazer pesquisa cada vez mais seria, pois não posso baixar a qualidade, o nível da pesquisa. Estou muito feliz com todos vocês, e quero dizer que, meus temas são longos, para que todos venham ter um melhor aprendizado, e melhorem seus conhecimentos, pois nas igreja não terão tantas informações assim. se quiseram que eu desenvolva algum tema relacionado com a palavra de Deus, mandem algum recado que tentarei desenvolver. Fiquem com Deus todos vocês
em nome de Jesus.